A plataforma de nove estruturas sindicais de professores admite fazer greve aos exames nacionais caso o Ministério da Educação continue a recusar recuperar o tempo de serviço congelado.
Além das paralisações distritais que começaram esta segunda-feira e das greves às avaliações finais, os sindicatos estão a ponderar fazer greve também aos exames nacionais, disse aos jornalistas o secretário-geral da federação Nacional de Professores (Fenprof), antes de entrar para a reunião com responsáveis do Ministério da Educação.
Mário Nogueira recordou que a 13 de março a plataforma entregou ao ministério uma proposta que exigia a recuperação integral do tempo de serviço congelado – cerca de seis anos e seis meses – assim como o fim das quotas e vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões.
Em alternativa, os sindicatos receberam uma proposta da tutela que consideram ser “discriminatória” e “injusta” porque “exclui mais do que inclui” e “cria mais assimetrias” ao abranger apenas os docentes que tiveram sempre horários anuais e completos nos dois períodos de congelamento.
A proposta “não recupera um único dia de tempo congelado, quando os professores não prescindem de um único dia”, acrescentou Mário Nogueira antes de entrar para a reunião negocial.
Entretanto, saíram da reunião com responsáveis do ministério os outros três sindicatos: Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (STOP), Sindicato Nacional dos Professores Licenciados (SNPL) e do Sindicato dos Educadores e Professores do Ensino Básico (SIPPEP).
Em declarações aos jornalistas, o coordenador do STOP disse que se mantinham as greves agendadas, tendo em conta a ausência de cedência do ministério, que manteve praticamente inalterada a sua proposta que deixa de fora as reivindicações que continuam a motivar greves nas escolas.
André Pestana lembrou que estão marcadas greves para a próxima semana e outro período de greve que coincide com a época das provas de aferição.
André Pestana voltou a lembrar as três principais reivindicações do STOP: equidade dos docentes do continente com os das ilhas, a quem já foi garantida a recuperação integral do tempo de serviço; o fim das quotas e vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões e melhores condições profissionais e salariais para o pessoal não docente. @ Sapo
Hoje, a greve distrital decorre em Setúbal.
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