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segunda-feira, 17 de julho de 2023

UP: Universidade Júnior acolhe 5200 jovens com idades entre os 11 e os 17 anos

Fazer moldes para esculturas, trabalhar em programação 3D e estudar o ADN na folha de uma planta são algumas das atividades realizadas pelos jovens que participam na 17ª edição da Universidade Júnior. O reitor da Universidade do Porto, António Sousa Pereira, conduziu uma visita guiada às oficinas de experimentação.

Reitor visitou algumas das atividades
Artur Machado/Global Imagens
Cátia Campelo tem 16 anos e participa na Universidade Júnior desde o 5º ano de escolaridade. Apesar de ter escolhido o mesmo curso da edição anterior (Nutrição), não se sente desiludida visto que as atividades são diferentes. "Neste ano, as atividades estão a ser completamente diferentes, mas a experiência continua a ser boa", reforça. Quando era mais nova, escolhia as semanas em que as atividades eram mais diversificadas, para perceber aquilo que mais gostava de fazer. "Já passei pelas faculdades de Medicina, de Desporto, de Medicina Dentária e esta aqui [Nutrição] sinto sempre que me despertou um bichinho", acrescenta a jovem.
Na turma de Cátia está Afonso Oliveira, que também já participou na Universidade Júnior mais do que uma vez. O jovem de 14 anos destaca a importância da oportunidade que está a ter, refletindo sobre benefícios que lhe trará no futuro. Entre as experiências que teve destaca a criação de uma aplicação para ajudar pessoas a escolher alimentos. "Nunca me tinha visto a fazer nada disto e veio logo uma chuva de ideias", explica com entusiasmo. Afonso sente que a Universidade Júnior tem sido crucial para alargar a sua criatividade.
Na Faculdade de Ciências, Leonor Salgado estudava o ADN na folha de uma planta. Nesta semana, Leonor passou por várias atividades: na segunda-feira, aprendeu a moldar em 3D no SkecthUp (programa de edição em três dimensões); na terça, jogou vólei na Faculdade de Desporto; e, na quarta, resolveu problemas de matemática "como os egípcios faziam" e aprendeu a escrever em hieróglifos.
Apesar de estar indeciso entre o desporto, a informática e o marketing, Filipe Barata sente que está a alargar os horizontes e a criar mais expectativas sobre aquilo que pode seguir quando crescer.  Leonor Cândido, colega de equipa de Filipe, destaca que a iniciativa lhes permite não só perceber aquilo que gostam de fazer, mas também aquilo que menos lhes agrada, o que ambos consideram ser importante para perceber "aquilo que realmente querem".
Maria João Martins, Violeta Guedes e Tomás Campos são dos mais novos da Universidade Júnior. O grupo explica que este projeto é uma forma de perceberem a dinâmica da universidade através de atividades mais básicas, adaptadas à idade deles. Embora não sinta apelo pelas ciências, Violeta diz com entusiasmo que sente já fazer parte da Universidade do Porto: "Eu estou aqui como se já cá vivesse".
Vinda do Algarve, Leonor Cabrita inscreveu-se na Universidade Júnior por conselho da irmã. A jovem de 16 anos é uma das muitas que estão no programa de alojamento e explica como é que o sistema funciona: de manhã despertam com a sirene do  Regimento de Transmissões e são orientadas pelos monitores; à noite jantam na Faculdade de Letras e regressam ao quartel por volta das 22.30. A partir das 23.30 horas o uso de telemóveis é interdito e são chamadas a recolher às casernas. Quando questionada sobre a facilidade em se adaptar, Leonor diz que não se importa e que passa bem sem o telemóvel porque "tem o resto do dia para o usar".
Miguel Amaro é monitor pela primeira vez, e orienta o departamento de Química. Para o estudante, que está no primeiro ano de mestrado,  a experiência tem sido interessante apesar de cansativa. O mestrando em Química ressalta que as dificuldades não estão alicerçadas apenas no convívio entre diferentes faixas etárias, mas também na própria dinâmica de cada turma. "Temos que gerir as dinâmicas de grupo enquanto estamos a vigiar os laboratórios", explica.
O reitor da Universidade do Porto, António Sousa Pereira, visitou algumas das atividades na tarde desta quinta-feira. Ao JN, reforçou a importância desta iniciativa como uma forma de "espicaçar a curiosidade natural" dos jovens. "É uma experiência que se enquadra no desejo da Universidade de motivar cada vez mais jovens a seguir para o Ensino Superior", frisou.
A Universidade Júnior é uma iniciativa da Universidade do Porto, que se realiza desde 2005. Este ano, na 17ª edição, acolhe cerca de 5200 jovens com idades entre os 11 e os 17 anos para conhecerem os laboratórios da Universidade do Porto e da Porto Bussiness School. Fonte:  JN

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