Um grupo de especialistas considera, em carta aberta, que as creches e o ensino pré-escolar podem abrir já em março, sem que isso afete o combate à covid-19.
O virologista Pedro Simas, um dos signatários dessa carta aberta subscrita por dezenas de especialistas de diversas áreas, entre os quais o epidemiologista Henrique Barros e o professor em Economia da Saúde Pedro Pita Barros, apelou também a que a reabertura de escolas seja feita
com «muito cuidado», porque apesar de a situação estar a melhorar o perigo
ainda não passou. Em declarações à ‘TVI24’, o
especialista referiu que «as escolas foram a última coisa a confinar e
logicamente deveriam ser as primeiras a desconfinar mas de forma faseada»,
disse sublinhando que «temos de ter muito cuidado».
«Nunca houve um risco tão grande de
uma quarta vaga, não só em Portugal mas na Europa e no mundo, porque
continuando a ter a maior parte da população não imune, pelo menos 75% dos
portugueses não estão imunes, os nossos passos têm de ser muito cuidadosos»,
alertou.
Para Pedro Simas, ainda «é muito cedo
para começar a desconfinar em outras áreas da sociedade, temos de começar por
aqui (escolas) e tentar perceber qual é o tipo de equilíbrio que conseguimos
atingir e de que forma é possível controlar o número de novas infeções»,
considera.
Questionado sobre a Páscoa, o
especialista diz que terá de ser «à distância». «Da mesma forma que o vírus não
sabia o que era o Natal, também não sabe o que é a Páscoa», afirma sublinhando
que «o que faz sentido é planear o desconfinamento com base nos dados
epidemiológicos e não com base no calendário que são as férias da Pascoa».
«Nós vivemos numa situação de
emergência mundial, à qual temos de nos adaptar, já perdemos muito tempo e
agora o nosso calendário é ditado pelos dados epidemiológicos e não pelo ano
civil», concluiu. @ Sapo
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