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terça-feira, 12 de outubro de 2021

Portugal tem 2,3 milhões de cidadãos que precisam de apoio psicológico

Portugal tem 2,3 milhões de cidadãos que necessitam de apoio psicológico, inclusive um em cada cinco portugueses sofre de um problema de saúde psicológica, revelou hoje a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), assinalando o Dia Mundial da Saúde Mental.


Traçando o retrato do estado psicológico do país, a OPP indicou que “um em cada cinco portugueses sofre de um problema de saúde psicológica (23% da população)”, referindo que Portugal é o 2.º país europeu com maior prevalência de problemas de saúde psicológica e é o 5.º país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com o consumo mais elevado de ansiolíticos e antidepressivos.
Aproveitando o Dia Mundial da Saúde Mental, que se comemora em 10 de outubro desde 1992, em prol da educação, conscientização e defesa da saúde mental global contra o estigma social, a Ordem apresentou a evolução das respostas à saúde psicológica em Portugal, em que, nos cuidados de saúde primários, no passado existiam 250 psicólogos, no presente existem 250 profissionais de psicologia (mais algumas dezenas em contratos temporários) e a procura aumentou e "ainda é necessário mais 250 psicólogos".
Nas escolas, no passado havia 778 psicólogos (380 com contratos temporários), no presente há 1.700 psicólogos (900 com contratos temporários) e “ainda é necessário condições de trabalho que permitam a continuidade das intervenções e reforço de psicólogos em contextos com necessidades específicas", expôs a OPP, revelando ainda a evolução no trabalho, assim como sistemas e comparticipações das consultas de psicologia, designadamente a ADSE e os seguros de saúde.
Neste âmbito, o órgão representativo dos psicólogos portugueses avançou com cinco medidas que considera prioritárias para a saúde psicológica em Portugal, nomeadamente no Serviço Nacional de Saúde (SNS), nas escolas, no trabalho, na justiça e nas respostas sociais.
Indicando que a escola representa um dos contextos com maior potencial para prevenir futuros problemas e promover a saúde psicológica das crianças e jovens, a Ordem propôs “a continuidade e a presença de mais psicólogos” nos estabelecimentos escolares, sobretudo para permitir a redução de desigualdades em contextos com necessidades específicas. @ Sapo

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