Parece o argumento de um filme, mas é a realidade, comprovada num estudo da Agência Espacial Europeia que descobriu um método que permite poupar custos e a saúde dos astronautas numa ida a Marte.
Edgar Moran/Unsplash |
A Agência Espacial Europeia (ESA) tem estudado formas de o Homem finalmente chegar a Marte e parece que encontrou finalmente uma possível solução: hibernação humana. Este método permitiria reduzir os custos da missão e, ao mesmo tempo, manter os astronautas saudáveis durante a viagem de dois anos "mais viável", de acordo com a agência, citada pela CNN Portugal.
"A hibernação realmente ajudará a proteger as pessoas dos efeitos nocivos da radiação durante as viagens espaciais profundas. Longe do campo magnético da Terra, os danos causados por partículas de alta energia podem resultar em morte celular ou cancro", disse Alexander Choukér, da Universidade Ludwig Maximilians, em Munique, na Alemanha, co-autor do estudo liderado pelo ESA.
Ao entrarem em estado de hibernação, isto é, num adormecimento que reduziria a taxa metabólica da tripulação para 25%, permitiria não só reduzir o tamanho da nave, como a carga útil, ou seja, da comida, água e oxigénio.
Segundo a ESA, esta pode ser uma "técnica revolucionária para as viagens espaciais".
Revolucionária no que diz respeito aos humanos, porque no reino animal é algo feito desde que há registos de vida de espécies como morcegos ou ouriços, dois dos animais que hibernam no inverno. A diferença é que enquanto o fazem de forma natural, os humanos tê-lo-ão de fazer com recurso a uma medicação com ação sedativa para reduzir o metabolismo — e antes disso deverão ganhar gordura corporal extra para que tenham reservas — e dentro de uma cápsula (em vez de num buraco, como fazem os ouriços).
A cápsula, que funcionará como escudo contra a radiação cósmica, terá condições para uma "hibernação suave", caracterizada por um ambiente silencioso com pouca luz, baixa temperatura (menos de 10°C) e humidade elevada. A ideia é que durante o período de adormecimento, os astronautas, com fatos que evitam sobreaquecimento, sejam observados pela equipa em terra através de sensores que medem a temperatura, a postura e a frequência cardíaca.
O que acontece então à nave enquanto os astronautas estão a hibernar? Estará a ser comandada por inteligência artificial. E assim, com recurso a uma "técnica revolucionária", se evitam custos e impactos negativos a nível mental de um confinamento (que todos sabemos como é).
De acordo com a NASA, uma viagem só de ida a Marta demoraria, com a tecnologia existente atualmente, cerca de nove meses. Mas, para ir e vir, seriam precisos 21 meses uma vez que, aquando no planeta vermelho, seria preciso esperar 3 meses para que houvesse um alinhamento favorável com a Terra, que permitisse uma viagem de regresso em segurança. @ Sapo
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