A inflação forçou os portugueses a apertar o cinto e a cortar nos gastos: evitam comer em restaurantes, cancelam subscrições de canais, desligam as luzes e tomam duches mais curtos, e compram menos bilhetes para espetáculos, diz o Expresso.
Perante o agravamento das condições de vida provocado pela subida dos preços, das rendas e das prestações das casas, a maioria dos portugueses viu-se obrigada a apertar o cinto. Segundo um inquérito da Deco Proteste, grande parte das famílias já cortou nos gastos, incluindo nas despesas essenciais como a alimentação e a energia (ver gráfico). A redução do consumo já ameaça vários sectores, estando mesmo a provocar um elevado número de encerramentos, sobretudo na restauração e no comércio. De acordo com dados do INE, só entre novembro do ano passado e janeiro deste ano fecharam 1639 lojas, duas vezes mais do que as que abriram e mais do dobro do registado no período homólogo. Por dia, em média, 18 estão a fechar portas em todo o país. Lojas de roupa, papelarias/tabacarias e mercearias e minimercados estão a ser os mais afetados, segundo o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes. E na restauração, o cenário não é melhor, atingindo principalmente os pequenos estabelecimentos localizados em zonas de escritórios, já que cada vez mais trabalhadores estão a levar comida de casa para poupar nos gastos.@ Expresso
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