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quinta-feira, 27 de abril de 2023

educação: "próxima pandemia" em Portugal é a falta de professores

A Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) manifesta-se preocupada, não com os efeitos que as sucessivas paralisações possam ter no aproveitamento dos alunos, mas sim com a falta de docentes no futuro.

Filinto Lima, presidente da ANDAEP, explica em entrevista à SIC que “os alunos não estão a ter aquelas consequências ao nível das aprendizagens que muitas vezes se ouvem na opinião pública” e que “a grande instabilidade tem a ver mais com a vida dos pais”.
Por outro lado, o responsável destaca que há 18 mil alunos, já identificados pelo Ministério da Educação, sem professores a pelo menos uma disciplina, desde o início do ano letivo. “Essa é que deve ser a grande preocupação”, aponta Filinto Lima.
“A escassez de professores é um problema que eu penso que poderá ser a próxima pandemia em Portugal. Não há professores, não há jovens que queiram seguir a carreira docente e há muitos professores que estão a aposentar-se”, alerta o presidente da ANDAEP.
Perante o descontentamento e o desacordo com o Governo, que continuam a motivar protestos no setor da educação, Filinto Lima deixa um apelo a Marcelo Rebelo de Sousa, que tem nas mãos o documento com as medidas do Executivo para a contratação de professores, com o novo regime de concursos.
“Pedimos que rapidamente tome uma decisão”, apela o responsável, dizendo que o consenso entre Ministério da Educação e professores “está longe de acontecer” .
“Estamos praticamente desde o início deste ano letivo numa luta intensa de professores com o Ministério da Educação. Não há fim à vista, não há solução que se vislumbre”, lamenta. @ Sapo 

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