“Com uma duração de dois anos e 10 meses, será recuperada a totalidade do tempo de serviço congelado”, afirmou secretário geral da estrutura sindical.
A Federação Nacional de Educação (FNE) e o Governo chegaram a acordo, esta terça-feira, relativamente à recuperação do tempo de serviço, suspenso no tempo da troika, e que será devolvido ao longo de quatro anos.
A informação foi avançada pelo secretário geral da FNE. “Chegámos a acordo. Foi demorado, mas com um bom propósito”, disse aos jornalistas Pedro Barreiros, não deixando de sublinhar que há ainda outras questões que têm de ser tratadas, como os aumentos salariais.
Segundo o que terá ficado estabelecido com o Governo, os seis anos, seis meses e 23 dias serão contabilizados nos próximos quatros anos: 50% em 2024 e 2025 e os restantes em 2026 e 2027.
“Com uma duração de dois anos e 10 meses, será recuperada a totalidade do tempo de serviço congelado”, sublinhou Pedro Barreiros, isto porque o processo arranca em 1 de setembro de 2024 e ficará concluído em 1 de julho de 2027. Fonte: Jornal I
Porém, o Ministério da Educação teve ainda reuniões com outras estruturas sindicais esta terça-feira à tarde.
A Fenprof recusou-se esta tarde a assinar o acordo para a recuperação do tempo de serviço dos professores, que fora já assinado por sete sindicatos do setor.
À saída da reunião no Ministério da Educação, o líder do sinditato, afeto à CGTP, Mário Nogueira, criticou as outras organizações sindicais, dizendo que ao terem aceite este acordo "abdicaram da possibilidade da negociação suplementar".
Nogueira anunciou ainda que amanhã, quarta-feira, os professores afetos a este sindicato iriam reunir-se em plenário "virtual" e, a partir do documento acordado com os restantes sindicatos, decidir como proceder para essa seguinte fase negocial.
Antes sequer de entrar para a reunião no ministério, Mário Nogueira já tinha afirmado à comunicação social discordar do acordo conseguido por deixar de fora os professores em fim de carreira, que entretanto no período de transição previsto se aposentarão.
Por outro lado, entre as organizações que recusaram a proposta da tutela, o presidente da Pró-Ordem, Filipe do Paulo, a presidente da ASPL, Fátima Ferreira e o presidente do SEPLEU, Pedro Gil, explicaram que não houve entendimento com o Governo.
Em representação de quatro, Filipe do Paulo sublinhou que o ministro "insiste em recusar todo este grupo de professores" e que "é uma falta de vontade política" por parte do ministério, referindo-se àqueles que já estão no topo da carreira.
Por sua vez, o coordenador nacional do Stop, André Pestana, referiu que o sindicato lamenta que "continue a não existir a salvaguarda da recuperação de todo o tempo de serviço", nomeadamente a dos docentes no fim de carreira e os que se encontram entre o 8º e 10º escalão.
"O Stop não abandona, nem esquece, todos esses milhares de docentes", defendeu, adiantando que o sindicato irá pedir a negociação suplementar. Fonte: DN
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