"Temos
de garantir a liberdade das nossas crianças e dos nossos jovens não terem de
novo o seu ano letivo perturbado e
poderem manter a sua atividade escolar normal", afirmou António Costa, numa conferência de imprensa após
uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, que decorreu no Palácio
Nacional da Ajuda, em Lisboa, para decretar novas medidas restritivas para
controlar o aumento de casos de covid-19 em Portugal.
Após anunciar o confinamento parcial em concelhos com mais de 240 casos por 100 mil
habitantes nos últimos 14 dias, medida que abrange 121 municípios do território
continental nacional, o primeiro-ministro disse que "há aqui duas linhas
vermelhas muito claras", referindo-se à educação e ao "Todos,
seguramente, tínhamos muitas angústias sobre como iria correr a reabertura do
ano letivo e
a verdade é que esta reabertura do ano letivo tem corrido de uma
forma impecável, com uma grande organização das escolas, um grande empenho de
todos os professores, da comunidade educativa, dos alunos", apontou
António Costa.
Em
modo de balanço, o governante indicou que são residuais - tendo em conta a
população escolar - o número de casos de covid-19 detetados de alunos ou docentes ou não
docentes infetados nas
escolas.
"Portanto
isso corresponde a um esforço muito grande que as comunidades educativas
fizeram e seria, no mínimo, uma grande falta de respeito para o grande trabalho
que foi feito na preparação deste ano letivo que o conjunto da sociedade não
se empenhasse para garantir que o ano letivo decorre sem qualquer
incidente", declarou o primeiro-ministro.
No início da pandemia em Portugal, em março, as escolas foram obrigadas a encerrar e o ensino passou a ser assegurado à distância, inclusive através da telescola.
Além da medida do confinamento parcial em 121 concelhos do território continental nacional, o Governo decidiu renovar a situação de calamidade em todo o país até às 23:59 do dia 15 de novembro, que está em vigor desde 15 de outubro, no âmbito da pandemia da doença covid-19. @ País Ao Minuto
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