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quarta-feira, 3 de julho de 2024

divulgação: Conferência Final do Projeto PAFSE (Partnerships for Science Education)


No dia 12 de julho de 2024, na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, realizar-se-á a Conferência Final do Projeto PAFSE (Partnerships for Science Education). 

A Conferência é promovida pela Escola Nacional de Saúde Pública e tem como público-alvo diretores, professores, alunos, pais e encarregados de educação. 

A participação na Conferência é gratuita, no entanto é necessário proceder a uma inscrição prévia que deverá ser feita no website do projeto através do seguinte link Programa e Inscrições.

cortesia da Direção

França: semana decisiva após vitória da extrema-direita na primeira volta das legislativas

foto de Fabrizio Bensch - Reuters

O partido de extrema-direita Reagrupamento Nacional venceu a primeira volta das eleições legislativas antecipadas em França. Ainda assim, ficou aquém da maioria absoluta. 

Com a segunda volta agendada para o próximo domingo, inicia-se agora uma semana decisiva de negociações políticas que ditarão o rumo que França irá tomar.

Emmanuel Macron convocou eleições antecipadas após a vitória esmagadora da extrema-direita nas eleições europeias e os resultados foram um duro golpe para o presidente francês. Fonte: RTPn

governo: começou a mudança para o Campus XXI

ministro da Presidência, António Leitão Amaro, adiantou, que, a partir desta segunda-feira (dia 1 de julho), “pelo menos metade dos governantes” do atual Governo vão estar a trabalhar no Campus XXI, no edifício sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD), junto ao Campo Pequeno, em Lisboa, e que, além do Executivo, “também cerca de 70 entidades da Administração Pública” vão estar neste espaço a partir de 2025.

Campus XXI, no edifício sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD)
Esta mudança vai materializar-se mais ou menos ao longo de dois anos“, disse Leitão Amaro, em conferência de imprensa a partir da sede da CGD, em Lisboa, no dia em que seis ministérios e duas secretarias de Estado se mudam para o edifício, para onde irão transitar também “mais de 70 entidades da Administração Pública” já a partir do próximo ano.

cumprimento desse prazo, segundo o responsável, “depende da conclusão das obras da nova sede da CGD”, que “temporariamente ainda vai ocupar parte deste edifício”. “Aí far-se-ão as obras de conclusão dos ministérios”, acrescentou.

Entre os ministérios que se mudam já esta segunda-feira para o Campus XXI incluem-se a Agricultura e Pescas, as Infraestruturas e Habitação, a Economia, a Presidência, a Juventude e Modernização e a Coesão Territorial, a par com as secretarias de Estado dos Assuntos Parlamentares e do Desporto. Fonte: Sapo

Uma poupança de 20 milhões de euros

A concentração de ministérios no Campus XXI vai permitir uma poupança de perto de 20 milhões de euros, estimou hoje o ministro da Presidência, indicando que o Governo vai apresentar um plano de aproveitamento dos edifícios que ficam vagos.

“Vindo para aqui, estima-se num ano normal pouparmos cerca de 19 a 20 milhões de euros só em custo de espaços, rendas, logística, limpeza, segurança, eletricidade, frota automóvel”, afirmou António Leitão Amaro, que falava aos jornalistas no primeiro dia do Governo no Campus XXI. FonteSapo

U.Porto: IJUP 2024 premeia 68 jovens investigadores

Este ano, 68 estudantes foram distinguidos com diplomas pela qualidade dos trabalhos que levaram ao evento que, todos os anos, dá “palco” aos trabalhos de investigação realizados pelos mais jovens investigadores da Universidade.

(foto U.Porto)

“A investigação na Universidade do Porto tem de ter um lugar maior naquele que é o nosso desígnio, e vocês são um exemplo do melhor que se faz a nível da investigação da universidade”, referiu Pedro Rodrigues, Vice-Reitor para a Investigação e Inovação da U.Porto, na abertura do evento.

Numa altura tão difícil no nosso panorama nacional e internacional, devemos apostar em ciência e seguir os valores de rigor, da diversidade, da oportunidade. É assim que fazemos a Universidade do Porto”, acrescentou. 

“É muito bom a Universidade poder dar-nos esta oportunidade”, disse João Lemos, um dos jovens investigadores distinguidos

Como vem sendo habitual, os trabalhos apresentados focaram-se em áreas tão diversas como Agrofood, Ambiente e Geologia, Arquitetura, Artes, Ciências Biológicas, Química, Economia e Gestão, Engenharia, Ciências da Saúde, Ciências Sociais e Humanas, Direito e Criminologia, Matemática, Física e Astronomia, Psicologia e Ciências da Educação, Ciências do Desporto. Fonte: Notícias UP (adaptado)

educação: próximo ano letivo tem tudo “para começar mal” alerta a "Missão Escola Pública"

O alerta chega do movimento ‘Missão Escola Pública’: o próximo ano letivo tem tudo “para começar mal”, avisa, em declarações à rádio ‘Renascença’ – de acordo com a porta-voz Cristina Mota, em setembro vai haver ainda mais alunos sem professores porque, apesar dos vários anúncios do Ministério da Educação, “na prática nada foi implementado”.

“Consideramos que o início do próximo ano letivo vai ser caótico e consideramos que iremos ter um maior número de alunos sem professor no início do ano. Lembramos que temos menos professores, porque um grande número se aposentou, e além disso temos cerca de mais 19 mil alunos na nossa escola pública”, descreve a porta-voz.

No entanto, a complicar a situação, estão os atrasos na divulgação dos resultados dos concursos de professores. “Temos cerca de 100 mil professores a aguardar o concurso interno e o concurso externo e só após a divulgação das listas de colocação, é que terá lugar o concurso de mobilidade interna e também de contratação. Estes professores, que agora estão a aguardar a divulgação das listas, também eles têm filhos, precisam de organizar a sua vida, mas não estão a conseguir, porque não sabem onde vão lecionar em setembro”, acusa Cristina Mota.

“Verificamos também que não foi conhecido o diploma que se refere à recuperação do tempo de serviço, ao contrário do que tem sido anunciado pelo gabinete do senhor ministro. O problema não está resolvido, o diploma não está conhecido e tendo em conta o período de férias dos serviços administrativos das escolas, em setembro vai ser praticamente impossível algum professor ver o tempo de serviço contabilizado, conforme está no acordo", refere Cristina Mota, lembrando que não há nada definido relativamente às ajudas de custo para professores deslocados, nem medidas para combater a falta de docentes. Fonte:  Sapo


terça-feira, 2 de julho de 2024

desafio: qual a curiosidade destas duas fotos?

Quem sabe? 
Umas ajudinhas: 
São vencedoras? São criadas por Inteligência Artificial (IA)? As duas, uma? 
Leia, em baixo, as curiosidades.

imagem 1

imagem 2

imagem 1 O fotógrafo alemão Boris Eldagsen concorreu, na categoria “criativa aberta”, aos prémios Sony World Photography Awards, com uma imagem gerada com Inteligência Artificial (IA). A imagem a preto e branco de duas mulheres de diferentes gerações foi premiada, mas Eldagsen, o seu autor, recusa receber o prémio.
imagem 2 Ganhou um prémio para imagens geradas por Inteligência Artificial. É a imagem de um flamingo sem cabeça e até passava por IA, mas era real. Foi desqualificada depois de o fotógrafo ter revelado a verdade. "O meu objetivo era mostrar que a natureza é tão fantástica e criativa que nenhuma máquina consegue superar isso", disse o fotógrafo Miles Astray.

Que tal? Curioso, não?

matrículas: Portal das Matrículas esteve “temporariamente” indisponível “devido a intervenção técnica”

O Portal das Matrículas esteve indisponível esta segunda-feira devido a uma “intervenção técnica”. Num aviso colocado na página, estão a decorrer trabalhos de “manutenção”, pelo que a plataforma está “temporariamente indisponível”.

Não está definido um prazo para a intervenção, havendo apenas a indicação de que “contamos ser breves”.

Não é só o Portal das Matrículas: os serviços que utilizam a plataforma e360, relata a rádio ‘Renascença’, também estão indisponíveis devido a uma “intervenção técnica relacionada com a autenticação.

O início da abertura das matrículas do 6.º, 7.º, 8.º, 9.º e 11.º anos, para o ano letivo 2024/2025, tem sido marcado pelos protestos de vários encarregados de educação que não conseguem fazer a inscrição.

O Ministério da Educação salientou que os problemas no site estavam a ser tratados e que o “Instituto de Gestão Financeira da Educação (IGeFE), que gere o Portal das Matrículas, estava a efetuar algumas otimizações, tendo em vista resolver os constrangimentos verificados”. Por isso mesmo, o prazo foi prolongado por uma semana, até esta sexta-feira. Fonte: Sapo

saúde: infeções Covid-19 e apelos da DGS

Infeções Covid-19

Os números de infeções pela Covid-19 estão a bater novos máximos: há quase dois anos que não havia tantos óbitos num só dia e desde setembro do ano passado que não se registavam mais de 600 infeções num só dia.

No passado dia 14, registaram-se 616 novos casos, o valor mais elevado desde 8 de setembro último, altura em que surgiram 629 infeções; na última quarta-feira há a lamentar 18 mortes devido a Covid-19, um número sem paralelo desde 15 de julho de 2022, quando foram registados 24 óbitos num só dia.

Em junho, houve mais casos da doença do que no total dos primeiros cinco meses do ano e a média de óbitos por dia (9) é muito superior à de janeiro e maio (2), e igualmente maior à média diária de todo o ano passado (6).

Rita Sá Machado, diretora-geral da Saúde, admite o aumento e já apelou ao uso de máscara e ao distanciamento social nos casos em que haja sintomas da doença para prevenir o contágio. 

Aquilo que temos visto ao longo das últimas três semanas é que existe, realmente, um aumento da incidência de infeções por covid-19", constatou a diretora-geral da Saúde em declarações aos jornalistas, em Vila Pouca de Aguiar. Apesar de ser identificado, é um aumento inferior àquele que acontece no ano passado (...) durante o verão”, acrescentou.

Rita Sá Machado lembra a importância das “boas práticas” para evitar o contágio, em particular o uso de máscara. Apela, também, a quem manifeste sintomas que mantenha o distanciamento físicoRecorde-se que os sintomas mais frequentes são febre, tosse, dores musculares, falta de ar, perda do olfato, ausência do paladar, diarreia, náuseas ou vómitos, dor de garganta, congestão nasal e fadiga.

Cuidados a ter no verão

A diretora geral da saúde apresentou já o plano de contingência de saúde para o verão. Para prevenir e minimizar os efeitos negativos do calor - sobretudo para a população mais vulnerável, como idosos, doentes e crianças -, são recomendados cuidados específicos.

Estarmos nas nossas casas, abrigados; hidratar. Procurar também, se o calor for extremo, abrigos temporários, locais climatizados”, enumerou Rita Sá Machado. “Também evitar, nas horas de maior calor, haver a prática de atividade física (...). Ter atenção também aos raios ultravioleta, com a utilização de protetor solar.” (adaptado daqui e daqui)

cultura: morreu Fausto, um d´"Os três Cantos"

Morreu na última noite o compositor e cantor Fausto Bordalo Dias, aos 75 anos. Assinou temas marcantes da música portuguesa como "O barco vai de saída", "Como um sonho acordado" ou "A guerra é a guerra".

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Fausto Bordalo Dias
foto de João Sena Goulão - Lusa
Fausto Bordalo Dias morreu esta noite, em sua casa, vítima de doença prolongada
", confirmou o representante da agência artística Ao Sul do Mundo, citado pela agência Lusa.

Fausto é um dos nomes maiores da música portuguesa. Gravou 12 álbuns ao longo de uma carreira iniciada no final da década de 1960

Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias nasceu a bordo do navio Pátria, durante uma viagem entre Portugal e Angola. Seria registado a 26 de novembro de 1948 em Vila Franca das Naves, Trancoso.

Aos 20 anos, já em Lisboa, Fausto concluiu a licenciatura em Ciências Políticas e Sociais no Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina, atualmente ISCSP.

O primeiro EP seria editado em 1969 com o título "Fausto", trabalho que lhe valeu o Prémio Revelação pela Rádio Renascença. O derradeiro álbum de originais, intitulado "Em busca de montanhas azuis", foi lançado em 2011. 

Fausto Bordalo Dias esteve ao lado de nomes como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, José Mário Branco ou Luís Cília. Em maio de 1974, ajudou a fundar o GAC com José Mário Branco, Afonso Dias e Tino Flores.

Em 1978, assinou com Sérgio Godinho e José Mário Branco a banda-sonora do filme “A Confederação”, de Luís Galvão Teles. E em 2009 voltou a juntar-se a Sérgio Godinho e José Mário Branco para o espetáculo “Três Cantos ao vivo”, que resultaria num álbum ao vivo.

Presidente homenageia um dos "nomes maiores" da música portuguesa

O presidente da República disse ter recebido com tristeza a notícia da morte de Fausto Bordalo Dias, “que ao longo de décadas deixou um legado musical que se confunde com a própria história de Portugal”.

Fausto pertencia a uma constelação de músicos que traduziu para as canções de intervenção o sentimento do povo português, e é por isso inevitável associar o nome de Fausto aos nomes maiores da música portuguesa, como José Afonso, José Mário Branco ou Sérgio Godinho”, lê-se numa nota publicada no site da Presidência.

Nunca falarei do Fausto no passado
Em entrevista à RTP3, o músico Carlos Alberto Moniz falou num “homem com uma cultura muito sólida”, o que torna os seus textos “tão ricos”.
Nunca falarei do Fausto no passado. O Fausto é um grande compositor, é um grande intérprete, a obra dele vai ficar para sempre, declarou. (adaptado daqui)

segunda-feira, 1 de julho de 2024

futebol: impróprio para cardíacos!

Um jogo emocionante! Muito emocionante!

Diogo Costa, guarda redes da Seleção Portuguesa de Futebol
(foto daqui)

Portugal qualificou-se hoje para os quartos de final do Campeonato da Europa de futebol de 2024, ao bater a Eslovénia por 3-0, no desempate por grandes penalidades, após 0-0 nos 120 minutos, em Frankfurt, na Alemanha. O herói da noite foi Diogo Costa, o guarda redes da Seleção Portuguesa, que defendeu três grandes penalidades consecutivas.

palavras do Professor Galopim de Carvalho na Sessão Comemorativa do Dia da Cidade, em Évora

ESCOLA PÚBLICA

Professor Galopim de Carvalho
Deixo-vos aqui, estimados amigos, o essencial da minha intervenção de ontem, dia 29 de Junho de 2024, em Évora, na Sessão Comemorativa do Dia da Cidade, no Palácio de D. Manuel.

«É verdade que se alargou a escolaridade obrigatória e gratuita até ao 12.º ano. E isso foi bom. Foi, mesmo, muito bom. No meu tempo, a escolaridade obrigatória e gratuita era a chamada 3ª classe (atual 3º ano).

É verdade que o parque escolar deu um grande pulo em frente, comparativamente ao de um passado que nos envergonhava.

É verdade que os Jardins de Infância são hoje uma realidade em crescimento.

Mas a verdade é que isso não chega. Está “a léguas” de chegar.

50 anos de liberdade e de democracia mantiveram as duas categorias de escolas que eu conheci a partir dos anos de 1930, há quase um século:

- a privada, ao serviço de uma minoria com capacidade financeira;

- a pública, para os outros, a maioria, onde cabem uma classe média, mal remunerada, e uma outra, a raiar a pobreza ou a sobreviver dentro dela.

A luta dos professores, numa intensidade nunca vista, trouxe ao de cima, a degradação a que chegou este grande sustentáculo de qualquer sociedade democrática que, entre nós, dá pelo nome de Escola Pública.

Esta degradação está bem estampada nas classificações (os rankings), oficialmente divulgadas, que põem em evidência uma quantidade preocupante de escolas públicas más e de alunos maus. Uma realidade vergonhosa, que reflete a muito pouca atenção que tem sido dada a este sector, por parte dos sucessivos governos do Portugal de Abril.

A classe política, no seu todo, a quem os Capitães de Abril, há 50 anos, generosa, honradamente e de “mão beijada”, entregaram os nossos destinos, mais interessada nas lutas pelo poder, esqueceu-se de facultar conhecimento, civismo, cidadania, em suma, à sociedade liberta do sufoco em que vivera.

E, aqui, a Escola falhou completamente.


E não estou só nesta afirmação. Recordo as palavras do então Primeiro-ministro, António Costa, em finais de 2015, na cerimónia de entrega do Prémio Manuel António da Mota, no Palácio da Bolsa, no Porto.

Ei-las:

“De uma vez por todas, o país tem de compreender que o maior défice que temos não é o das finanças. O maior défice que temos é o défice que acumulámos de ignorância, de desconhecimento, de ausência de educação, de ausência de formação e de ausência de preparação.” 

A verdade é que esta situação não se inverteu. A verdade é que, depois de 50 anos de liberdade em democracia, continuamos a ser um povo maioritariamente desinteressado pelos valores da ciência e da cultura, alienados pelo “jogo da bola” e em que a grande maioria dos apoiantes e votantes nos partidos políticos desconhecem os fundamentos das respectivas ideologias.

A iliteracia cultural e científica de uma parte importante da nossa população, a todos os níveis socioprofissionais, é a prova provada desse falhanço.

 

São muitos os portugueses a quem a escola deu e continua a dar diplomas, mas não deu e continua a não dar a educação, a formação e a preparação essenciais a uma cidadania plena.

 

Verdadeiros défices na educação, na formação e na preparação para uma cidadania plena abriram as portas a um populismo, vazio de conteúdos, a que a democracia deu voz e que, usufruindo da liberdade dessa mesma democracia, nos procura arrastar para um modelo de sociedade que a História já mostrou que sempre nos amordaçou, com consequências funestas.

 

Todos sabemos que há boas e excelentes escolas públicas, que há bons e excelentes professores, mas o essencial do problema que temos de enfrentar reside na quantidade preocupante de escolas más, de professores maus e de alunos maus.

 

A oitava ronda do PISA (“Programme for International Student Assessment”), da OCDE, em 2023, mostrou que, em trinta países, Portugal ocupa:

o 30º lugar em Ciências,

o 29.º em Matemática e

o 24º, em leitura.

Resultados que nos envergonham e que confirmam as minhas preocupações. Ando a dizê-lo, há décadas, e estes números vêm dar-me razão.

 Estes resultados do PISA trazem, ao de cima, uma geração de adolescentes:

- sem interesse pelo saber,

- ignorantes de quase tudo,

- mergulhados a fundo nos seus smartphones,

- vítimas de reformas educativas que lhes diminuíram ou retiraram a capacidade crítica, em que o rigor foi substituído pela facilidade.

A diluição de disciplinas como História, Filosofia e Literatura, são disso testemunho.

 As direções das escolas têm sido pressionadas no sentido de facilitar as aprovações e os professores são convidados a agirem em conformidade.

Reprovar um aluno representa hoje, para o professor, e para os professores do conselho de turma, ter de justificar essa decisão, depois de elaborar e aplicar planos e medidas burocráticas (de eficácia nula) que mais parecem um castigo aplicado aos docentes, a que eles fogem subindo as notas. 

O atual sistema de avaliações, demasiado injusto, não ajuda a elevar o nível do ensino. Avança-se por quotas e não por mérito. Praticamente, nada avalia. Propostas de avaliações a sério têm sido rejeitadas por parte dos muitos que não querem ou receiam ser avaliados. Neste capítulo, os maus professores, que os há e não são assim tão poucos, os tais que recusam as avaliações a sério e veem na Escola um emprego assegurado até à aposentação, têm contado com o apoio dos sindicatos, que põem ao mesmo nível os bons e os maus profissionais. 

A falta de professores é uma realidade por demais conhecida e todos sabemos porquê – A profissão não agrada a ninguém. O que temos vindo a fazer é pôr remendos. 

Todos sabemos e os governos também sabem que a mola real de uma verdadeira e eficaz política de Educação exige dotação orçamental adequada à importância deste sector na sociedade. A verdade é que, se nunca lhe atribuíram essa dotação, é porque a Educação nunca esteve entre as suas prioridades. Muitas vezes “crucificamos” os ministros da tutela, mas esquecemo-nos de que eles são prisioneiros das dotações orçamentais que lhes cabem, no OGE. Mas também é verdade que, ao aceitarem exercer esse mister, ficam coniventes com as opções dos respectivos governos. 

Temos agora um novo governo e um novo Ministro da tutela e o meu mais sincero desejo é que ele, ao contrário dos seus antecessores, tenha a força necessárias para demolir o mais que obsoleto edifício da Educação que temos tido e, em seu lugar, fazer surgir um outro, concebido e levado a cabo, numa profícua colaboração entre governo e oposições, para durar três ou mais legislaturas e que envolva gente verdadeiramente capaz de o concretizar, gente que entre na poderosa “máquina ministerial”, melhore o que tiver de ser melhorado e varra o que tiver de ser varrido. 

A preparação de professores deveria ser pensada de molde a oferecer níveis de excelência compatíveis com a sua importância na sociedade, oferecendo saídas profissionais adequadamente remuneradas. 

É preciso pôr em prática uma rigorosa supervisão científica e pedagógica dos manuais escolares. São muitos os que se repetem acriticamente, com noções estereotipadas e, por vezes, com erros, tantas vezes denunciados. 

Os professores consomem muitas horas em reuniões inúteis, mas poucas dedicadas ao trabalho lectivo que devia ser o seu principal objetivo. 

A carga burocrática que se abate sobre os docentes, em planos arrevesados descritivos de metodologias e estratégias, adaptações de critérios de avaliação e obrigatoriedade de justificações que se traduzem em inflação de classificações para obter sucesso estatístico. 

Impõe-se a necessária dignificação dos professores e educadores, num conjunto de ações, envolvendo salários compatíveis com a sua relevância na sociedade, colocações, libertação de todas as tarefas que não sejam as de ensinar e outras postas em evidência nas suas reivindicações. 

O pessoal não docente representa um conjunto de elementos fundamental no universo do ensino, pelo que é forçoso dar lhes um tratamento, em termos de dignidade e de salários, a condizer.

 

Repetindo o que sempre disse: considero os professores, incluindo educadores, entre os mais importantes pilares da sociedade e, uma vez mais, afirmo que é necessário e urgente conferir-lhes o estatuto, a atenção e a dignidade compatível com essa importância. 

Nos dias que correm, receio que, uma vez alcançado o acordo com o ministério da tutela, sobre a recuperação do tempo de serviço, volto a dizer, receio que, por um lado, uma parte muito considerável da enorme massa humana, que se manifestou nas ruas do Portugal inteiro, se sinta confortavelmente satisfeita e desinteressada da parte mais importante do problema e deixe, para a outra parte, a continuação da luta por uma Escola Pública a sério. 

Receio, ainda, que o ministério se sinta desobrigado de atender às restantes reivindicações, as mais sérias e profundas, as que visam uma completa remodelação deste importante pilar da sociedade que se deseja melhorar."

                                                                                                                                                                    texto recebido por e-mail

atualidade: governo decreta luto nacional para dia do funeral de Cargaleiro

“Em acordo com Sua Excelência o Presidente da República, o Governo vai aprovar a declaração de luto nacional no dia em que se realizem as exéquias de Manuel Cargaleiro”, anunciou Luís Montenegro numa nota enviada hoje às redações.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que o Governo vai decretar um dia de luto nacional para o dia das cerimónias fúnebres do artista plástico Manuel Cargaleiro, que morreu domingo com 97 anos.

“Em acordo com Sua Excelência o Presidente da República, o Governo vai aprovar a declaração de luto nacional no dia em que se realizem as exéquias de Manuel Cargaleiro”, anunciou Luís Montenegro numa nota enviada hoje às redações.

No texto, o líder do executivo manifesta o seu “profundo pesar” pela morte Manuel Cargaleiro, que classificou de “artista multifacetado, conhecido do grande público sobretudo pela sua obra como pintor e ceramista”.

“Cargaleiro dominou a cor e a geometria de forma marcante, imprimindo à arte contemporânea portuguesa um traço inconfundível”, escreve.

Luís Montenegro lembra que, ao longo da carreira, as criações de Manuel Cargaleiro “expressaram sempre a sua visão poética do mundo, construindo um legado reconhecível por diversas gerações de portugueses”.

Sendo um homem do mundo, foi também um cidadão sensível às suas origens, tendo escolhido Castelo Branco para instalar o seu Museu e a sua coleção, permitindo a tantos visitantes um conhecimento mais vasto da sua obra. Deixa um legado que muito prestigia a arte portuguesa e Portugal”, conclui o primeiro-ministro, expressando ainda as suas “sentidas condolências” à família e amigos.

Segundo disse à agência Lusa a sua mulher, Isabel Brito da Mana, Manuel Cargaleiro “morreu tranquilo, rodeado pelos seus, adormeceu”.

O artista plástico nasceu em 16 de março de 1927 em Chão das Servas, no concelho de Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco.

A sua obra foi fortemente inspirada no azulejo tradicional português. Em 1949, ingressou na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e participou na Primeira Exposição Anual de Cerâmica, no Palácio Foz, em Lisboa, onde realizou a sua primeira exposição individual de cerâmica, no ano de 1952.

No início de carreira, ainda na década de 1950, recebeu o Prémio Nacional de Cerâmica Sebastião de Almeida, e o diploma de honra da Academia Internacional de Cerâmica, no Festival Internacional de Cerâmica de Cannes, em França, numa altura em que iniciara funções de professor de Cerâmica na Escola de Artes Decorativas António Arroio e apresentara as suas primeiras pinturas a óleo no Primeiro Salão de Arte Abstrata.

Nas décadas de 1960 e 1970, participou em exposições individuais e coletivas e durante este período afirmou-se não apenas como conceituado ceramista, mas também como desenhador e pintor. Nos anos 1980 começou a explorar a tapeçaria.

A partir da década de 90, predominariam na sua obra os padrões aglomerados e cromaticamente intensos onde continuaria a ser evocado o azulejo português.

Em Castelo Branco, viria a ser inaugurada a Fundação Manuel Cargaleiro, em 1990, depois expandida com o respetivo museu e mais tarde, no Seixal (Setúbal), a Oficina de Artes Manuel Cargaleiro.

O ceramista recebeu, em Paris, em 2019, a medalha de Mérito Cultural do Governo português e a Medalha Grand Vermeil, a mais alta condecoração da capital francesa, onde viveu grande parte da sua vida.

Na altura, foi também inaugurada a ampliação da estação de metro de Champs Elysées-Clémenceau, com novas obras de Manuel Cargaleiro, depois de originalmente concebida e totalmente decorada pelo artista português, em 1995, incluindo o painel em azulejo “Paris-Lisbonne”. Fonte: Sapo

atualidade: haverá ajustes nos horários dos comboios em algumas viagens

Costuma viajar de comboio? saiba que haverá ajustes nos horários dos comboios em algumas viagens.

A CP – Comboios de Portugal anunciou que haverá ajustes aos horários dos comboios, de norte a sul do país, já a partir deste domingo.

“Informamos que a partir de 30 de junho haverá ajustes aos horários de alguns comboios dos serviços Intercidades, Regional, Urbanos de Lisboa e do Porto”, pode ler-se num comunicado da empresa.

Pode consultar os novos horários aqui.

Se tiver dúvidas ou necessitar de mais informações pode ligar para a linha de atendimento da CP. Pode também dirigir-se aos gabinetes de apoio ao cliente e bilheteiras. Fonte: Sapo

EB1/JI de Moutidos: "DanceMoutidos"

A festa da dança aconteceu em Moutidos, sob o nome de projeto DANCEMOUTIDOS, organizado pelas nossas muito amigas Assistentes Operacionais, durante a hora de almoço, com o merecido mérito e agradecimento pelo empenho. 

No final do ano letivo, vivenciamos dois excelentes  e muito apreciados dias de  festa. Obrigada!



                                                                                                         cortesia de Maria José Ribeiro (texto e imagens), docente do 1º ciclo