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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

sociedade: resultados do inquérito nacional sobre bullying

Nuno Ferreira Santos

Quase 6% dos jovens entre os 11 e os 18 anos que participaram num inquérito nacional realizado em escolas portuguesas afirmaram já ter sido vítimas de bullying. No total, são 1.837 alunos num universo de 31.133 inquiridos, o que representa 5,9% do total. Os dados, divulgados pela ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, revelam ainda que a maioria das vítimas são raparigas, enquanto os agressores são, na sua maioria, rapazes.


Segundo Margarida Balseiro Lopes, a percentagem de jovens que se identificam como vítimas de bullying nas escolas portuguesas é preocupante, sobretudo quando comparada com estudos internacionais. “Inquéritos similares realizados na Finlândia, no Japão ou na Dinamarca apontam para índices à volta dos 2%”, sublinhou a ministra, destacando a necessidade de reforçar estratégias de prevenção e intervenção no contexto escolar.

Entre os dados do inquérito, há ainda um padrão relevante no que diz respeito à evolução da prática do bullying e do cyberbullying ao longo das idades. “O bullying vai diminuindo à medida que a idade dos alunos avança, já o cyberbullying aumenta à medida que a idade sobe”, referiu Balseiro Lopes. A ministra acredita que este crescimento do assédio virtual entre os mais velhos está relacionado com a maior exposição dos jovens às plataformas digitais à medida que crescem.

De entre as recomendações estratégicas para combater o fenómeno, destaca-se a distribuição pelas escolas de quatro tipos de panfletos dirigidos a diferentes públicos – professores, assistentes operacionais, alunos e pais –, com o objetivo de esclarecer o fenómeno, identificar sinais de alerta e orientar cada grupo sobre como agir perante uma situação de bullying. 

“O forte crescimento do cyberbullying, impulsionado pelo anonimato digital, a rápida viralização de conteúdos e a ausência de mecanismos céleres de remoção, expõe as vítimas a um ciclo de violência prolongado e de difícil controlo”, destaca-se num sumário executivo do relatório. Adaptado daqui

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