Mais de 70% dos portugueses nunca ouviram falar da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), apesar de ser a terceira causa de morte a nível mundial e a quinta em Portugal.
Um estudo
nacional da Sociedade Portuguesa de
Pneumologia (SPP) revelou que a falta de conhecimento sobre a doença é
generalizada, mesmo entre os fumadores, que são o principal grupo de risco. No
mês em que se assinala o Dia Nacional da Reabilitação Respiratória, a SPP deixa
o alerta sobre o desconhecimento da DPOC, nomeadamente,
para a gravidade desta doença ser frequentemente subestimada.
“É alarmante que a DPOC, uma doença tão
grave e, na maioria das vezes, altamente incapacitante, seja tão pouco
conhecida entre a população portuguesa”, afirma António Morais,
presidente da SPP. “Adicionalmente, é preocupante não existir uma noção clara
da prevalência em Portugal. Acreditamos, assim, que é fundamental um maior
investimento em campanhas de informação e sensibilização, de forma a que as pessoas
possam identificar os sintomas e procurar ajuda médica atempadamente”.
A DPOC é uma doença progressiva que limita o fluxo de ar nos
pulmões, dificultando a respiração. Os principais fatores de risco são o
tabagismo e a exposição a poluentes atmosféricos, como o fumo do tabaco passivo
e o pó industrial. O desconhecimento sobre esta doença abrange não só os
sintomas e fatores de risco, como também os métodos de diagnóstico e o seu
impacto ao nível da mortalidade. Com uma prevalência estimada de cerca de 5,4%
em Portugal e uma taxa de mortalidade significativa, a DPOC continua a
ser uma ameaça silenciosa para a saúde pública.
Com uma taxa de mortalidade de cerca de 8,7 por 100 mil habitantes, a DPOC é uma doença respiratória crónica que pode limitar a capacidade das pessoas para realizar atividades diárias normais. Aparece, em 90% dos casos, em fumadores e foi responsável por mais de 2.600 óbitos em Portugal em 2020.
É crucial aumentar o conhecimento sobre a DPOC, a terceira causa de morte no mundo. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem melhorar significativamente a qualidade de vida dos doentes e reduzir o número de morte. Fonte: Sapo
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