Lviv, Ucrânia. A guerra também se faz de palavras. As que são ditas e as que ficam por dizer. As palavras que se gastam nas diversas interpretações e leituras do verdadeiro significado das palavras ditas. E das não ditas. As leituras das entrelinhas, a adivinhação do que ficou por dizer e o que será que queriam dizer determinadas palavras que foram realmente ditas.
Um dos desenhos, impresso em massa e espalhado por todo o lado, mostra um soldado russo que parece pequeno ao lado de um gigantesco girassol, cultura intensiva no país. Do céu, são largadas sementes, e não balas, que atingem o militar inimigo. Este há-de morrer com o ataque das sementes e o cadáver ficará nos solos da Ucrânia para ser utilizado como adubo. A frase que remata o desenho não deixa dúvidas quanto à narrativa. Nós não vos convidámos, portanto ficarão cá. A servir de adubo.@ DN
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