A cerimónia decorreu no Salão Nobre dos Paços do Conselho, no Porto.
Ilídio Pinho, presidente da Fundação Ilídio Pinho, exortou a capacidade de liderança enquanto general e, mais tarde, como o "primeiro presidente democraticamente eleito pelos portugueses". "Foi o homem que mais poder teve nas mãos e mais poder soube distribuir. Tem a máxima autoridade", reconheceu.
Durante o discurso, o general Ramalho Eanes mostrou-se sensibilizado com a distinção, mas frisou que “não merecia homenagens”. O antigo presidente da República vincou que não aceitou o valor pecuniário de 100 mil euros associado ao prémio, que considerou uma "atribuição excessivamente generosa". “Desde muito cedo vi morrer homens em combate pelo país e com a pátria financeiramente pobre tratava os seus descendentes. Prometi a mim mesmo que nunca receberia mais proventos dos que me eram devidos pela minha atividade”, referiu, antes de falar sobre o que é ser português.
O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, presidiu à entrega do prémio e notou que “há pessoas maiores do que o seu tempo” e referiu que a palavra de Ramalho Eanes foi “sempre escutada por ser um exemplo maior de cidadania”, observando que o país "deve muito" ao antigo presidente.
O prémio Ilídio Pinho premeia personalidades que trabalhem na promoção, divulgação e defesa dos valores da portugalidade. Fonte: JN
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