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terça-feira, 13 de setembro de 2022

diretores esperam nova normalidade nas escolas

A escola não vai voltar àquilo que era até 2019, mas os diretores esperam que o novo ano letivo, que arranca a partir de terça-feira, traga uma nova normalidade apesar da pandemia de covid-19.

Pela primeira vez em dois anos, os diretores escolares prepararam o início do novo ano letivo sem a covid-19 no topo das suas preocupações, para um regresso às aulas quase a lembrar o período pré-pandemia, mas refletindo tudo aquilo que as escolas aprenderam entretanto.
É o regresso possível a uma normalidade que pais, professores e alunos desejavam. "Acho que, nesse aspeto, o céu está azul", disse à agência Lusa o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).
Segundo Filinto Lima, as escolas prepararam-se para o novo ano letivo, que arranca entre terça-feira e sexta-feira, mais ou menos como prepararam o início do ano letivo de 2019/2020, o último antes da pandemia e que começou sem quaisquer restrições.
Desde então, máscaras obrigatórias, distanciamento físico, horários desfasados, turmas organizadas em "bolhas", circuitos para entrar e sair da escola, ou planos de contingência com o que fazer em caso de surtos de covid-19 passaram a fazer parte das preocupações dos diretores a esta altura.
No próximo ano, essas restrições já não farão parte do quotidiano dos alunos, mas o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE) sublinha que a pandemia da covid-19 não está ultrapassada.
"A escola de hoje não é a escola de 2019", afirmou Manuel Pereira, sustentando que apesar de já não vigorarem medidas restritivas, as escolas também aprenderam algumas lições com a pandemia que se vão refletir nas pequenas coisas, por exemplo, o reforço da higienização dos espaços.
"Os tempos novos têm de ser vividos à luz do que se aprendeu nos tempos passados, e vamos ter de continuar a viver com a pandemia", acrescentou o diretor que, por exemplo, quanto ao uso de máscara, considera positivo os alunos o façam nos transportes públicos, apesar de já não ser obrigatório.
Por outro lado, algumas escolas vão manter igualmente os planos de contingência e o contacto próximo com as autoridades de saúde para evitarem, tanto quando possível, casos de infeção e para saberem o que fazer se isso acontecer.
"Toda a gente deseja a normalidade", acrescenta, por sua vez, a presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), que admitiu que uma das principais preocupações dos pais em vésperas do regresso às aulas se prende com a saúde mental dos alunos e professores depois de três anos com constrangimentos devido à pandemia.
A atual situação epidemiológica permite que assim seja, mas o Governo não afasta a possibilidade de, com a chegada do outono e inverno, a situação se agrave e implique medidas adicionais. @ Sapo

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