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sexta-feira, 6 de outubro de 2023

a luta dos professores: um "cartão vermelho" a Costa?

Está agendada para esta sexta-feira uma greve nacional de docentes, convocada pela plataforma de sindicatos, e de funcionários. Diretores e sindicatos afirmam que declarações recentes do primeiro-ministro, que voltou a recusar a recuperação integral do tempo de serviço, "incendiaram" ainda mais a revolta dos professores.

"É insustentável para o país". Foi desta forma que o primeiro-ministro, António Costa, em entrevista à CNN Portugal (dia 2), voltou a deixar clara a recusa do Governo sobre a recuperação integral do tempo de serviço congelado aos professores. A "nega" aconteceu quatro dias antes da greve desta sexta-feira e, segundo sindicatos e diretores escolares, "incendiou" ainda mais a classe docente. Os funcionários da Administração Pública também se juntam aos protestos. 
"A paz não irá voltar às escolas"
Apesar do "cansaço por parte dos professores, numa luta com efeitos residuais", Arlindo Ferreira, diretor do Agrupamento de Escolas Cego do Maio, Póvoa de Varzim, e autor do blogue "ArLindo" (um dos mais lidos no setor da Educação), também antevê muitos constrangimentos nas escolas, devido à greve. "O primeiro- ministro mostrou que não tem qualquer interesse em resolver os problemas dos professores, o que o deixa isolado perante as propostas de toda a oposição para a devolução do tempo de serviço, que é um direito dos professores. Neste sentido, a paz não irá voltar às escolas e será mais um ano de contestação dos professores", considera.
Sobre as declarações de António Costa, Arlindo Ferreira diz que "o Governo sabe que quando deixar de ser Governo haverá devolução do tempo de serviço aos professores". Por isso, salienta, "o futuro ficará sempre marcado pela intransigência do PS em negociar com os docentes e caso essa recuperação seja feita por outro governo nunca mais o PS terá uma vida fácil junto dos professores". 
Para o diretor do Agrupamento de Escolas Cego do Maio, a escola pública está a "implodir aos poucos", tornando-se "cada vez mais difícil recompor as feridas abertas por todo o mal que se tem feito, com políticas erradas e de facilitismo". Fonte: DN

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