Deputados renovam medida até 30 de abril
Os partidos defenderam que, com um plano de desconfinamento, o estado de emergência não precisa de ser decretado. Marta Temido negou que Portugal seja dos países que menos testa.
A renovação do estado de emergência foi aprovada com os votos a favor de PS, PSD, CDS-PP, PAN, e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues. O 15.º estado de emergência tem início a 15 de abril e estende-se até 30 do mesmo mês, com vários deputados a salientarem que o país não precisa de mais renovações da medida.
Temido diz que "não é verdade" que Portugal seja dos países que menos testa
A ministra da Saúde diz que não é verdade que Portugal esteja nos últimos lugares de testes por 100 mil habitantes.
"Foi graças ao esforço brutal dos portugueses que neste período [os primeiros 15 dias de março] se abrisse a perspetiva de iniciar uma estratégia de desconfinamento", sustenta Marta Temido. Para a governante "a melhor forma de proteger a economia é garantir que as pessoas estão saudáveis".
Marta Temido diz ainda confiar nas decisões baseadas na evidência científica.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou, na terça-feira, para o Parlamento o projeto para a renovação do estado de emergência por mais 15 dias, até ao dia 30 de abril.
O Bloco de Esquerda absteve-se, enquanto PCP, PEV, Chega, Iniciativa Liberal e a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira votaram contra.
O PS deu início à discussão, antes da votação, com a deputada Susana Amador a mostrar confiança no fim do estado de emergência em maio, "para respirar o aroma de abril". "A crise pandémica trouxe um tsunami de sofrimento, e criou desigualdades", lembrou.
Também o Bloco de Esquerda, num tom mais crítico, lembrou que Portugal está em fase de desconfinamento, pelo que se coloca a questão: "O país precisa ou não de estado de emergência?", questionou Pedro Filipe Soares.
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