Muitas das doenças transmitidas por vetores (DTV), como a malária, têm estado limitadas a regiões específicas, mas em Portugal já existem duas espécies destes mosquitos transmissores. De acordo com o 3.º estudo do Projeto Saúdes, lançado no passado dia 25 de outubro, 64% das pessoas não sabe deste facto.
Atenta
às alterações climáticas e ao seu impacto na saúde, a Médis alerta para a
presença de duas variedades de mosquitos que podem introduzir doenças como a
dengue, malária ou zica no país. Devido ao aumento da temperatura e da humidade
do ar, está a existir uma propagação de novos organismos que transmitem doenças
infeciosas entre os seres humanos ou de animais para humanos, que até então
estavam confinados a países tropicais.
As ondas de calor e os dilúvios severos, aliados aos verões cada
vez mais longos e quentes sentidos na Europa estão a ser tendência, modificando
os habitats naturais
dos vetores (maioritariamente insetos). Em Portugal, além da descoberta destas
duas estirpes, já está a existir uma habituação, causando a sua expansão
geográfica em várias zonas do país.
Contudo, cerca de 64% dos portugueses não têm conhecimento da
presença destes dois mosquitos em território nacional. Estas conclusões são do
estudo independente “Riscos Climáticos e a saúde dos Portugueses: Futuro(s) por
imaginar e construir”, realizado pela Return on Ideas (ROI).
“Num mundo em constante transformação, a Médis e o Grupo Ageas Portugal assumem o compromisso de não apenas proteger, mas também de informar. Com informação, a Sociedade pode tomar decisões muito mais conscientes. As alterações climáticas representam uma realidade inegável e é essencial reconhecer que o aumento da temperatura não só altera paisagens, mas também ameaça a saúde global de todos os portugueses”, afirma Maria do Carmo Silveira, responsável de Orquestração Estratégica do Ecossistema de Saúde do Grupo Ageas Portugal.
Uma DTV é uma doença humana, causada pela transmissão de parasitas, bactérias ou vírus através da picada ou mordida de um vetor, que engloba várias doenças, como dengue, malária ou zica. Os vetores são organismos vivos – carraças, mosquitos e outras moscas -, que transmitem um microrganismo patogénico (com capacidade de causar doença) entre humanos, de animais para humanos, de humanos para animais, ou entre animais.
Apesar
da abundância de uma população de um tipo de mosquitos não determinar, por si,
a existência de doenças, quando estas espécies são instaladas em grande
quantidade numa região, passa a ser possível que pessoas contaminadas que sejam
picadas por mosquitos, e transmitam a doença a outras pessoas. Assim, com a
introdução destes dois insetos transmissores de doenças como a febre amarela,
em Portugal, é possível que existam surtos destas patologias no país.
Agricultores, veterinários, caçadores e técnicos ambientais têm
mais probabilidade de desenvolver as doenças pelo maior contacto ou exposição.
E as crianças, idosos e pessoas imunocomprometidas (ex., por HIV, quimioterapia
ou transplantes) que contraiam o vírus são mais propensos a desenvolver doenças
graves.
Mais informações e conclusões do estudo disponíveis em Saúdes (saudes.pt). Fonte: Sapo
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