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quinta-feira, 26 de novembro de 2020

asma alérgica: de fator de risco a ‘escudo’ na proteção contra a Covid-19

As primeiras publicações sobre o tema, vindas da China, Coreia e Nova Iorque, também não refletiam um grande número de casos em asmáticos. Desde então, vários estudos têm apontado o mesmo. Esta análise espanhola, publicada na revista ERJ Open Research, não só confirma a ideia como vai um pouco mais longe, determinando que tipo de asmático poderá estar um pouco mais protegido contra a covid-19.

Por que razão este tipo de asma ‘protege’? Entre as hipóteses, afirma-se que “as células das pessoas com asma expressam em menor grau um recetor que está principalmente envolvido na entrada do vírus nas células”, explica o especialista. Quanto menos recetores, menor é a probabilidade de desenvolverem covid-19.

Também poderá ser porque “a inflamação que ocorre na asma compete de alguma forma com a inflamação gerada pelo vírus e esta ‘competição’ faz com que o efeito de SARS-CoV-2 seja grandemente reduzido”.

É precisamente esta hipótese que está no centro da investigação espanhola. “Queremos verificar se a ‘competição’ das inflamações nos permite tirar algumas conclusões que poderiam ajudar no estudo de algum medicamento para a covid-19 na população em geral”, esclarece ainda o investigador.

Há também uma teoria de que o medicamento que os asmáticos tomam – cortisona inalada – poderá prevenir ou ajudar a tornar a covid-19 menos grave.

Ainda é preciso aguardar pelos resultados do estudo, mas tudo parece indicar que a asma não é um fator de risco para o desenvolvimento do novo coronavírus, pelo menos em pacientes hospitalizados com formas mais graves de infeção. @ Sapo

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