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quarta-feira, 25 de novembro de 2020

o que já se sabe e as principais diferenças e semelhanças entre as vacinas da Pfizer, da Moderna e de Oxford

A Agência Europeia de Medicamentos está a analisar os pedidos de autorização de três requerentes. Contagem decrescente até ao final deste ano e início de 2021 para as primeiras vacinas contra a Covid-19 estarem no mercado. O que já se sabe em termos de eficácia, tecnologia, ensaios clínicos, conservação, capacidade de produção e preço?

EFICÁCIA

Pfizer/BioNTech: 95% de nível de eficácia, constante em diferentes grupos de etários e em todos os géneros.

Moderna: 94,5% de nível de eficácia apresentado em resultados preliminares.

AstraZeneca/Oxford: 70% de nível de eficácia, em média, resulta da combinação de dois regimes de dosagem. Até 90% com base nas análises de 2 700 pessoas que primeiro receberam meia dose e, passado um mês, foram inoculadas com uma dose completa; 62% quando administradas duas doses completas (análises provisórias).

TECNOLOGIA

Pfizer/BioNTech: Utiliza a técnica que codifica uma molécula de RNA que é encapsulada em uma membrana lipídica para que possa entrar nas células.

Moderna: Utiliza a técnica que codifica uma molécula de RNA que é encapsulada em uma membrana lipídica para que possa entrar nas células.

AstraZeneca/Oxford: Utiliza a técnica baseada no ácido desoxirribonucleico (DNA), com genes inativados de adenovírus.

ENSAIOS CLÍNICOS

Pfizer/BioNTech: 44 mil participantes voluntários (incluindo 170 infetados), em que metade tomou um placebo composto por água salgada. Até agora, apenas 94 pessoas ficaram doentes com Covid-19. Febre e fadiga foram os principais efeitos secundários sentidos por uma percentagem pouco significativa de pessoas. 

Moderna: 30 mil pessoas nos EUA, em que metade recebeu duas doses da vacina, com quatro semanas de intervalo e a outra metade só inoculou placebo. Na Fase III do ensaio clínico foram identificados 95 casos de doença, desses apenas cinco tinham recebido a vacina e 90 o placebo. Dores de cabeça e cansaço ligeiro foram os únicos efeitos secundários.

AstraZeneca/Oxford: Mais de 23 mil voluntários no Reino Unido e Brasil; 30 mil pessoas nos EUA. Dados preliminares dizem que a vacina é mais bem tolerada em pessoas mais velhas comparada com adultos jovens e produz uma resposta imunitária semelhante em todas as faixas etárias. Dor no local da inoculação, fadiga, dores de cabeça, febre e dores musculares – tudo em grau ligeiro – são as principais reações adversas sentidas.

CONSERVAÇÃO

Pfizer/BioNTech: menos 75 graus; em casa dura apenas cinco dias. A farmacêutica equaciona recorrer a recipientes concebidos com gelo seco para garantir que a vacina se conserva cerca de 15 dias. Está também a ser desenvolvida a versão em pó, ou liofilizada, da vacina que poderia ser usada com as temperaturas comuns e estar pronta em 2021.

Moderna: mantém-se estável a menos 20 graus, até seis meses; em casa, no frigorífico entre 2º e 8º graus, durante 30 dias.

AstraZeneca/Oxford: No frigorífico doméstico com temperaturas entre 2º e 8º graus durante seis meses.

CAPACIDADE DE PRODUÇÃO

Pfizer/BioNTech: Previsão de 50 milhões de doses prontas até ao fim de 2020 pela Pfizer em Portugal; 1,3 mil milhões para 2021.

Cem milhões de doses serão vendidas aos EUA; 200 milhões de doses serão para a União Europeia, com opção de compra de mais 100 milhões

Moderna: 20 milhões de doses até ao fim de 2020; entre 500 milhões e mil milhões de doses em 2021

AstraZeneca/Oxford: Até três mil milhões de doses em 2021

PREÇO

Pfizer/BioNTech: €17/dose. As duas doses (30 microgramas RNA por dose) deverão ser tomadas com um intervalo de 28 dias entre cada uma.

Moderna: Entre €27 e €31 por dose. As duas doses (100 microgramas RNA por dose) deverão ser tomadas com um intervalo de 28 dias entre cada uma.

AstraZeneca/Oxford: €3 a €4 por dose, sendo que ainda está em avaliação se serão necessárias duas doses.

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