O Conselho Nacional de Educação (CNE) defendeu o reforço da participação das crianças e jovens no processo educativo, numa recomendação debatida hoje num 'webinar' em que especialistas concordaram que a mudança mais difícil é na sala de aula.
A ideia é que, enquanto forma de participação, a voz dos alunos é indispensável ao processo de aprendizagem e, por isso, essa voz deve ser valorizada nesse aspeto e na organização das instituições e na formação de professores e outros agentes educativos.
Na abertura da sessão, o secretário de Estado e Adjunto da Educação, João Costa, resumiu o trabalho do Governo neste âmbito desde 2015 e recordou uma das primeiras reuniões de trabalho em que questionou: "Como é que nós podemos ter uma política curricular sem ouvir os beneficiários do currículo, que são os alunos"?
"Foi nesse momento que decidimos, desde esse primeiro momento, que todo o processo que íamos começar a construir teria também de envolver instâncias regulares de auscultação dos alunos", sublinhou, para daí referir alguns exemplos das iniciativas desenvolvidas e dos diplomas e orientações produzidos para promover essa participação.
O esforço do Ministério da Educação foi reconhecido por todos, mas, segundo alguns, parece haver um contexto em que os alunos encontram maior resistência à sua participação ativa.
"É na sala de aula que tem sido mais difícil a instituição de modos dialogais de aprendizagem por implicar uma mudança conceptual do papel do professor e dos alunos nas dinâmicas de trabalho pedagógico", sublinhou Inácia Santana, conselheira do CNE e uma das autoras da recomendação. @ Sapo
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