Cerca de 87% dos portugueses dizem querer alimentar-se de forma mais sustentável, preocupados com a pegada ambiental da sua alimentação. Esta é a conclusão de um estudo da ‘World Wild Fund (WWF)’, que mostra que a percentagem portuguesa está acima da média dos restantes países da Europa.
A pesquisa, citada hoje pelo jornal ‘Expresso’, contou com a participação de 11.439 cidadãos de nove países (Áustria, Bélgica, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Portugal, Suécia e Reino Unido), de forma a perceber o grau de preocupação com o impacto das suas escolhas alimentares no ambiente.
A principal conclusão é de que “apesar de subestimarem o impacto das suas escolhas alimentares sobre o clima e o ambiente, os europeus em geral — e os portugueses em particular — têm a noção de que o que consomem tem impacto no planeta”, explica Tiago Luís, da Associação Natureza Portugal, citado pelo jornal.
Isto porque, segundo o estudo, os portugueses parecem estar mais interessados face à média de outros cidadãos europeus, em comer de forma mais sustentável: 87% dizem fazê-lo, contra apenas 74% dos restantes países.
Para além disso, os portugueses são os que mais acreditam que uma produção mais sustentável de alimentos é essencial para cumprir as metas contra as alterações climáticas e a perda de biodiversidade: 85% contra 66% dos restantes europeus.
A pesquisa visa “promover dietas mais sustentáveis, através da compreensão do impacto que aquilo que consumimos tem na nossa saúde e na saúde do planeta, induzir mudanças de comportamentos nos mais jovens, e, paralelamente, envolver e influenciar empresas e decisores políticos em práticas que melhorem o sistema alimentar”, adianta Tiago Luís ao jornal.
Ainda sobre as conclusões do estudo, o especialista indica que “um terço dos inquiridos portugueses revelaram uma posição bastante crítica sobre os impactos ambientais da produção nacional, considerando que esta tem um impacto mais negativo do que positivo”.
Foi ainda possível concluir que continuam a existir alguns equívocos entre os consumidores porque “a maioria considera que a produção e consumo de carne de vaca, de porco e de aves tem mais impactos ambientais do que a produção de laticínios ou de ovos, quando, no caso português, a produção de leite de vaca, por exemplo, é muito mais intensiva do que a de carne”, esclarece ao ‘Expresso’. @ Sapo
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