A evidência
científica avoluma-se: o nível médio das águas dos mares está em subida, e a um
ritmo cada vez mais acelerado. Nos últimos 10 anos, acelerou três vezes quando
comparado com as últimas 30 décadas. A Velocidade é quatro vezes superior se
olharmos à verificada no último século.
A Organização das Nações Unidas (ONU) já
avisou que, se nada for feito, até 2100 o mar irá avançar e inundar dezenas de
cidades em todo o mundo. E Portugal é um dos territórios mais vulneráveis a
este efeito. Os dados mostram que, nos últimos 100 anos, as águas já avançaram
12 centímetros na costa da Península Ibérica, e José Ferreira, professor da
Universidade Nova de Lisboa, explica porquê.
Com o degelo do aquecimento global, a água
vai ocupar a um espaço obrigado a uma subida, que “mesmo que mínima, em situação
de tempestade, de sobrelevação meteorológica, ou de intensificação das
tempestades, acaba por causar mais problemas na zona de costa”, adianta o
especialista à SIC.
Segundo indicam projeções da Faculdade de
Ciências da Universidade de Lisboa, a subida prevista de um metro e meio das
águas deixaria o Terreiro do Paço submerso. Mas não é só Lisboa que está em
risco, há outras regiões, como Porto, Setúbal ou Aveiro com maior risco.
“Aumento da erosão, galgamentos, inundações:
todo o pais está sujeito a este risco, é um perigo evidente. Temos território
muito vulnerável. E quais são as zonas mais vulneráveis? Áreas baixas e
arenosas, e as zonas ocupadas pelo homem mais densamente, as zonas urbanas e os
estuários onde desenvolvemos parte da nossa atividade económica, como por
exemplo Setúbal, Porto e Lisboa”, apontou o especialista.
No total, são 11 concelhos em risco de serem afetados pela subida do nível das águas do mar, em Portugal, até 2050, num total de quase 150 mil pessoas. Fonte: Sapo
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