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quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Covid-19: aulas à distância para alunos a partir dos 13 anos pode ser medida preventiva, defende especialista

 

Vasco Ricoca Peixoto, médico investigador da Escola Nacional de Saúde Pública, defendeu esta quarta-feira que uma das medidas preventivas a adotar nas escolas em função da evolução da pandemia da Covid-19, pode passar pelo ensino à distância em alunos a partir dos 13 anos.

Em declarações à ‘Rádio Observador’ o responsável começa por sublinhar que «as escolas não existem sozinhas na sociedade e podem ser seguras», contudo, «viemos de uma situação em que no Natal e na Passagem de Ano houve um potenciamento dos riscos (da doença) e muitos destes sintomas são ligeiros e podem não ser detetados em muitos contextos», afirma.

No caso concreto das escolas, «por um lado nós sabemos que conseguimos, em muitos contextos, ter uma noção de risco e que os sintomas sejam identificados precocemente pelos professores e auxiliares, mas deve estar em cima da mesa esta opção» de impor medidas mais restritivas.

«Tinha pensado nos alunos com mais autonomia, ou a partir dos 13 anos, por exemplo, poderem ter aulas à distância e isto pode também ser importante preventivamente precisamente por esta questão: Nós não temos a noção real da transmissão, até que ela atinja valores mais avançados», explica o especialista à mesma publicação, adiantando que a medida pode e deve ser considerada já, mesmo antes dos resultados da reunião do Infarmed.

O responsável apela também que «por outro lado, a escola, em qualquer faixa etária, seja uma ferramenta de comunicação para motivar os alunos para os comportamentos preventivos», considera. «Se tivermos as crianças fora da escola mas se continuarem a não ter motivação para fazer certos comportamentos, podemos continuar a ter transmissão e algum descontrolo», alerta.

Sobre a nova variante e a necessidade de implementar mais medidas restritivas, o responsável indica que «esta é mais uma coisa a pesar na balança». «Esse vírus circulou muito intensamente no Reino Unido e é expectável que haja circulação dessa variante cá (como já se confirmou)», afirma. «Agora temos de fazer o controlo de dados», acrescenta. @ Sapo

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