Das montras às ruas, a obra de Miguel Esteves Cardoso esteve presente um pouco por toda a cidade.
Foto: Leonel de Castro/Global Imagens |
Outro momento alto do festival foi a edição especial do podcast “A Noite da Má Língua”, dedicada a Miguel Esteves Cardoso. Para esta homenagem, Penafiel recebeu Júlia Pinheiro, Rui Zink, Rita Blanco e Manuel Serrão no último dia do festival.
Um programa completo, do teatro à música
Os dias do Escritaria são sempre repletos de momentos
de comunhão entre várias artes. Este ano, para além da atuação especial dos
Sétima Legião, o festival foi marcado por uma conversa-concerto com o
cantor Miguel Ângelo, no dia 24, no Auditório do Museu Municipal de
Penafiel. No dia 28, a música continuou no museu graças à “Geração
Nestum com figos”, com Bruno Vieira Amaral e Bárbara Reis.
Depois da música, o teatro. No dia 25, a Jangada Teatro apresentou, no
Museu Municipal, a peça “Portugal 5.0”, em honra de Miguel Esteves
Cardoso. Ainda diante do público, mas sem encarnar personagens, Francisco
Mendes da Silva esteve presente para a conversa “Miguel: uma
aventura na república portuguesa”, no dia 28.
Esta não foi a única vez em que personalidades do mundo literário estiveram frente a frente e a responder às questões do público. Ainda no
sábado, Valter Hugo Mãe esteve no Museu Municipal para falar
sobre como “Escrever é f*****”. E, como não podia deixar de
ser, Miguel Esteves Cardoso esteve na “Escriticaria em dia” para
conversar com João Pedro George, numa entrevista que foi aberta ao público e
teve lugar no Museu Municipal, no sábado.
O último dia do festival arrancou com uma discussão sobre “Os
problemas de Miguel Esteves Cardoso”, que juntou João Pedro George, Carlos
Quevedo e Pedro Boucherie Mendes. Antes de a “Noite da Má Língua” encerrar a
16.ª edição do Escritaria, houve tempo para Capicua, Manuel Falcão e Nuno Miguel
Guedes debaterem “A Escrítica Pop”.
Literatura em toda a parte
Para além destes momentos culturais que marcaram a programação do Escritaria
2023, Penafiel transformou-se num livro aberto. Das montras às ruas, a obra
de Miguel Esteves Cardoso esteve presente um pouco por toda a cidade, numa
verdadeira carta de amor ao escritor.
Nas palavras de Antonino de Sousa, Presidente da Câmara Municipal de Penafiel, esta foi "uma edição muito emotiva”, especialmente “para aqueles que fazem parte de uma geração que se habituou a encontrar em Miguel Esteves Cardoso uma fonte de inspiração para olhar e interpretar Portugal de uma forma crítica e não conformista”. O autarca destacou ainda o “humor” de Miguel Esteves Cardoso, “que faz dele um autor de referência para muitos portugueses”. (adaptado daqui)
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