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terça-feira, 7 de junho de 2022

o QCena e a "Farsa de Inês Pereira" pelos olhos dos alunos

O Grupo de Teatro QCena apresentou à escola e à comunidade a "Farsa de Inês Pereira", tal como aqui o CRESCER anunciou. Quem assistiu sentiu-se, uma vez mais, privilegiado por poder apreciar o trabalho deste grupo, que conta com a especial dedicação das professoras Amélia Lopes, Elsa Gonçalves, Cláudia Brito e Margarida Serralheiro e do professor Nuno Marinho. Parabéns a todos pelo excelente trabalho desenvolvido!


O CRESCER aguardava a opinião dos alunos de 10º ano, particularmente interessados na representação, pois estudam a obra na disciplina de Português. E chegou. Ora, então:

Na minha opinião, a peça de teatro feita pela escola foi surpreendente, a atuação estava boa e dava para perceber que a composição da obra, a dramatização e as canções estavam muito bem conseguidas.
Penso que a parte onde se falava do assédio às mulheres e da violência doméstica, apesar de inesperada, foi importante e a abordagem necessária. A mensagem foi bem passada e bem feita.
O grupo de teatro da escola esteve excelente e muito bem direcionado, todos os alunos que participaram estiveram incríveis. Ana Luísa Figueiredo, 10º C
 
Achamos uma peça interessante e, notamos em grande empenho por parte de todos. Margarida e Filipa, 10º D
 
Foi fixe, engraçado é divertido, porém o som estava um bocado baixo. Carolina e Lara Cardoso, 10º D
 
Nos gostamos e achamos que foi muito divertido e interessante. João Sousa e Letícia, 10º D 
 
No dia 1 de Junho, a nossa turma foi assistir a uma peça de teatro feita pelo grupo de teatro desta escola. Esta foi uma dramatização da "Farsa de Inês Pereira", obra de Gil Vicente. A experiência foi bastante agradável, engraçada e interessante. A meio da peça os atores tomaram a liberdade de implementar uma mensagem sobre a violência doméstica, tendo a transição entre a peça e esta mensagem sido bem conseguida. Na nossa opinião, a peça em geral foi muito bem executada e uma hora muito bem passada.  Afonso Soares, Dinis Santos, 10ºC 

Na quarta-feira passada e hoje, dia 7 de junho, assisti à representação da Farsa de Inês Pereira pelo clube de teatro da escola - “QCena”.  Esta representação incrível, não só deu a conhecer, de uma forma apelativa, aos alunos mais novos (e mais velhos) a Farsa de Inês Pereira, como também os sensibilizou pertinentemente para a violência no contexto social. Todos representaram os seus papéis na perfeição e trabalharam como uma verdadeira equipa.  Por fim, é importante destacar o esforço e empenho de todos os que participaram na peça para a tornar inesquecível., Anita Bessa, 10º B


Turmas do 10° e ano da ESAS assistiram à representação da Farsa de Inês Pereira, pelo grupo QCena, pelos olhos do Gustavo Pereira, aluno do 10º E1 

No dia 1 de Junho, os estudantes compareceram na junta de freguesia de Águas Santas para ver uma peça de teatro baseada na Farsa de Inês Pereira, obra dramática de Gil Vicente, cujo estudo está estipulado no programa escolar. A peça foi produzida por alunos da própria escola em conjunto com participantes particulares.

A representação foi fiel à obra em que foi inspirado, o figurino adotado foi apropriado para o que era preciso e o simples cenário utilizado continha tudo o que era essencial. As apresentações dos personagens que entravam em cena eram sempre acompanhados de uma combinação de uma música e uma dança feita pelo personagem introduzido, que era coerente com o contexto e entretinha a plateia.

A meio da peça ocorreu uma interrupção repentina para comunicar uma relevante mensagem crítica, pertinente nos dias de hoje e que estava diretamente relacionado com a cena subsequente. Iniciado após a festa de casamento de Inês Pereira e o Escudeiro, uma troca de mensagens entre jovens a fim de combinar um encontro descontraído rapidamente tornar-se-á numa circunstância hostil, em que o homem assume atitudes agressivas com a mulher a nível verbal e até físico, que serve de pretexto para abordar um problema social muito presente na sociedade portuguesa, a violência doméstica e a violação. Logo depois, a encenação -se à música "Não me importo" (da autoria de Carolina Deslandes) , cuja  coreografia e a letra sugerem uma libertação da mulher da opressão masculina e a decisão de não ser mais refém de situações abusivas, não se importando com o que dela dirão ou pensarão.

É importante mencionar que essa música foi cantada ao vivo, uma grave e extraordinária voz de uma estudante da escola que impressionou a todos com seu talento. O seu nome é Helena e ela pertence à turma 10°B. Ainda antes do regresso ao andamento do teatro, houve mais uma apresentação em que todos os atores se reuniram em três filas e permaneceram parados, enquanto eram projetados notícias e imagens e reproduzidas várias vozes mixadas que, no meio de uma sequência de flashes de luz, que, para além de provocarem efeitos psicadélicos arrepiantes, enumeravam e/ou aludiam a quantidade de casos de violência doméstica e violação ao longo dos anos. De volta à peça, toda essa mensagem de denúncia e repressão de abusos, principalmente contra a mulher fizeram sentido no contexto da narrativa, na medida em que, na cena a seguir, o  escudeiro revela comportamentos desprezíveis e autoritários dessa mesma índole com Inês, sua esposa.

O sucesso do espetáculo foi absoluto e corroborado pelos aplausos e assobios ensurdecedores do auditório. Graças aos efeitos audiovisuais e aos atores excecionais que estrelaram brilhantemente no palco, com as suas performances, expressões corporais deslumbrantes e entoações sensacionais, os espectadores puderam desfrutar de bons e inquietantes momentos.

3 comentários:

M. Lurdes Cardoso disse...

Parabéns aos alunos e professores envolvidos. Obrigada pela partilha desta excelente notícia.

lufraga disse...

Foi um espectáculo realmente muito bem conseguido pelo grupo Qcena. A todos desejo felicidades para próximos desempenhos na nossa escola ou noutros palcos.

Elsa Gonçalves disse...

Obrigada, pela partilha das vossas opiniões. Viva o teatro!