Os computadores entregues a alunos e professores estão a ficar gradualmente bloqueados assim como há estudantes e docentes a deixar de ter acesso à internet, revelou hoje a Associação Nacional de Professores de Informática.
“Recebemos
três computadores na sexta-feira que estavam bloqueados e em conversa com um
colega percebi que não éramos caso único”, contou à Lusa uma professora de uma
escola do norte do país, que pediu para não ser identificada.
Questionada
pela Lusa, a Associação Nacional de Professores de Informática (ANPRI) explicou
que o problema está relacionado com o não pagamento de uma licença de
segurança.
Os
alunos que mudaram de ciclo serão os mais afetados, segundo a presidente da
ANPRI, que explica que o problema se está a notar mais nos computadores que
estiveram “desligados durante o mês de agosto”.
Quando
se tenta ligar o equipamento, surge uma mensagem avisando que o equipamento
está bloqueado e que a licença de segurança de ‘hardware’ expirou, em vez de
aparecer o habitual código de desbloqueio.
Os
casos vão surgindo de forma gradual, conforme vão passando 30 dias desde a
ultima autenticação, segundo a presidente da ANPRI, que sublinha contudo que “o
‘software’ de segurança de ‘hardware’ CUCo afeta todos os ‘Kits’ da escola
digital de alunos e professores, bem como os computadores que chegaram às escolas
para gestão e serviços”.
Além
deste problema, alunos e professores estão a ficar sem acesso à internet,
revelaram diretores escolares.
A
ANPRI revela ainda que há alunos e professores que deixaram de ter acesso à
internet: “Os Kits Escola Digital contêm um cartão de dados móveis, com o qual
alunos e professores acedem à internet, que foram distribuídos pelas três
operadoras. Neste momento os cartões de dados da Vodafone estão a ser
desativados”, avançou a presidente da ANPRI.
Segundo Fernanda Ledesma, “este problema, por enquanto, afeta somente os alunos e professores que têm ‘Kits’ com os cartões de dados desta operadora”. A Lusa questionou o Ministério da Educação sobre estas duas situações e a tutela explicou que “já desenvolveu as diligências necessárias para que sejam resolvidas com a maior brevidade as situações relacionadas com licenças e conectividade, cujo concurso público internacional está a decorrer”. Fonte: Sapo
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