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quarta-feira, 15 de novembro de 2023

cultura: primeira Noite da Literatura Ibero-Americana junta em Lisboa 50 autores de 12 países

Mais de 50 escritores de 12 países vão encontrar-se em Lisboa, na sexta-feira, para aquela que será a primeira Noite da Literatura Ibero-Americana, com leituras, debates, música e uma reflexão sobre a "tecnologia no futuro da humanidade".

No próximo dia 17, "entre as 16:00 e as 23:00, decorre a primeira sessão desta iniciativa da Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI), com uma programação que se estende por quatro locais diferentes da cidade de Lisboa, disse à Lusa a curadora, Lauren Mendinueta, poeta, ensaísta e tradutora colombiana radicada em Portugal.

A Fundação José Saramago (FJS), o Instituto Cervantes, o Café Martinho da Arcada e o Museu Teatro Romano são os locais por onde vão passar escritores e poetas para participarem e levarem até ao público uma noite cultural de entrada gratuita.

Os temas desta noite andarão muito em torno "da literatura, das máquinas e das novas tecnologias", convidando "a refletir sobre a tecnologia, nomeadamente a Inteligência Artificial, no futuro da humanidade e na arte", disse a curadora.

A sessão de abertura decorrerá na Fundação José Saramago, com um encontro de jovens poetas ibero-americanos, intitulado "Direito ao Presente", cuja primeira mesa de debate parte de um verso de Nuno Júdice - "Eu invento uma poesia que as máquinas poderiam fazer" -, do seu primeiro livro, "que parecia já prever o avanço da tecnologia", destacou.

Abordando as novas tecnologias, algoritmos, chat GPT e escrita não-humana, os escritores vão debater o futuro dos artistas e escritores neste novo panorama, e "falar das novas derivas da escrita num presente cheio de mudanças".

Haverá ainda uma mesa subordinada ao tema do "panorama atual da nova poesia ibero-americana", com leituras de jovens poetas, e outra dedicada a "África no século XXI", para debate e reflexão sobre "o papel das novas tecnologias no presente e futuro do continente".

A última sessão na FJS é um debate a decorrer entre as 20:30 e as 22:15, sobre a "Literatura em tempos de máquinas", que parte da questão: "Temos controlo sobre o futuro da humanidade e sobre a tecnologia que a molda?".

Lauren Mendinueta disse à Lusa que apesar de haver uma abordagem sobre as ameaças da inovação tecnológica à Cultura, este encontro pretende também pensar o lado inverso, a forma como a tecnologia pode ajudar na arte e contribuir para a cultura, por exemplo "na edição e distribuição de livros".

Esse é todo o tema de um 'workshop' que terá lugar no Instituto Cervantes, entre 16:00 e as 18:00, sobre "A Inteligência Artificial na criação literária", com o poeta e editor mexicano Ivan Vergara.

À mesma hora, decorre no Martinho da Arcada uma "Performance poética e musical", que inclui leituras de autores ibero-americanos e uma atuação do escritor brasileiro Mauricio Viera, acompanhado ao saxofone pelo músico francês Edouard Rambourg. Fonte:  Sapo

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