Medidas do novo confinamento geral ainda demoram quatro dias, mas com 10 mil casos por dia, Governo pede para reduzir contactos o quanto antes. Partidos querem apoios à economia rapidamente.
Na próxima semana, a partir de quarta-feira, há novo confinamento geral por quinze dias, para já — mas deverá ir além disso. O país vai voltar ao “fique em casa”, com mais uma renovação do estado de emergência mas, desta vez, mais pesado do que os que aconteceram nesta nova leva, que se iniciou em novembro. Será uma fase semelhante à que aconteceu em março e abril do ano passado, mas com escolas abertas. No entanto, com cerca de 10 mil casos diários há quatro dias consecutivos, o Governo pede aos portugueses que confinem já e não esperem pelo decreto da próxima semana.
“Sabendo o número de casos com que estamos, cada um deve tomar medidas desde já. Não é preciso estarmos à espera do decreto para sabermos que devemos proteger-nos e reduzirmos ao máximo os nossos contactos”. A ministra Mariana Vieira da Silva falava no final de dois dias de reuniões dos partidos com o primeiro-ministro, ao final da manhã deste sábado, para anunciar que existe “um grande consenso face à necessidade de tomar novas medidas adicionais” e deixou um aviso para que as pessoas comecem o confinamento o quanto antes.
O que será feito, explicou sem detalhes a ministra, “será muito próximo do que aconteceu em março e abril. Não fecharemos nada que não tivesse sido fechado” nessa altura, disse, exemplificando com a agricultura, a indústria e a distribuição, que se mantiveram sempre em funcionamento. Quanto às lojas e o comércio, a ministra explica que essas decisões ainda estão a ser tomadas.
Quando ainda há muitas incertezas sobre o que vai ser fechado, há uma certeza: as escolas estarão abertas.
No final do segundo dia de reuniões, o primeiro-ministro tweetou para falar em “números preocupantes” — entretanto tinham sido conhecidos os das últimas 24 horas confirmando o que se temia — e afirmava ainda que “todos os esforços são poucos para controlar a pandemia”. Mas mais do que “consenso político” para avançar com nova carga pesa de medidas, António Costa quer também decidir com “base em conhecimento científico”, ou seja, vai querer mesmo esperar mais três dias, pela reunião de terça-feira com os especialistas em saúde pública e os epidemiologistas, no Infarmed. @ The World News
Sem comentários:
Enviar um comentário