O número de vítimas de bullying apoiadas pela APAV aumentou 181% entre 2020 e 2022, com 118 pessoas a pedirem ajuda à associação no ano passado, revela o organismo, quando se assinala o Dia Mundial de Combate ao Bullying.
Os dados da
Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) dão conta de que ajudaram 42
pessoas em 2020, 67 em 2021 e 118 em 2022, o que dá uma evolução de mais 181%
nestes três anos e 227 vítimas ajudadas.
O
perfil da vítima traçado pela APAV mostra que a maioria das pessoas que pede
ajuda à associação é do sexo feminino (51,1%), com idade entre os 11 e os 17
anos (55,1%), de nacionalidade portuguesa (81,1%), e reporta agressões entre
colegas da escola (62,6%). Os distritos de origem das vítimas com maior
destaque são Lisboa (29,1%), Porto (16,3%) e Braga (6,6%).
Apesar
de mais de 50% das situações terem ocorrido com jovens entre os 11 e os 17
anos, a APAV chama também a atenção para 46 situações em que as vítimas tinham
entre 6 e 10 anos.
Em relação
ao autor ou autores dos atos de bullying, a APAV diz ter tido conhecimento de
257 pessoas, “a maior parte (30%) do sexo masculino”, contra 23,3% de
agressores que eram raparigas ou mulheres.
“A
faixa etária mais representativa dos autores de situações de bullying é entre
11 e 17 anos (18,3%) ”, diz a associação, que destaca igualmente o facto de
haver 19 agressores com idade até 10 anos.
Na
relação entre autor da agressão e vítima, a APAV constatou que em 62,6% das
situações são colegas de escola ou de trabalho, sendo que 148 (57,6%) dos 257
agressores andavam na mesma escola da vítima.
“A maioria das crianças e jovens estabelece relacionamentos positivos com os seus colegas e amigos. Contudo, podem existir situações em que a violência tem lugar, provocando mal-estar, desconforto, medo, vergonha e insegurança na vítima”, diz a APAV, sugerindo que quem for vítima ou conhecer alguém que seja, contacte a associação através da linha de apoio gratuita (116 006). Fonte: Sapo
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