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sexta-feira, 22 de setembro de 2023

educação: escolas públicas perderam quase 10 mil docentes numa década

O problema da falta de professores poderá agravar-se nos próximos anos, uma vez que a classe docente está cada vez mais envelhecida, tanto no setor público como no privado.

De acordo com os dados que constam do Perfil do Docente 2021/2022, publicado este mês pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), a idade média dos professores aumentou significativamente em dez anos e, em 2021/2022, ultrapassava os 50 anos em todos os níveis de ensino, mas é no pré-escolar que a situação é mais grave.
No setor público, em cerca de 10 mil profissionais, quase 80% dos educadores do pré-escolar tinham mais de 50 anos, sendo que abaixo dos 30 anos contabilizavam-se apenas 14 educadores, o que não chega a representar 0,1%.
Entre os níveis de ensino com a classe docente mais envelhecida, seguem-se o 2.º ciclo, em que 62,6% tinham mais de 50 anos, o 3.º ciclo e secundário (60,4%) e o 1.º ciclo (47,6%). A percentagem de professores com menos de 30 anos não chegava aos 2% em qualquer um dos três.
Por região, as escolas com os docentes mais velhos localizam-se no Centro, onde a média de idades era 56 anos no pré-escolar, 54 anos no 2.º ciclo e 52 anos nos 1.º e 3.º ciclos e secundários.
Outro dos indicadores tratados no Perfil do Docente é o vínculo contratual e, desse ponto de vista, os dados mais recentes mostram duas tendências.
Por um lado, entre 2011/2012 e 2021/2022, houve um aumento do recurso a professores contratados no pré-escolar e 1.º ciclo, que representavam 20,2% e 17,3% do corpo docente das escolas, respetivamente.
Nos 2.º e 3.º ciclos e secundário, o recurso a contratados diminuiu ligeiramente, mas, ainda assim, representavam 21% do total no 2.º ciclo e 25,2% no 3.º ciclo e secundário.
Em todos os níveis de ensino, o recurso a professores contratados é mais significativo nas regiões do Algarve e Área Metropolitana de Lisboa, onde existe também maior carência. (daqui) 

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