Pela primeira vez desde o início da pandemia, a Função Pública estará em greve. Os trabalhadores da Administração Pública marcaram um “dia nacional de luta” para esta quinta-feira, 20 de maio, que incluirá uma paralisação e uma concentração, pretendendo reivindicar a valorização dos salários e das carreiras.
Como costuma acontecer em greves deste género, é a adesão dos trabalhadores que vai ditar que setores serão mais afetados ao longo do dia, apesar de se esperar dificuldades em várias áreas, como as escolas, explicou à NiT o coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Sebastião Santana.
Em relação a paragens anteriores dos funcionários públicos, esta quinta-feira será, desde logo, marcada por uma exceção: o setor da saúde fica de fora deste dia de luta, devido à situação pandémica que ainda se vive.
Sobre as escolas, os professores não vão aderir à greve mas participam na concentração; já o pessoal não docente entregou o pré-aviso o que, só por si, poderá traduzir-se em estabelecimentos limitados ou fechados.
Os efeitos do dia de luta começam aliás já a fazer-se sentir na noite desta quarta-feira, 19 de maio, uma vez que dentro das autarquias um setor quase certamente afetado em todo o País é o da recolha de resíduos urbanos — a Câmara de Lisboa já avisou que ela não acontecerá na próxima madrugada.
Os sindicatos defendem aumentos salariais de 90 euros para todos os trabalhadores e também apelam à valorização das carreiras, revisão da Tabela Remuneratória Única, revogação do SIADAP e uma melhoria nos serviços públicos. @ NiT
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