Portugal tem 2,3 milhões de cidadãos que necessitam de apoio psicológico, inclusive um em cada cinco portugueses sofre de um problema de saúde psicológica, revelou hoje a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), assinalando o Dia Mundial da Saúde Mental.
Traçando o retrato do estado psicológico do país, a OPP indicou que “um em cada cinco portugueses sofre de um problema de saúde psicológica (23% da população)”, referindo que Portugal é o 2.º país europeu com maior prevalência de problemas de saúde psicológica e é o 5.º país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com o consumo mais elevado de ansiolíticos e antidepressivos.
Aproveitando o Dia Mundial da Saúde Mental, que se comemora em 10 de outubro desde 1992, em prol da educação, conscientização e defesa da saúde mental global contra o estigma social, a Ordem apresentou a evolução das respostas à saúde psicológica em Portugal, em que, nos cuidados de saúde primários, no passado existiam 250 psicólogos, no presente existem 250 profissionais de psicologia (mais algumas dezenas em contratos temporários) e a procura aumentou e "ainda é necessário mais 250 psicólogos".
Nas escolas, no passado havia 778 psicólogos (380 com contratos temporários), no presente há 1.700 psicólogos (900 com contratos temporários) e “ainda é necessário condições de trabalho que permitam a continuidade das intervenções e reforço de psicólogos em contextos com necessidades específicas", expôs a OPP, revelando ainda a evolução no trabalho, assim como sistemas e comparticipações das consultas de psicologia, designadamente a ADSE e os seguros de saúde.
Neste âmbito, o órgão representativo dos psicólogos portugueses avançou com cinco medidas que considera prioritárias para a saúde psicológica em Portugal, nomeadamente no Serviço Nacional de Saúde (SNS), nas escolas, no trabalho, na justiça e nas respostas sociais.
Indicando que a escola representa um dos contextos com maior potencial para prevenir futuros problemas e promover a saúde psicológica das crianças e jovens, a Ordem propôs “a continuidade e a presença de mais psicólogos” nos estabelecimentos escolares, sobretudo para permitir a redução de desigualdades em contextos com necessidades específicas. @ Sapo
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