Óscares decorreram numa estação ferroviária gigantesca, mas em cenário intimista, e fizeram várias alterações ao formato habitual da cerimónia. "Nomadland" foi o grande vencedor da noite.
O filme conta a história de uma mulher que viaja pela América como nómada, vivendo numa caravana, trabalhando em empregos temporários e sobrevivendo na estrada, na sequência de uma crise económica. Embora seja uma ficção, assenta em testemunhos reais de norte-americanos que vivem na estrada, sempre em trânsito, numa comunidade nómada mais envelhecida e nas margens da sociedade.
Numa cerimónia elegante e intimista, apesar de marcada pelo distanciamento social na Union Station de Los Angeles (convincentemente transformada em "casa" dos Óscares), a abertura foi como um filme, baralhou-se a ordem mais ou menos tradicional dos prémios, os apresentadores estavam no meio do público e os tradicionais excertos dos filmes foram substituídos por apresentações mais longas sobre as origens e inspirações dos nomeados. Se a escolha destacou os artistas e a sua diversidade, acabaram por faltar os aplausos aos seus nomes e o consequente "calor humano" na sala envolvente da Union Station.
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