O ministro da Economia defendeu hoje que o Centro Internacional de Biotecnologia Azul, a instalar nos terrenos da antiga refinaria de Matosinhos, vai “colocar Portugal na liderança” da transformação do modelo de desenvolvimento económico, mas reconheceu existirem “obstáculos”.
“Eu penso que este é um dos grandes projetos transformadores da economia portuguesa. Aqui, em Matosinhos, há todas as condições para ele ser lançado. Queremos criar um centro internacional de biotecnologias azuis que coloque Portugal na liderança desta transformação do modelo de desenvolvimento económico que temos hoje, que repousa na utilização de produtos poluentes”, afirmou António Costa e Silva, à margem da cerimónia de assinatura do protocolo que estabelece a base de trabalho daquele projeto.
“A importância é grande porque a economia azul, segundo as estimativas da União Europeia, são cerca de 200 mil milhões de euros que vai atingir em 2030 (…) queremos atrair entre cinco a 7% desse valor de mercado, criarmos no país condições para gerar receitas que vão entre 10 a 14 mil milhões de euros”, apontou.
“É por isso que a metodologia que temos no Ministério da Economia é falar com todos os parceiro e sentá-los à mesma mesa. Temos que articular estas vontades, sabendo que há sempre um mapa de risco”, assumiu.
Questionado sobre como será feita a descontaminação dos terrenos e a cargo de que entidade, o ministro garantiu que “vale sempre o princípio do poluidor pagador, o Estado não porá verbas para descontaminar terrenos”, disse.
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