Oftalmologista sueco, com 100 anos feitos no passado domingo, recebeu o prémio Champalimaud dedicado à Visão.
Desde 2007 que a Fundação Champalimaud distingue carreiras e projetos em torno da visão com um prémio anual de um milhão de euros, o maior em todo o mundo. Já foram contemplados investigadores, médicos, mecenas, institutos e iniciativas que, nos diferentes continentes, e dos doentes às comunidades, lutam contra a cegueira e a pobreza, tantas vezes de mãos dadas. Inédito foi este ano um dos premiados ter 100 anos feitos – e fazer questão de vir a Portugal, mesmo de cadeira de rodas, receber o galardão e falar da importância de continuar a avançar nos tratamentos oftalmológicos, tornando-os mais seguros e acessíveis.
Claes Dohlman, cirurgião oftalmologista nascido em Uppsala em 1922 partilhou esta edição do prémio português com o neerlandês Gerrit Melles.
O reconhecimento vem no seguimento do percurso persistente de mais de sete décadas que hoje lhe vale o título de pai da ciência moderna da córnea, a camada transparente do olho, palco de diferentes doenças incapacitantes.
Operou centenas de doentes – só parou aos 95 anos –, desenvolveu novas córneas artificiais hoje usadas em milhares de doentes e treinou mais de 200 especialistas. Se começasse de novo, continuaria o que fez até aqui, diz, sabendo que é apenas uma parte dos muitos desafios da oftalmologia – e um centenário com as suas várias maleitas nos olhos, feliz por ver ainda relativamente bem de um, é bem a prova disso.@ Sapo
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