Israel abateu a maior parte dos 300 drones, mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro enviados pelo Irão num ataque que já foi considerado como "sem precedentes", mas tal não teria sido possível sem um dos melhores sistemas de defesa antiaérea a nível mundial. No centro desse sistema encontra-se o Iron Dome, também conhecido como Cúpula de Ferro. Em que consiste este sistema?
O Iron Dome foi desenhado para proteger contra armas de curto alcance, conseguindo operar em quaisquer condições atmosféricas. Este sistema usa radares para localizar rockets, drones ou mísseis e consegue diferenciar quais destes dispositivos são suscetíveis de atingir áreas habitadas. Deste modo, só interceta os que colocam em risco pessoas ou construções.
O sistema consiste em várias baterias localizadas em Israel, cada uma delas com três a quatro lançadores capazes de dispararem 20 mísseis intercetores. Esses mísseis, ao serem disparados, percorrem um trajeto em arco – o que explica o nome “cúpula” (“dome”). Nesse trajeto, acabam por embater nos mísseis ou drones lançados pelo inimigo, destruindo-os.
O sistema começou a ser desenvolvido em 2006, após o conflito entre Israel e o grupo militante Hezbollah, do sul do Líbano. Nessa altura, os milhares de rockets lançados pelo grupo mataram dezenas de pessoas em Israel.
O Iron Dome tornou-se operacional em 2011 e teve o seu primeiro grande teste, durante oito dias, em novembro de 2014, quando foram disparados a partir de Gaza cerca de 1.500 rockets contra Israel. Na altura, as autoridades israelitas falaram numa taxa de sucesso de até 90 por cento.
O Iron Dome foi atualizado em 2021, mas os detalhes das mudanças não foram divulgados por Israel. Neste momento, Israel tem dez destes sistemas em operação.
Segundo o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, com sede em Washington, o custo de produção de cada intercetor do Iron Dome fixa-se entre os 40 mil e 50 mil dólares. Um sistema completo, incluindo os radares, computadores e três a quatro lançadores, custa, por sua vez, cerca de 100 milhões de dólares.
O Iron Dome representa um dos pilares estratégicos da aliança entre Telavive e os Estados Unidos. No ano passado, apenas dois dias após o ataque de 7 de outubro pelo Hamas, o Governo de Benjamin Netanyahu pediu a Washington mais munições para os seus aviões de combate e mais intercetores para o Iron Dome.
Os intercetores do sistema possuem 15 centímetros de largura e três metros de comprimento, reunindo vários pequenos sensores que detetam os projéteis de curto alcance. Para combater dispositivos de longo alcance, Israel depende de outro sistema: o Arrow.
O Arrow ("Flecha") foi concebido para intercetar mísseis balísticos armados com bombas nucleares ou de outro tipo fora da atmosfera terrestre. Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, declarou este domingo que este sistema foi bem-sucedido “contra um número significativo de mísseis balísticos” disparados pelo Irão. Fonte: RTPnotícias
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