OMS e ECDC relativizam papel das escolas na transmissão. Ainda é “muito arriscado” tirar conclusões, diz perito.
A Organização Mundial da Saúde (OMS)
defende que as escolas não representam um papel central na transmissão do novo
coronavírus e o Centro Europeu para Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC)
conclui não ter havido aumento dos contágios nas escolas que reabriram mais
cedo na Europa com medidas de prevenção e distanciamento em vigor. Ainda assim,
há estudos de modelação matemática “que apontam que a abertura das escolas
poderá contribuir para o aumento da transmissibilidade”, como refere ao
Expresso o departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge (INSA).
Manuel Carmo Gomes, um dos peritos que
esta segunda-feira voltam às reuniões com o Governo para avaliar a situação
epidemiológica e o regresso às aulas, defende ser ainda “muito arriscado”
assumir que as escolas têm um papel reduzido na transmissão, como assegura a
OMS. “Não percebo de onde vem essa certeza. As escolas têm estado
maioritariamente fechadas ou a funcionar a meio gás”, afirma o professor de
Epidemiologia da Universidade de Lisboa. @Expresso

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