Número total de visualizações de páginas

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

VER: a sugestão do CRESCER


"The Night Of" é uma minisssérie de oito episódios, emitida pela HBO on demand, centrada na investigação de um homicídio em Nova Iorque. A história acompanha a investigação policial, os procedimentos legais, o sistema de justiça criminal e o purgatório de Rikers Island, onde o acusado aguarda julgamento.

A 19 de setembro de 2012,  foi anunciado que a HBO tinha encomendado um piloto baseado na série de televisão Britânica de Criminal JusticeJames Gandolfini foi definido como estrela. Depois da morte de Gandolfini, a 19 de junho de 2013, foi relatado que a minissérie iria para a frente em sua honra, sendo Robert De Niro  definido para substituir Gandolfini. A 21 de abril de 2014, John Turturro substituí De Niro devido a conflitos de agenda. A 11 de março de 2016, foi anunciado que o projeto iria estrear em meados de 2016, sob o título The Night Of. Gandolfini aparece com o crédito de póstumo produtor executivo.

Destaques para John Turturro, como John Stone, um advogado que representa Nasir Khan e Riz Ahmed como Nasir "Naz" Khan, um paquistanês-americano, estudante universitário acusado de assassinar uma jovem em Upper West Side, Nova Iorque.

JOGAR: as sugestões do João

Série “Jet Set Radio” - colorida mas esquecida



Hora de contexto, de novo!

2000. No auge da sua última consola, a Dreamcast, a Sega cria uma série de jogos exclusivos para incentivar a compra da consola, cada um com um estilo e personalidade diferente de qualquer jogo da altura, e nenhum destes jogos tinha tanto estilo como Jet Set Radio, com os seus visuais coloridos e jogabilidade que faziam lembrar o espírito rebelde da altura, com grafitti e truques com patins.

Já em 2002, depois de a Sega decidir produzir apenas jogos, e ter feito um negócio com a Microsoft para criar jogos exclusivos para a Xbox, é lançada a “sequela”, Jet Set Radio Future. “Sequela” entre aspas, pois apesar de todas as provas que constituem de facto uma sequela, os criadores do jogo dizem que se trata mais de uma versão bastante alterada do jogo original. Um remix, se assim fizer sentido.

História

No jogo original, a história segue-se assim: na cidade de Tokyo-to (nome original, pessoal), existem gangues de jovens arruaceiros com patins, que lutam entre si pelo território dos diversos distritos da cidade. O grupo dos protagonistas, os GG, luta contra a polícia e os outros grupos, cada um com uma parte de um disco misterioso que, reza a lenda, tem o poder de convocar um demónio, algo de interesse para Goji Rokkaku, um milionário que quer conquistar o mundo, e quer o demónio para isso. Depois de conseguir as três partes do disco, graças aos mercenários que ele contratou, a luta final ocorre entre os GG e Goji, enquanto ele toca o disco. Depois da luta, que acaba com Goji morto, descobrimos que o disco não continha demónio nenhum, mas mesmo assim, o dia foi salvo pelos GG.

A história de Future segue a mesma estrutura: GG contra os outros grupos, GG contra os mercenários, e a luta final entre os GG e Gouji (não é uma gralha, o jogo muda o nome). No entanto, este jogo traz algumas reviravoltas que mudam a história mas infelizmente também a prolongam, especialmente alguns casos que não adicionam nada à história principal. 

Jogabilidade 

Ambos os jogos seguem uma estrutura semelhante: em cada nível, temos de pintar o nosso graffiti em cima do graffiti dos grupos rivais ou até em cima dos próprios rivais, enquanto fazemos habilidades em patins e derrotamos a polícia/os mercenários. O que diferencia os dois jogos é como as duas partes fundamentais do jogo, o graffiti e o movimento, são tratadas.

O primeiro jogo concentra-se muito mais no graffiti. Todas as áreas que temos que cobrir são normalmente fáceis de chegar, e os graffitis de maior escala requerem que mexamos o joystick quase como se estivéssemos a pintar manualmente a nossa arte. Talvez como consequência do foco no graffiti, o movimento muito restritivo e pouco intuitivo complica, por exemplo, as corridas contra os rivais, ou a perseguição dos mesmos, ou até mesmo algo tão simples como um salto de uma plataforma para outra.

Já o segundo jogo concentra-se muito menos no graffiti e muito mais no movimento. Os níveis são maiores, com mais lugares para chegar, novos obstáculos e novas habilidades. Isto fica acima do movimento melhor afinado e finalmente sente-se que estamos a controlar um jovem ágil e capaz. Inversamente, o graffiti foi simplificado, já que as telas grandes são tratadas simplesmente como uma linha de zonas de graffiti normais. Isto torna o desenho do graffiti mais arbitrário, mas num jogo mais dinâmico como este, faz perfeito sentido.


Outra parte que distingue os dois jogos é a estrutura dos níveis. O original tinha cada distrito como um nível relativamente grande, mas só visitávamos cada nível quando a história permitia. Essencialmente, só havia 3 níveis, mas eram repetidos várias vezes. A sequela não só adiciona mais distritos, mas interliga-o de forma a ter um mundo aberto. Com o tamanho dos níveis em si, isso significa que temos muito que explorar, mas infelizmente não existe muito para encontrar para além de outros rivais e outros itens colecionáveis. Isto, acima do defeito de demorar muito tempo a chegar de uma ponta do mapa à outra, porque temos de chegar lá fisicamente, diminui consideravelmente os benefícios de um mundo aberto.
 

Visuais e música

Estes dois temas são ambos partes que contribuíram imenso para a personalidade desta série. Popularizou, no mundo dos jogos, um estilo visual chamado cel-shading, que traz um estilo quase de desenho animado numa altura em que a moda nos jogos era o hiper-realismo. Isto, consequentemente, faz com que o jogo pareça tão bom como há 20 anos atrás, em vez de parecer datado, desatualizado, enfim, velho. É de notar que o segundo jogo tenta usar um menor contraste entre cores, para tentar parecer mais “sério”, ironicamente a tentar seguir outra moda da altura. Apesar de tal, não deixa de ter visuais incríveis, especialmente quando o jogo tenta ser mais ridículo e colorido.

A música é talvez a parte mais bem lembrada da série. Em geral, metade da banda sonora é composta por Hideki Naganuma, e a outra metade é música licenciada. A música de Hideki Naganuma dá aos jogos uma energia jovial e torna-o ainda mais distinto dos jogos da altura, especialmente no primeiro jogo, já que a maioria das músicas originais no segundo jogo são remixes. A outra metade da música tem estilos diferentes para os dois jogos: o original contém mais rock; a sequela vira mais para hip hop e rap. 

A Sega já não usa esta série há mais de 18 anos, apesar de algumas tentativas e vários pedidos dos fãs. E é uma pena, pois a série é uma prova da originalidade e criatividade que a Sega teve. Existem jogos que tentam copiar os visuais destes jogos, mas duvido que algum jogo consiga conciliar tão bem a música, a jogabilidade e, como já referi muitas vezes aqui, o estilo desta série. 

Mais uma vez, obrigado por acompanharem mais uma rubrica do jornal CRESCER e, não se esqueçam, joguem, leiam, ouçam, vejam e, principalmente, divirtam-se! 

João Mendonça, aluno de 12º ano

JOGAR: as sugestões do Daniel

 A história de um jogo de mil jogos


“Era uma vez” é uma forma de começar a história normalmente usada em contos de fadas ou histórias fictícias. Tudo o que vem depois dessas três palavras é uma história com início, meio e fim criada por alguém. Mas e se em vez de uma história feita onde sabemos tudo o que vai acontecer, ouvíssemos uma história onde ninguém tem controlo sobre o que vai acontecer? Isso é mais ou menos o que acontece em Tabletop RPG’s, mais conhecidos como RPG’s de mesa. Um jogo onde se segue uma proposta inicial de uma história, mas ninguém, nem mesmo o seu criador, pode prever como vai acabar.

 O que é…

RPG de mesa ou “Tabletop RPG’s”, também conhecido como pen-and-paper role-playing game, é uma forma de jogo de interpretação (RPG), onde os participantes/protagonistas descrevem as suas ações por meio da fala. As suas ações são bem-sucedidas ou fracassam de acordo com um sistema formal definido por regras e diretrizes. Dentro das regras, os jogadores têm liberdade para improvisar. Todas as escolhas dos personagens moldam a direção e o resultado do jogo.

História

Os jogos de RPG de mesa têm as suas origens em jogos que simulam guerra, particularmente o xadrez (que por sua vez se originou do antigo jogo indiano Chaturanga). No final do século 18 até ao século 19, as variantes do xadrez evoluíram para jogos de guerra modernos, mais notavelmente Kriegsspiel.

Mais de um século depois, o jogo de guerra Chainmail, lançado em 1971, acabou se tornar a base para Dungeons & Dragons, um dos RPG 's de mesa mais populares de todos os tempos.

 Regras e Diferentes Jogos

Tabletop RPG’s são mais propriamente uma categoria de jogos em vez de um jogo. Existem milhares de jogos de RPG conhecidos e espalhados pelo mundo, cada um com as suas diferentes regras. Os dois RPG ‘s que mais se popularizaram no mundo foram Call of Cthulhu e principalmente Dungeons & Dragons. Cada jogo tem as suas próprias regras mas todos eles têm algumas regras comuns. Em todos os RPG ‘s de mesa normalmente apenas são necessárias três coisas: dados, um personagem e um mínimo de criatividade. Os dados são usados exatamente como em jogos de mesa normais, como o monopólio. Rolam-se os dados e os valores representam um valor de um ataque ou uma habilidade. Todos os jogadores do RPG estão basicamente a atuar como um personagem criado pelo próprio jogador. Através de uma ficha fornecida pelo próprio jogo, o jogador preenche com as informações do seu personagem (altura, força, descrição física, descrição psicológica, ETC...), e começa a atuar conforme essas informações. Os jogos também possuem sempre um Dungeon Master, uma pessoa que controla não um personagem, mas sim o mundo, os NPC’s e os eventos que no mundo acontecem. Após os personagens criados, o Dungeon Master começa a contar a história, que grande parte das vezes nunca corre como planeado.

Por que razões podemos gostar do jogo

Apesar de RPG ‘s de mesa serem jogos onde é necessário dedicar muito estudo e criatividade, o jogo é sempre divertido de jogar com pessoas com quem que se tem afinidade. Não só porque é divertido de jogar com amigos, mas porque criar memórias é sempre divertido. As melhores partes destes jogos normalmente acontecem quando menos se espera. Já que normalmente os jogadores têm sempre uma ideia estranha ou engraçada que torna o jogo e a aventura única. Uma das maiores vantagens do jogo é a imprevisibilidade. Todos os jogos proporcionam uma aventura única já que, como a história é criada pelo Dungeon Master, nenhuma campanha vai ser igual à outra. 

Dungeons & Dragons nos outros media

Apesar de não ser super mainstream (super popular), Dungeons & Dragons é um RPG que muita gente já jogou e já teve várias paródias feitas em outros jogos ou séries. No jogo Watch Dogs 2, a entrada para a base do grupo principal localiza-se dentro de uma loja de jogos de RPG. No início da série Stranger Things, o grupo principal jogava um jogo de Dungeons and Dragons na cave do protagonista, na verdade, muitos elementos da série têm bastantes semelhanças com criaturas e elementos presentes no universo de Dungeons & Dragons. Também existem muitas pessoas famosas que jogam RPG 's de mesa. Por exemplo, o ator, argumentista e produtor cinematográfico, Vin Diesel é famoso por no seu tempo livre jogar RPG ‘s de mesa

 RPG ‘s na atualidade

RPG ‘s em Portugal nunca foram bastante populares, mas noutros países, principalmente na América do Norte, RPG ‘s eram e ainda são bastante populares. Uma das figuras mais populares de Dungeons & Dragons é o Matthew Mercer que já foi Dungeon Master em muitas campanhas transmitidas para a internet. A sua personalidade e a dinâmica que ele tem com os jogadores torna o jogo muito interessante de se acompanhar. No Brasil o criador de conteúdo Jovem Nerd já trouxe muitos Podcasts dos mais diversos RPG 's. Vale a pena realçar que segundo o próprio Jovem Nerd as suas histórias, principalmente as que falam sobre Call of Cthulhu não são recomendados para menores de 16 anos pelo seu conteúdo mais sinistro. Recentemente, em março de 2020, no Brasil, uma série de RPG 's criada inteiramente por um streamer ficou conhecida por dar uma nova vida aos RPG' s de mesa no país, dando a conhecer a um público novo e jovem (incluindo eu) este tipo de jogo. Cellbit, um streamer brasileiro criou não só a história como o próprio RPG com as suas próprias regras (o RPG tem elementos inspirados em Call of Cthulhu e Tormenta). A ordem paranormal foi um projeto de criar uma campanha de RPG que juntou vários youtubers e streamers populares do Brasil. A série ficou tão popular que se estendeu por mais três temporadas, sendo que atualmente a terceira está a ser lançada. O projeto ficou tão popular que o streamer começou a desenvolver-se no seu próprio jogo baseado no universo, “O Enigma do Medo”. Em menos de 5 horas do anúncio do seu lançamento, o jogo já tinha conseguido o valor que precisava para a sua finalização (50 mil reais) e hoje o dinheiro angariado para o desenvolvimento do jogo ronda os 4.2 milhões de reais.

Hoje em dia, os RPG 's de mesa são possíveis de jogar até na quarentena, já que não é preciso jogar fisicamente. Existem vários sites que simulam a experiência de Dungeons & Dragons como Roll20 ou o D&D Beyond.

Como já disse anteriormente, apesar de ser um jogo que exige estudo, paciência e criatividade, com um grupo certo de amigos e uns tutoriais na internet, jogar tabletop RPG’s pode ser uma experiência única de vida que todos deviam experimentar. Para todos os que se mostram fortes o suficiente para pegar num papel e caneta, ler um livro gigantesco de regras e depender 100% da sorte, desejo-vos uma boa vinda aos RPG 's de mesa, e boa sorte.

Mais uma vez, obrigado por acompanharem mais uma rubrica do jornal CRESCER e, não se esqueçam, joguem, leiam, ouçam, vejam e, principalmente, divirtam-se! 

Daniel Barbosa, aluno de 12º ano

OUVIR: Pedro Abrunhosa é a voz de hino “em prol de um mundo mais justo, digno, inclusivo e sustentável”

O músico e cantor Pedro Abrunhosa é a voz do hino "Todos por um", lançado no passdo sábado em Lisboa, e que pretende alertar para a urgência de cumprir as metas de desenvolvimento definidas pelas Nações Unidas (ONU) para 2030.
Com letra e música do cantor e compositor, o hino dá música à campanha "Rumo a 2030", implementada em Portugal pelo Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF), pela Rede Intermunicipal de Cooperação para o Desenvolvimento (RICD) e pela Câmara Municipal de Oeiras e financiada pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P.
"'Todos por um' é um apelo urgente à necessidade de nos unirmos em prol do alcance das metas estabelecidas para cada um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela Organização das Nações Unidas até 2030", adiantam, em comunicado, os promotores da indicativa.
A canção "pretende incentivar à ação e à mobilização em prol de um mundo mais justo, digno, inclusivo e sustentável, apostando no poder de transformação social da música", acrescentam.
A letra sublinha o sentido de urgência do cumprimento destas metas numa altura em que a pandemia de covid-19 veio atrasar e, em alguns casos, fazer regredir os esforços de anos.
Mesmo antes da pandemia, os esforços para erradicar a fome, o primeiro dos 17 objetivos, estavam a desacelerar, sendo quase um dado adquirido que a meta de acabar com a pobreza até 2030 não seria atingida.
"A pandemia está a empurrar dezenas de milhões de pessoas de volta à pobreza extrema, desfazendo anos de progresso. Embora a pandemia tenha salientado a necessidade de reforçar a proteção social e a preparação e resposta a emergências, estas medidas são insuficientes para salvaguardar os pobres e vulneráveis, que mais necessitam delas", defendem os promotores da campanha.
Erradicação da pobreza e da fome, igualdade de género, saúde e educação de qualidade, água potável e saneamento, trabalho digno, redução das desigualdades, promoção das energias renováveis e ação climática são algumas das metas desta estratégia global de desenvolvimento. @ Expresso

COVID-19: mais de 1.000 profissionais do Hospital de São João apelam por reconhecimento

Mais de mil profissionais do Hospital de São João, no Porto, enviaram ao Presidente da República e entidades da saúde uma carta onde apelam por "reconhecimento" pelo modo como a unidade gere a pandemia e dá "resposta aos doentes".

EPA /José Coelho

Em declarações à agência Lusa, Rui Vaz, diretor do Serviço de Neurocirurgia do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) e o impulsionador da ideia, explicou hoje que a carta pretende “não deixar cair no esquecimento uma fase que foi e é particularmente má para todos”.

“Queremos um reconhecimento simbólico e não deixar que o tempo apague isso”, afirmou, acrescentando que “isso” foi o modo como o Hospital de São João desempenhou o seu papel nesta pandemia.

“Parece-me evidente que o desempenho do hospital nesta segunda fase da pandemia tem sido exemplar, quer em relação aos doentes covid-19, quer em relação aos doentes não covid”, frisou.

O neurocirurgião lembrou que, aquando da primeira fase da pandemia da covid-19, a sua especialidade, que é “particularmente crítica”, “esteve praticamente fechada”, mas que a resposta a esta segunda fase permitiu “um equilíbrio”.

“A minha especialidade é particularmente crítica porque precisa muito de Cuidados Intensivos. Sem Cuidados Intensivos quase não operamos e, nesta segunda fase, conseguimos um equilíbrio que nos permitiu dar resposta a todos os doentes. O modo como as coisas foram feitas, quer tomando medidas antes do tempo, quer organizando quando o problema já existia, permitiu manter uma resposta qualitativa aos doentes muito importante”, salientou.

A resposta “exemplar” da unidade hospitalar motivou o neurocirurgião a partilhar com cerca de 80 diretores de serviço e enfermeiros chefe a sua ideia: “reconhecer quem trabalha com qualidade no âmbito do Serviço Nacional de Saúde e que fez um trabalho meritório para os doentes e profissionais”.

A “imediata adesão” destes profissionais levou a que Rui Vaz partilhasse o abaixo-assinado pelas restantes equipas do São João, sendo que, numa semana, reuniu mais de 1.000 assinaturas de profissionais de áreas clínicas e não clínicas, afetas ou não à covid-19.

Na carta, a que a Lusa teve acesso e enviada ao Presidente da República, Ministério da Saúde, Direção-Geral da Saúde e outras entidades, os profissionais afirmam que a gestão realizada pelo Conselho de Administração “leva a considerar justo e merecido um adequado ato de reconhecimento simbólico”.

Os signatários deixam ainda expresso a sua “confiança, solidariedade e orgulho” pelo trabalho e gestão do Hospital de São João. @ Sapo

abrir as escolas com um Rt de 0,98 “é mais do que imprudência, é quase procurar problemas sérios”

Professor de matemática da Universidade de Lisboa alertou ainda para o descontrolo que pode acontecer se o Rt ficar acima de 1,2: “É quase garantido que poderá haver uma quarta vaga”.

A abertura das escolas em Setembro fez o risco de transmissibilidade (Rt) subir cerca de 20% a 25% ao final de seis dias, explicou Jorge Buescu, professor de matemática da Universidade de Lisboa, ouvido esta quarta-feira na comissão parlamentar de acompanhamento da pandemia. O especialista alertou ainda para o descontrolo que pode acontecer se o Rt ficar acima de 1,2: “É quase garantido que poderá haver uma quarta vaga”.

“Se queremos ter a noção do efeito de abrir as escolas, é olhar para o que aconteceu ao Rt” em Setembro quando estas abriram, respondeu o especialista aos deputados. “Seis dias depois da abertura das escolas o Rt começou a subir e passados mais 15 dias tinha subido 20 a 25%. Se pensarmos que vai acontecer a mesma coisa, o que temos fazer é uma conta relativamente simples: Estamos com um Rt suficiente para que acrescentando mais 20% continuemos abaixo de 1 ou não?”, explicou Jorge Buescu.

A resposta foi também simples. “Se o Rt antes de abrirmos as escolas estiver 0,98 diria que é mais do que imprudência, é quase procurar problemas sérios, correr um risco muito grande de uma nova vaga”, disse Jorge Buescu, dando como exemplo o que aconteceu por altura do Natal em que o Rt estava neste valor e acabou por subir com o desconfinamento dado nessa altura. E um Rt acima de 1, referiram os quatro matemáticos, é ter “um aumento exponencial de casos”.

“Aquilo que experiência nos tem mostrado é que o Rt é um indicador essencial e deve ser tomado como sinal de alarme imediato a partir do momento que atinge 1.1. Uma lição que podemos tirar para os próximos tempos, se tivermos de começar a desconfinar, é que teremos de fazer um índice de risco. Um Rt de 1,1 é um sinal de grande perigo e acima 1,2 é quase garantido que poderá haver uma quarta vaga”, disse o professor da Universidade de Lisboa.

Explicou ainda que a análise diária do Rt, ainda que menos fina, permite perceber que evolução da incidência se pode esperar ao final de dez a 15 dias. E fazer baixar o Rt leva tempo. Explicou que, com as medidas gradualistas tomadas no início do ano, este indicador levou cerca de mês e meio a descer. Já após o fecho das escolas, o Rt desceu a menos de 1.

Henrique Oliveira, professor de matemática do Instituto Superior Técnico, referiu que nas escolas “grande parte transmissão é feita através de [doentes] assintomáticos ou sintomáticos antes dos sintomas [se manifestarem]” e que esta transmissão é “o grande perigo da doença”. “É muito difícil combater a pandemia por causa dos assintomáticos.”

“Quanto mais jovem, mais se está no estado assintomáticos ou com poucos sintomas. As escolas servem para transmitir a doentes de agregado familiar para agregado familiar”, alertou o especialista, fazendo ainda referência ao desporto escolar que realizado “sem máscara permite maior transmissibilidade”. “Temos de ser cuidado nesta questão. Tem de ser feito ao ar livre e com distância. Em ambiente fechado existe muita transmissão assintomática”, reforçou Henrique Oliveira.

Análise do risco

Já Carlos Antunes, também professor da Universidade de Lisboa e elemento da equipa do epidemiologista Manuel Carmo Gomes, mostrou a análise da incidência que fez por faixas etárias para dizer que no final do ano passado a taxa de incidência dos grupos 6-12 anos e 13-17 anos “crescia na ordem dos 6% ao dia” e que a 22 de Fevereiro eram os grupos que mais desceram na taxa de incidência. Segundo o especialista, houve “uma redução drástica a 31 de Janeiro que tem a ver com algo que aconteceu nos dias 21 a 23”, já que “a transmissibilidade dá-se antes do inicio sintomas”, data pela qual faz a análise.(...)

Também Henrique Oliveira focou esse ponto, ao dar exemplo do que aconteceu na terceira vaga. “As hospitalizações gerais sobem muito, mas os cuidados intensivos não conseguem ir atrás. O número de óbitos dispara não só porque os cuidados intensivos não conseguem tratar bem quando estão no extremo da capacidade, mas porque nem todas as pessoas conseguem entrar nos cuidados intensivos”, explicou, referindo que Portugal é o sexto país da Europa com maior número de óbitos por milhão de habitantes.

“À medida que as unidades de saúde escalaram a resposta, a letalidade começa a descer. É quando se reconvertem enfermarias, se abrem camas e hospitais de campanha”, acrescentou o especialista, que estima que seja preciso 77,8% das pessoas imunizadas para o país ter imunidade de grupo, que será conseguida com a vacinação e com as pessoas que já tiveram a infecção. “Estimo que pode haver quase triplo de casos relativamente aos casos conhecidos”, disse.

Rastreios e testagem

Para João Seixas, também professor do Instituto Superior Técnico, “há um problema essencial que é a testagem e rastreamento”. “Para um rastreamento correcto é preciso fazer o seguimento e ter nexo causal. Um dos graves problemas é que perdemos em determinado momento o nexo causal. Agora que temos menos casos, é mais fácil. Mas chamo a atenção que será preciso colocar em cima de mesa uma forma de rastreamento mais automática. Em alguma altura será impossível, com o número de rastreadores que houver, fazer um rastreamento até ao fim”, alertou.

Em relação à política de testagem, “alguma coisa tem de mudar”, já que a taxa de positividade e o número de casos estão “excessivamente correlacionados”. @ Público

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

«Nunca houve um risco tão grande de uma quarta vaga»


Um grupo de especialistas considera, em carta aberta, que as creches e o ensino pré-escolar podem abrir já em março, sem que isso afete o combate à covid-19. 
O virologista Pedro Simas, um dos signatários dessa carta aberta subscrita por dezenas de especialistas de diversas áreas, entre os quais o epidemiologista Henrique Barros e o professor em Economia da Saúde Pedro Pita Barros, apelou também a que a reabertura de escolas seja feita com «muito cuidado», porque apesar de a situação estar a melhorar o perigo ainda não passou.
Em declarações à ‘TVI24’, o especialista referiu que «as escolas foram a última coisa a confinar e logicamente deveriam ser as primeiras a desconfinar mas de forma faseada», disse sublinhando que «temos de ter muito cuidado».
«Nunca houve um risco tão grande de uma quarta vaga, não só em Portugal mas na Europa e no mundo, porque continuando a ter a maior parte da população não imune, pelo menos 75% dos portugueses não estão imunes, os nossos passos têm de ser muito cuidadosos», alertou.

Para Pedro Simas, ainda «é muito cedo para começar a desconfinar em outras áreas da sociedade, temos de começar por aqui (escolas) e tentar perceber qual é o tipo de equilíbrio que conseguimos atingir e de que forma é possível controlar o número de novas infeções», considera.

Questionado sobre a Páscoa, o especialista diz que terá de ser «à distância». «Da mesma forma que o vírus não sabia o que era o Natal, também não sabe o que é a Páscoa», afirma sublinhando que «o que faz sentido é planear o desconfinamento com base nos dados epidemiológicos e não com base no calendário que são as férias da Pascoa».

«Nós vivemos numa situação de emergência mundial, à qual temos de nos adaptar, já perdemos muito tempo e agora o nosso calendário é ditado pelos dados epidemiológicos e não pelo ano civil», concluiu. @ Sapo

Covid-19: professores podem ter papel central na transmissão nas escolas

Relatório dos Centros para Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) sustenta que a prevenção de infecções na escola passa pela adopção de medidas de mitigação e pela vacinação dos educadores.

Daniel Rocha

Um relatório publicado esta segunda-feira por uma equipa de investigadores dos Centros para Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), dos EUA, conclui que os professores podem desempenhar um papel central nas cadeias de transmissão que são detectadas nas escolas. É mais um exemplo do esforço que está a ser feito à escala mundial para esclarecer como se comporta este vírus nas escolas e, desta forma, garantir a máxima segurança no ensino presencial, que todos desejam.

Os cientistas do CDC levaram a cabo uma investigação sobre a transmissão do SARS-CoV-2 num distrito escolar da Georgia entre 1 de Dezembro de 2020 e 22 de Janeiro de 2021. Foram identificados nove surtos que envolveram 13 professores e 32 alunos em seis das oito escolas primárias. Os investigadores consideraram como surtos as situações com três ou mais casos ligados de covid, sendo que em média estes grupos envolveram seis pessoas. Em quatro surtos, o primeiro caso identificado foi um professor, em apenas um o primeiro caso terá sido um estudante e nos restantes quatro não foi possível identificar a origem do surto. A investigação decorreu ao longo de 24 dias de ensino presencial numa comunidade escolar com 2600 alunos e 700 funcionários.

Entre outras conclusões, o relatório refere que alguns dos contágios podem ter ocorrido em situações em que as regras de segurança foram quebradas ou facilitadas. “Em sete surtos a transmissão entre professores e estudantes pode ter ocorrido durante sessões de instrução em pequenos grupos, nas quais os educadores trabalharam em estreita proximidade com os alunos”, referem os especialistas que visitaram as escolas e que também suspeitam de que cinco surtos possam estar associados a um uso incorrecto das máscaras pelos alunos.

“Os educadores desempenharam um papel importante na propagação do covid-19 nas escolas. A propagação de covid-19 ocorreu frequentemente durante reuniões presenciais ou almoços e depois espalhou-se nas salas de aula”, referiu a directora do CDC, Rochelle Walensky, numa conferência de imprensa na segunda-feira. E resumiu: “As duas principais razões para a propagação de covid-19 nestas escolas foram o distanciamento físico inadequado [muitas salas cheias não permitiam sequer o distanciamento de um metro] e a falta de adesão ao uso de máscara nas escolas.”

Vacinas e outros estudos

O estudo sugere ainda que a vacinação dos professores pode ser importante para proteger os grupos de risco e prevenir a propagação do vírus nas escolas. Embora os especialistas do CDC não considerem que esta é uma condição indispensável para a reabertura de escolas em segurança, o estudo refere que a vacinação “deve ser considerada como uma medida de mitigação adicional a ser acrescentada quando disponível”.

“A conclusão de que os educadores desempenham um papel importante na transmissão na escola é consistente com as conclusões de outras investigações”, refere também o relatório do CDC, citando um “grande estudo prospectivo” em escolas do Reino Unido que concluiu que o evento de transmissão mais comum era de educador para educador. Noutro grande estudo prospectivo, adiantam os peritos, que analisou a transmissão em escolas alemã terá concluído que as taxas de transmissão eram três vezes mais elevadas quando o caso índice (o primeiro caso entre vários casos da mesma natureza ou epidemiologicamente relacionados) ocorria num educador do que quando o caso índice ocorria num estudante. “Em consonância com os resultados de estudos internacionais, este relatório concluiu que as infecções iniciais entre educadores desempenharam um papel substancial na transmissão do SARS-CoV-2 e subsequentes cadeias de infecção para outros educadores, estudantes e famílias, salientando a importância da prevenção de infecções entre educadores em particular”, lê-se no relatório do CDC. @ Público

os portugueses, a escola e o confinamento


Os resultados do encerramento das escolas são inequívocos nos números da pandemia e a "esmagadora maioria dos portugueses quer manter escolas fechadas. Mais de 80% dos inquiridos da sondagem da Aximage para a TSF-JN-DN defende a reabertura só a partir de 15 de março. O teletrabalho também gera unanimidade, com 75% a exigirem aos patrões compensação pelas despesas domésticas.(...)"

o Clube de Francês e "Le Petit Prince"

 



O Clube de Francês propôs aos alunos do ensino básico que realizassem uma atividade comemorativa do Saint Valentin, partindo de excertos da obra "Le Petit Prince" de Antoine de Saint-Éxupéry.

Aqui ficam os links dos trabalhos do sétimo ano. É só clicar.




Apreciem. 
À plus!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

UE: uma em cada cinco crianças diz estar a crescer infeliz e preocupada com o futuro


Uma em cada cinco crianças na União Europeia (UE) afirmou estar a crescer infeliz e preocupada com o futuro, de acordo com o relatório «A nossa Europa. Os nossos direitos. O nosso futuro», publicado esta terça-feira pela ChildFund Alliance, Eurochild, Save The Children, UNICEF e World Vision, em colaboração com a Comissão Europeia.

O estudo, que contou com a participação de 10 mil crianças com idades compreendidas entre os 11 e os 17 anos, pretende ser uma referência para a definição da próxima Estratégia europeia sobre os Direitos da Criança e a Garantia da Criança.

O documento indica que a pandemia COVID-19 levou crianças e jovens na Europa e em outros locais a sentirem pressão e incerteza. Em concreto, uma em cada dez crianças indicou que vivia com problemas de saúde mental ou sintomas como depressão ou ansiedade, com o sexo feminino e os mais velhos a reportar mais problemas.

Um terço das crianças inquiridas reconheceu ter sofrido de discriminação ou exclusão social, situação que afetou 50% das crianças com deficiência, migrantes, minorias étnicas ou a comunidade LGTBQ +.

De acordo com o relatório, três quartos das crianças também afirmaram que são felizes na escola, contudo 80% dos jovens de 17 anos disseram que sentem que a educação oferecida não os prepara bem para o futuro.

Nesse sentido, a maioria das crianças destacou que gostaria de fazer mudanças na sua vida escolar. Especificamente, 62% apontaram como soluções ter menos trabalhos de casa e 57% aulas mais interessantes.

«Esta consulta às crianças é uma viragem para a Comissão Europeia e representa um passo importante para uma maior participação das crianças, que são especialistas nas questões que lhes dizem respeito. Esta consulta mostra mais uma vez que são importantes participantes aqui e agora», afirmou a vice-presidente da Comissão Europeia, Dubravka Suica.

Por sua vez, representantes da ChildFund Alliance, Eurochild, Save the Children, UNICEF e World Vision descreveram o relatório como «histórico», pois é a primeira vez que «tantas crianças e jovens podem influenciar e moldar diretamente as políticas da UE». @ Sapo

BIBLIO@ESC@S

Relembramos que está à disposição de todos a página Biblioteca em Casa onde podem encontrar recursos variados para o E@D e muitas propostas de leitura para os alunos.


Esperamos que as nossas sugestões sejam úteis.

Bom trabalho!
                             As professoras bibliotecárias
                              Rosa, Maria João e Olga
                         

sabia que...

 
Sabia que:

. ao abrigo da lei do mecenato, o Sr. João Teixeira doou 10 computadores à Escola;

. a associação de encarregados de educação da escola sede ofereceu doze câmaras;

. a escola foi indicada como escola de referência para acolher filhos e outros dependentes de serviços essenciais. Para os receber foram criados dois espaços: um, no pavilhão central, numa sala de informática, e outro, no pavilhão C.

Sabe a casa! 💚

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

conheça Elizabeth Ann

 

Elizabeth Ann

A espécie, a única doninha nativa da América do Norte, já foi considerada extinta, mas foi trazida de volta do desaparecimento depois de um agricultor do Wyoming ter descoberto uma pequena população nas suas terras em 1981.

baby Elizabeth Ann

Uma equipa de cientistas norte-americanos clonaram com sucesso uma doninha-de-patas-pretas utilizando células congeladas de um animal selvagem morto, a primeira vez que uma espécie nativa em perigo de extinção foi clonada nos Estados Unidos.

Os esforços de recuperação da doninha-de-patas-pretas com o objetivo de aumentar a diversidade genética e a resistência a doenças deram um passo ousado em 10 de dezembro, com o nascimento de Elizabeth Ann, criada a partir das células de Willa, uma doninha que viveu há mais de 30 anos, indicou o US Fish and Wildlife Service. @ Green Savers

APAV lança projeto para prevenir violência nos relacionamentos dos mais novos


As crianças e jovens são o foco da APAV no Dia Europeu da Vítima de Crime, que hoje se assinala, lançando um projeto centrado na prevenção da violência nos relacionamentos, dirigido a crianças entre os seis e os dez anos.

O Programa de Prevenção Hora de SER – Sensibilizar e Educar para os Relacionamentos é apresentado nas plataformas digitais da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) na terça-feira, ficando disponível pelas 10:00 no canal de Youtube e página de Facebook da associação, tendo por objetivo colocar “um enfoque mais específico na prevenção da violência através da promoção de relacionamentos positivos”.

O programa integra-se no Projeto SER Plus, financiado pelo Programa Cidadãos Ativ@s e gerido pela Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Bissaya Barreto, tendo entre os seus objetivos “a capacitação de profissionais para a implementação” deste programa, “garantindo o alargamento nacional da sua implementação e permitindo que mais crianças possam beneficiar de um programa de prevenção com evidências de impacto social positivo”.

Em comunicado, a APAV sublinha que “as crianças e jovens representam, pela sua idade, pela maior dificuldade em fazer valer os seus direitos e pela menor capacidade ou autonomia para denunciar e/ou procurar ajuda, um grupo particularmente vulnerável à vitimação”, pelo que “tem atuado consistentemente, na promoção e proteção dos seus direitos”.

A associação recorda o trabalho conjunto desenvolvido com organizações governamentais e com a sociedade civil em matérias como proteção contra violência doméstica, violência sexual ou tráfico humano, entre outras, e sublinha a “presença assídua” da APAV nas escolas, do pré-escolar ao ensino secundário.

“Em 2019, aproximadamente 30.000 crianças e jovens foram envolvidos em ações de sensibilização e de informação. Os temas mais solicitados por parte das escolas têm sido o bullying, o cibercrime, a violência doméstica, a violência no namoro e a violência sexual”, refere a APAV no comunicado.

O Dia Europeu da Vítima de Crime foi instituído pelo Victim Support Europe (VSE), um organismo que reúne 61 instituições de apoio à vítima de 31 países europeus. @ Sapo

qual é o melhor dia para desconfinar (sem sofrer nenhum desgosto)?

 

José Sena Goulão /Lusa

Esta é "A pergunta": quando podemos desconfinar?

A resposta é vaga e pende para a indefinição. O Governo ainda não tem data definida para a reabertura do país, disse-o esta segunda-feira Marta Temido no final da reunião do Infarmed.

Em declarações aos jornalistas após a reunião que juntou epidemiologistas, especialistas em saúde pública e políticos na sede do Infarmed, em Lisboa, Marta Temido afirmou que “nada disto está adquirido e tudo depende de cada um de nós e das medidas combinadas”, decorrendo daí a preocupação com “algum relaxamento sem nenhuma alternação legislativa”. A certeza é apenas uma: as escolas são as primeiras a abrir (como já havia dito Mariana Vieira da Silva).

Mas poderá ser já em março?

Quando falou ao país, depois da última renovação do Estado de Emergência, o Presidente da República apelou a que o confinamento geral se mantivesse "março fora", sem "sinais errados para a Páscoa", para evitar um retrocesso na contenção do vírus. Marcelo traçou ainda como meta que número de novos casos diários de infeção diminuísse "para menos de dois mil", de modo a que "os internamentos e os cuidados intensivos desçam dos mais de cinco mil e mais de oitocentos agora para perto de um quarto desses valores".

A juntar às metas do Presidente da República estão as projeções dos especialistas. O epidemiologista Baltazar Nunes estimou hoje que o número de doentes com Covid-19 internados em cuidados intensivos possa estar abaixo dos 300 em meados de março e abaixo dos 200 no final do mês.

Porém, também ele sublinhou que "nada do que se projeta está adquirido, vai depender de conseguirmos manter a atual tendência de decréscimo de novos casos e esta tendência depende das medidas atualmente implementadas, da sua adoção pela população assim como dos comportamentos preventivos da população e do controlo da transmissão das novas variantes do SARS-CoV-2 que ainda representam são muito prevalentes a população".

Relativamente ao número de infeções diárias, esta tendência parece começar a verificar-se desde o final da semana passada (quarta-feira, 17 de fevereiro, foi o último dia a ultrapassar os dois mil casos). Mais, e de acordo com André Peralta Santos, da Direção-Geral da Saúde, Portugal regista uma “descida muito significativa da incidência" de Covid-19 nos últimos 14 dias e tem já “vastas áreas do território” com menos de 240 casos por 100 mil habitantes.

Estas são boas notícias, sim, mas por agora é necessário continuar a confinar — para desconfinar sem sofrer nenhum desgosto. @ Sapo

imunidade de grupo esperada em "meados ou início de agosto"


Os dados divulgados esta segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS) deram conta de 549 novos casos de Covid-19 e mais 61 mortes. Em termos de casos diários, este foi o valor mais baixo desde o dia 6 de outubro do ano passado, isto apesar de ser segunda-feira, um dia com um reporte habitualmente mais baixo no número de casos. Também o número de óbitos foi o mais baixo desde 28 de dezembro.

Portugal totaliza agora 798.074 contágios e 16.023 vítimas mortais. O total de recuperados é de 701.409 mil. Os casos ativos continuam a diminuir e são agora 80.642 mil.

No que aos internamentos diz respeito, verificou-se uma ligeira subida em enfermaria, mas mantém-se a tendência de descida nas unidades de cuidados intensivos (menos 11 doentes).

Segundo as projeções, a taxa de incidência acumulada a 14 dias estará abaixo dos 120 casos por 100 mil habitantes no início de março e abaixo dos 60 casos na segunda quinzena de março. O número de doentes Covid-19 internado em UCI estará abaixo de 320 na segunda quinzena de março e abaixo dos 200 no final do mês de março.

coordenador do plano de vacinação nacional contra esta doença, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, admitiu que se possa "atingir a imunidade de grupo" em Portugal mais cedo do que estava previsto, "em meados do verão, à volta de agosto ou inícios de agosto", mas ressalvou que "isto são expectativas, em face de expectativas melhores de disponibilidade de vacinas, que têm de se confirmar".

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Ministra confirma: escolas serão as primeiras a reabrir assim que começar o desconfinamento

Por terem sido as últimas a fechar, o governo considera que têm de ser as "primeiras infraestruturas a abrir". No entanto, Mariana Vieira da Silva, ministra do Estado e da Presidência, diz que ainda é cedo para se começar a pensar nisso.

Unsplash

Ainda não é certo quando é que se poderá começar a pensar num desconfinamento, mas sabe-se que as escolas serão as primeiras a abrir. A confirmação foi dada este sábado, 20 de fevereiro, por Mariana Vieira da Silva, ministra do Estado e da Presidência. Esta intenção já tinha sido, aliás, manifestada por vários membros do governo de António Costa, inclusive pelo próprio ministro da Educação.

"Não é por acaso que se procurou evitar o encerramento das escolas até ao limite do possível e que o governo também já disse que é precisamente pelas escolas que recomeçará o desconfinamento", garantiu Mariana Vieira da Silva no fórum promovido pela Juventude Socialista no qual participou, citada pelo jornal "Público".

No entanto, Viera da Silva ressalva que ainda é cedo para se pensar num desconfinamento e que, por isso, ainda não será para já. "Parece-nos prematuro falar, para esta próxima quinzena, de desconfinamento e, nomeadamente, em matéria de escolas.

Já no início de fevereiro, Tiago Brandão, ministro da Educação, tinha manifestado a ideia de que num contexto de desconfinamento gradual, seriam as escolas as primeiras a abrir. "As escolas foram as últimas a fechar e têm de ser das primeiras infraestruturas a abrir."

"Não queremos normalizar o ensino à distância. O local de ensino privilegiado é a sala de aula, sobretudo para os mais pequenos. Nada substitui o ensino presencial. Por muito que existam computadores, pais dispostos a ajudar os alunos e disponibilidade das escolas, nenhum de nós está ciente de que o ensino à distância pode substituir o ensino presencial", adiantou, citado pelo mesmo jornal.

No boletim epidemiológico deste sábado, 20, Portugal registava mais 75 mortes e 1570 novos casos de infeção em Portugal. @ Sapo