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quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Gonçalo Ribeiro Telles (1922-2020)

Foto José Oliveira/DN


Foi ele quem lançou a proteção legal aos parques naturais, quem implementou o conceito dos jardins urbanos, defensor de sempre da conciliação entre o espaço rural e o citadino. 
Um dos grandes projetos da sua carreira foi o desenho dos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, um projeto em coautoria com António Viana Barreto, que lhe valeu o Prémio Valmor de 1975. 
Foi Gonçalo Ribeiro Telles quem desenhou, entre 1998 e 2002, um conjunto de projetos que define as estruturas verdes principais e secundárias da área metropolitana de Lisboa - o Vale de Alcântara e a Radial de Benfica, o Vale de Chelas, o Parque Periférico, o Corredor Verde de Monsanto e a Integração na Estrutura Verde Principal de Lisboa da Zona Ribeirinha Oriental e Ocidental.
São igualmente da sua assinatura o espaço público do Bairro das Estacas, em Alvalade; os jardins da Capela de São Jerónimo, no Restelo; a cobertura vegetal da colina do Castelo de São Jorge; ou o Jardim Amália Rodrigues, junto ao Parque Eduardo VII.
Gonçalo Ribeiro Telles teve igualmente um longo percurso de intervenção cívica e política.
Após o 25 de abril Gonçalo Ribeiro Telles funda o Partido popular Monárquico (PPM) que, em 1979, integra a Aliança Democrática com o PSD de Francisco Sá-Carneiro e o CDS de Freitas do Amaral. 
Em 1993 funda o Movimento Partido da Terra (MPT), a que preside de forma honorária desde 2007.
Em 2013 Gonçalo Ribeiro Telles recebeu o prémio Sir Geoffrey Jellicoe, considerado o Nobel da arquitetura paisagista. Em Portugal foi condecorado com a Grã Cruz da Ordem Militar de Cristo e com a Grã - Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. (daqui)

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