O espólio vai ficar na Casa dos Livros que a FLUP inaugura em abril, no Palacete Burmester. Ao JPN, Fernanda Ribeiro, diretora da FLUP, explica que os documentos se vão juntar, na futura Casa dos Livros, aos de outros autores como Vasco Graça Moura, Óscar Lopes, Herberto Helder ou Manuel António Pina.
Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) FOTO: GABRIELLA GARRIDO |
A Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) vai receber o acervo de Eugénio de Andrade, um dos mais relevantes poetas portugueses do século XX. A proposta, apresentada pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, foi aprovada pelo Executivo municipal na reunião desta segunda-feira (21), confirmou o JPN junto da autarquia. O espólio ficará na Casa dos Livros que a FLUP vai inaugurar a 1 de abril, no Palacete Burmester.
Eugénio de Andrade |
A autarquia acedeu a um pedido que foi apresentado pela instituição de ensino. A Faculdade de Letras criou no ano de 2017 um Centro de Estudos da Cultura em Portugal da Universidade do Porto, após a entrega, em 2016, pela família de Vasco Graça Moura do seu “acervo pessoal, biblioteca e arquivo à Faculdade de Letras” para ser “divulgado e tratado”. Com isso, foi instituído este Centro que vai se localizar no Palacete Burmester, no Campo Alegre, que pertence à Faculdade de Letras. O espaço recebe o nome de Casa dos Livros.
Para além dos arquivos de Vasco Graça Moura, o espaço terá também uma parte dos documentos de Óscar Lopes, Herberto Helder, Manuel António Pina e Albano Martins. Fernanda Ribeiro conta que a FLUP solicitou à Câmara do Porto o espólio do poeta Eugénio de Andrade com objetivo de contribuir para o “ensino, estudo e divulgação” da obra do autor. Questionada pelo JPN sobre o conteúdo do acervo de Eugénio de Andrade, a diretora responde que será preciso ainda analisá-lo para ter uma noção mais precisa do que este inclui.
Cabe agora à Faculdade Letras “zelar pela conservação, segurança e tratamento do acervo do poeta” e garantir “o respeito pelas regras de segurança e pela preservação de todos os exemplares no acesso presencial às obras, proporcionando também o acesso online” às mesmas.
Está previsto ainda a assinatura de um contrato entre a FLUP e a autarquia, que promete apoiar o novo projeto cultural da faculdade nos próximos três anos com a quantia de 60 mil euros, 20 mil anualmente de forma a ajudar o “tratamento e disponibilização ao público de todos os fundos documentais em formato físico e digital à sua guarda”, esclarece a autarquia.v@ JPN
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