Este é um excerto de uma das farpas recolhida da obra «Uma Campanha Alegre» de Eça de Queirós. Uma obra publicada há 134 anos.
Felizmente a escola já não é tanto assim, como descreve Eça de Queirós. “o professor já não domina pela palmatória” mas não podemos esquecer que estes métodos, absurdos e cruéis duraram até pelo menos à década de 80 e mudaram porque muitos lutaram pela dignidade na educação.
Hoje a escola é muito mais do que isso. Deixou de ser “escura e suja” e uma grilheta do abecedário e do conhecimento. Está plena de diálogos, convergências, divergências, inclusão.
Na escola “O Diretor é gente, o DT é gente, o professor é gente, o funcionário é gente. Cada aluno é gente.” Hoje a escola é vida. É a nossa vida, é o nosso dia-a-dia.
Ando nesta escola há 8 anos. Parece pouco, mas são 44% da minha vida.
E foram 8 anos de muitas experiências.
Foram 8 anos de adaptação contínua, principalmente com a pandemia.
Foram 8 anos de teste, trabalho, ficha, questão-aula, apresentação, PowerPoint, Canva, Prezzi, Genially, debate, portfólio, relatório, ufa…
Foram 8 anos de viagens de estudo, de museus, de espetáculos e de lanchinhos do último dia de aulas.
Foram 8 anos de notas altas, baixas, medianas. Notas esperadas e notas verdadeiramente surpreendentes (interpretem como quiserem).
Foram 8 anos de “Ihh, e agora? Esqueci-me de marcar a refeição!”
Foram 8 anos do gelo e do chá do bufete que curam todos os males.
Foram 8 anos de colegas, pessoas com quem simpatizo e pessoas que nem tanto e amigos que com certeza levarei para a vida.
Foram 8 anos de professores, de professores bons, de professores muito bons, e de professores de quem me vou lembrar até quando for velhinha. (um beijinho para eles)
Foram 8 anos de funcionários que ajudam sempre que é preciso. (um beijinho para eles também)
Foram 8 anos de “Psst! Emprestas-me uma folha de teste?”
Foram 8 anos de A3, A1, A2 e finalmente A5. Ah! e Moutidos, claro, que nunca esquecerei.
Isto para dizer que foram 8 anos memoráveis.
Eu passei esses 8 anos mortinha que acabasse e eu pudesse fazer o que me apetecesse. Mas está a chegar o fim e, provavelmente como muitos colegas do 12º ano, eu não quero que acabe.
Por tudo isto e muito mais, obrigada.
texto de Ana Jorge, aluna do 12.ºH
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