Hoje comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Sabe porquê?
No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem às mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Este ano, com muito pesar, o CRESCER cita António Guterres, secretário-geral da ONU: "Igualdade de género? A este ritmo, só daqui a 300 anos."
António Guterres alerta que a igualdade de género está “a uma distância de 300 anos”, se se mantiver o atual ritmo de evolução, segundo as mais recetes estimativas da ONU Mulheres, suborganismo das Nações Unidas que se dedica aos temas da igualdade e empoderamento feminino.
Em declarações na Comissão sobre o Estatuto da Mulher, e antes do Dia Internacional da Mulher, que se assinala a 8 de março, o secretário-geral da ONU lamentou que o processo de evolução para a igualdade de género “está a desfazer-se mesmo à frente dos nossos olhos”.
Como exemplos desta situação, Guterres referiu os casos de meninas forçadas a casar ainda menores, crianças do sexo feminino raptadas e agredidas por irem à escola, ou taxas de mortalidade materna muito elevadas em vários pontos do mundo.
“Os direitos das mulheres estão a ser desrespeitados, ameaçados e violados em todo o mundo”, declarou Guterres, lamentando que a igualdade de género esteja “a ficar cada vez mais distante”, e referindo exemplos como o Afeganistão, mas não o Irão.
O secretário-geral da ONU destacou ainda que, no plano de crises e conflitos, as mulheres e raparigas são dos primeiros grupos a serem afetados, exemplificando com a guerra na Ucrânia, na qual a ONU já pediu investigação sobre casos de violação e violência sexual contra mulheres e meninas ucranianas, após a invasão da Rússia àquele país.
“As estruturas globais não estão a funcionar para as mulheres e raparigas do mundo. È preciso uma mudança”, apelou Guterres, pedindo incrementos na educação e integração das mulheres no mercado de emprego, participação das mulheres nas áreas da ciência e tecnologia, em especial nos países em desenvolvimento. @ Sapo
Em declarações na Comissão sobre o Estatuto da Mulher, e antes do Dia Internacional da Mulher, que se assinala a 8 de março, o secretário-geral da ONU lamentou que o processo de evolução para a igualdade de género “está a desfazer-se mesmo à frente dos nossos olhos”.
Como exemplos desta situação, Guterres referiu os casos de meninas forçadas a casar ainda menores, crianças do sexo feminino raptadas e agredidas por irem à escola, ou taxas de mortalidade materna muito elevadas em vários pontos do mundo.
“Os direitos das mulheres estão a ser desrespeitados, ameaçados e violados em todo o mundo”, declarou Guterres, lamentando que a igualdade de género esteja “a ficar cada vez mais distante”, e referindo exemplos como o Afeganistão, mas não o Irão.
O secretário-geral da ONU destacou ainda que, no plano de crises e conflitos, as mulheres e raparigas são dos primeiros grupos a serem afetados, exemplificando com a guerra na Ucrânia, na qual a ONU já pediu investigação sobre casos de violação e violência sexual contra mulheres e meninas ucranianas, após a invasão da Rússia àquele país.
“As estruturas globais não estão a funcionar para as mulheres e raparigas do mundo. È preciso uma mudança”, apelou Guterres, pedindo incrementos na educação e integração das mulheres no mercado de emprego, participação das mulheres nas áreas da ciência e tecnologia, em especial nos países em desenvolvimento. @ Sapo
Estas palavras de António Guterres só vêm provar que muito já foi conquistado, em particular desde 1975, data oficializada pela ONU para a comemoração deste dia, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.
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