As primeiras publicações sobre o tema, vindas da China, Coreia e Nova Iorque, também não refletiam um grande número de casos em asmáticos. Desde então, vários estudos têm apontado o mesmo. Esta análise espanhola, publicada na revista ERJ Open Research, não só confirma a ideia como vai um pouco mais longe, determinando que tipo de asmático poderá estar um pouco mais protegido contra a covid-19.
Por que razão este tipo de asma ‘protege’? Entre as hipóteses, afirma-se que “as células das pessoas com asma expressam em menor grau um recetor que está principalmente envolvido na entrada do vírus nas células”, explica o especialista. Quanto menos recetores, menor é a probabilidade de desenvolverem covid-19.
Também poderá
ser porque “a inflamação que ocorre na asma compete de alguma forma com a
inflamação gerada pelo vírus e esta ‘competição’ faz com que o efeito de
SARS-CoV-2 seja grandemente reduzido”.
É precisamente
esta hipótese que está no centro da investigação espanhola. “Queremos verificar
se a ‘competição’ das inflamações nos permite tirar algumas conclusões que
poderiam ajudar no estudo de algum medicamento para a covid-19 na população em
geral”, esclarece ainda o investigador.
Há também uma
teoria de que o medicamento que os asmáticos tomam – cortisona inalada – poderá
prevenir ou ajudar a tornar a covid-19 menos grave.
Ainda é preciso aguardar pelos resultados do estudo, mas tudo parece indicar que a asma não é um fator de risco para o desenvolvimento do novo coronavírus, pelo menos em pacientes hospitalizados com formas mais graves de infeção. @ Sapo
Sem comentários:
Enviar um comentário