Um baixo rendimento escolar de uma criança - na grande maioria das vezes - dá-nos muito mais informação do que apenas a indicação de que existem dificuldades de aprendizagem.
Todos
nós gostamos que as crianças
sejam capazes de ter um bom rendimento escolar. As boas notas na escola
deixam-nos sempre de coração mais descansado e servem muitas
vezes de bússola para o bem-estar global de
uma criança.
E a verdade é que, muitas vezes, é a
quebra do rendimento escolar, a falta de capacidade de concentração
ou a falta de motivação para a escola, por exemplo, que
funcionam como sinais de alerta de que alguma coisa não
está bem no funcionamento global
da criança.
Quando este cenário se dá,
ficamos por fim, mais alertas, no entanto, nem sempre conseguimos chegar à real
necessidade da criança. Regra geral, optamos por
investir cada vez mais academicamente, com explicações
e apoio ao estudo, por vezes, a necessidade da criança é de
estimulação cognitiva e, por isso, a
dificuldade escolar acaba por se esbater. No entanto, são
muitos os casos, em que mesmo após todo este investimento
cognitivo, as dificuldades escolares parecem permanecer e nunca se
desbloquearem.
E é aí que
temos a prova de que precisamos de olhar para a criança
em toda a sua globalidade e perceber o que de facto está a
contaminar a sua capacidade de obter bons resultados. Sendo que para essa análise
importa olhar para a dinâmica familiar, para a forma como
a criança lida com as suas emoções,
para a sua capacidade de tolerar a frustração e para as suas relações
sociais.
Por muito que possa não parecer, quando falamos de rendimento escolar, todas estas áreas contribuem para o sucesso ou para o insucesso de uma criança. E, por isso mesmo, um baixo rendimento escolar de uma criança - na grande maioria das vezes - dá-nos muito mais informação do que apenas a indicação de que existem dificuldades de aprendizagem. Fonte: Sapo (um artigo das psicólogas clínicas Cátia Lopo e Sara Almeida, da Escola do Sentir)
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