Antes de começarem a ler o que o CRESCER tem para contar, convém lembrar que a Escola Secundária de Águas Santas, com morada na Rua Nova do Corim e nome próprio, “nasce” a 26 de maio de 1975, em Diário da República. Por isso, se considera que fará 50 anos em maio de 2025. Porém, antes de aqui chegar, na tentativa de haver uma escola de ensino secundário na zona, existiu uma secção da Escola da Maia a funcionar na Escola Primária das Enxurreiras, em 1973/74, com quatro turmas (duas de Comércio e duas do Liceu). Os alunos dessa escola passaram no ano letivo seguinte, 1974/75, para as instalações da EB2/3 de Pedrouços, já com mais alunos.
cartão de estudante de Aurora Sereno (1974/75) já com o nome da ESÁS |
Ora, os alunos que frequentaram a Escola das Enxurreiras
sentem-se os verdadeiros fundadores da ESÁS e comemoraram o aniversário dos 50
anos ainda este ano letivo. Curioso é ver que os seus cartões de estudante os
consagram como alunos da Escola Secundária de Águas Santas desde 1974/75.
Confuso? Esperamos que não.
Vamos, então, ao “conta-me como foi…” (2)
Aurora Sereno |
A Aurora foi aluna de uma turma feminina do curso de Comércio e, por isso, colega do Joaquim Sampaio, entrevistado pelo CRESCER
no dia 7 de maio.
Dotada de uma memória prodigiosa e de uma determinação incrível em querer colaborar, trouxe até ao CRESCER memórias e histórias fantásticas. Daqui mesmo telefonou para vários colegas de então para poder ser o mais fiel possível à verdade da memória. Reuniu, por iniciativa própria, com alguns dos seus colegas para recolher depoimentos que partilhou com o CRESCER. Trouxe fotografias que aqui não se publicam, mas serão essenciais para a monografia da ESÁS. Só o amor à causa justifica a sua disponibilidade. A escola agradece.
Tal como o Joaquim Sampaio, Aurora Sereno é de opinião que aquela
foi uma escola especial, porque existiam apenas quatro turmas e todos se tornaram
amigos. Segundo ela, apesar de as turmas não serem mistas, no recreio todos se
juntavam e brincavam. “Brincávamos, jogávamos à bola e no Natal havia uma festa
e a família ia ver.”
Aurora Sereno viveu o 25 de abril de 74 nas Enxurreiras e só no ano letivo seguinte, 1974/75 é que passou para a escola que hoje é a EB2/3 de Pedrouços. Segundo ela, lá já eram mais alunos, havia mais turmas, mas os fundadores da escola “de baixo” (veja foto do grupo das Enxurreiras) "continuaram amigos e unidos".
alguns dos alunos das Enxurreiras |
Os grandes responsáveis por estes encontros são a Aurora Sereno, o Joaquim Sampaio e a Maria do Carmo, dizem. Mas todos fazem os possíveis por acalentarem este grupo que se criou pela vontade de um ensino secundário na zona e que se afirmou pela diferença e em Liberdade.
José Condesso |
José António Pereira (Zé Tó) |
“A amizade, o respeito e o interesse comum” foram fundamentais para o José António e, segundo ele, ficaram “para a vida”. “Esse ambiente distinto fez com que transformássemos o nosso dia-a-dia numa festa.”
Manuel António Bastos |
uma "Mobylette" de 1973 |
E é destas pequenas grandes histórias que se alimenta a memória. Já sorriu, certamente, o leitor. E a equipa do CRESCER também. Mas o que é mais precioso é que independentemente de uns comemorarem 50 anos de escola este ano letivo e outros no próximo, todos estão unidos e sentem-se orgulhosos com o facto de serem pertença da ESÁS.
A equipa do jornal CRESCER agradece a todos quantos, tão generosamente, colaboraram neste trabalho.
1 comentário:
Muito obrigada, Aurora Sereno, pelo tempo que nos concedeu.
Espero que tenha gostado de ler a nossa conversa e tenha gostado da manhã que a fez visitar a sua ESÁS.
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