Os portugueses são os europeus com uma imagem mais positiva da União Europeia e dos que mais defendem um aumento das suas competências para lidar com crises como a pandemia de covid-19, revela um inquérito encomendado pelo Parlamento Europeu.
Numa altura em que Portugal assume a presidência semestral rotativa do Conselho da UE, até final do corrente mês de junho, apenas 2% dos portugueses dizem ter uma imagem negativa da UE, enquanto 14% têm uma imagem “neutra”.
Questionados sobre como encaram a UE de um modo geral, os portugueses revelam-se também os europeus que mais apoiam a União, com 91% de respostas positivas, mas enquanto 33% se manifestam “a favor da UE tal como tem sido concretizada até agora”, 58% dizem-se a favor, “mas não da forma” como o projeto europeu tem sido conduzido. Apenas 9% afirmam-se ‘eurocéticos’.
A nível dos 27 Estados-membros, menos de um quarto dos europeus (23%) dizem ser a favor da UE tal como tem sido concretizada até agora, 47% apoiam o projeto europeu mas defendem outro caminho, enquanto 23% se manifestam eurocéticos e 5% opõem-se por completo ao conceito de uma UE (valor de 0% em Portugal).
Por outro lado, regista-se em Portugal um apoio quase unânime à ideia de dar mais competências à União Europeia na área da Saúde, com 96% dos inquiridos a expressarem essa ideia, ainda que apenas 53% dos portugueses se manifestem satisfeitos com as medidas tomadas pela UE no combate à atual pandemia (ainda assim acima da média comunitária, de 48%).
Questionados sobre quais devem ser as prioridades da UE na sua resposta à crise pandémica, os portugueses escolheram como três grandes prioridades, entre as várias opções disponibilizadas, “assegurar o rápido acesso a vacinas seguras e eficazes a todos os cidadãos da UE”, seguida de “investir mais dinheiro na economia para uma recuperação sustentável e justa em todos os Estados-membros da UE” e, em terceiro lugar, “estabelecer uma estratégia europeia para enfrentar uma crise semelhante no futuro”.
Este «Eurobarómetro da Primavera» foi realizado entre 16 de março e 12 de abril, tendo sido inquiridas no total 26.669 cidadãos da UE. @ Sapo
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