Está em curso uma campanha para lhes retirar o nome do navegador português, por conta do seu «violento legado colonialista».
Chamam-se
Nuvens de Magalhães – embora na verdade se trate de duas galáxias anãs – e
podem ser vistas a olho nu no céu noturno do Hemisfério Sul.
Agora, está em
curso uma campanha para lhes retirar o nome do navegador português, por conta
do seu «violento legado colonialista».
«Magalhães
cometeu atos horrorosos», denunciou a astrónoma Mia de los Reyes, do
prestigiado Amherst College, no Massachusetts (EUA). «No que viriam a ser Guam
e as Filipinas, ele e os seus homens queimaram aldeias e mataram os
habitantes». De los Reyes, que assinou um artigo na revista especializada APS
Physics, pediu à União Astronómica Internacional, a entidade responsável por
batizar os corpos celestes, que avaliasse a possibilidade de dar um novo nome
às galáxias anãs.
Secundando
esta ideia, David Hogg, professor na Universidade de Nova Iorque, argumentou
que as Nuvens não foram descobertas pelo navegador português.
Natural de Trás-os-Montes,
Fernão de Magalhães (1480-1521) planeou e liderou, ao serviço da Coroa
espanhola, a primeira viagem de circum-navegação do globo, numa época em que os
conhecimentos astronómicos eram essenciais para a navegação. Terminada em 1522
já com Sebastián Elcano ao comando, após a morte de Magalhães nas Filipinas,
esta primeira volta ao mundo demonstrou cabalmente que a Terra é redonda. Fonte: Sapo
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