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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

LER e VER: as sugestões do CRESCER


Às sextas-feiras o CRESCER tem vindo a fazer sugestões de LER, VER, OUVIR e JOGAR, pelas mãos dos seus colaboradores. Hoje, porque os nossos jovens estão "de férias", a equipa responsável avança com uma proposta de LER e VER.


O "Memorial do Convento" de José Saramago é a obra escolhida para ser lida e analisada no final do 12º ano, na disciplina de Português. 

Para além desta obrigatoriedade para os alunos desse nível de ensino, sabemos bem que há muitos seguidores nossos que apreciam a obra de José Saramago e que gostam sempre de saber um pouco mais.

Então, para ajudar quem tem essa obrigação de ler e para todos os que apreciam LER e VER Saramago, aqui fica um breve documentário (de 35' 25'') sobre a vida e obra do autor que conseguiu o único Prémio Nobel para a nossa Literatura. 

Este é o link em que devem clicar para poderem ver o documentário:  

https://ensina.rtp.pt/artigo/memorial-do-convento-de-jose-saramago/

Fiquem em casa. É tempo de LER e VER para saber mais. 


Marcelo Rebelo de Sousa reconhece que confinamento poderá durar até março


Estado de emergência

O Presidente da República avisa que é preciso travar a escalada da pandemia já. Marcelo Rebelo de Sousa diz que temos de estar preparados para períodos de confinamento e de suspensão do ensino presencial mais longos do se esperava e sublinha que, o que acontecer nas próximas semanas, pode determinar o verão e até mesmo o próximo outono.@ RTP

ensino à distância arranca dia 8 de fevereiro

O Ensino à Distância (E@D) arranca dia 8 de fevereiro.

de José António Fundo

Para compensar o tempo de "férias", haverá aulas nos três dias de Carnaval, em dois da interrupção Páscoa e haverá mais uma semana no fim do ano letivo. 

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

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303 mortos

16. 432 novos casos

Presidente da República propôs novo estado de emergência até 14 de fevereiro

 A esta hora,  o Parlamento discute a renovação do estado de emergência.

Este é o décimo diploma do estado de emergência que Marcelo Rebelo de Sousa submete ao parlamento no atual contexto de pandemia de covid-19, e é discutido e votado pelos deputados na quinta-feira à tarde.
O Presidente da República propôs ao parlamento a renovação do estado de emergência por mais quinze dias, até 14 de fevereiro, para permitir medidas de contenção da covid-19.
"Depois de ouvido o Governo, que se pronunciou esta noite em sentido favorável, o Presidente da República acabou de enviar à Assembleia da República, para autorização desta, o projeto de diploma que renova o estado de emergência por quinze dias, até 14 de fevereiro de 2021, permitindo adotar medidas necessárias à contenção da propagação da doença covid-19", lê-se numa nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet.
Este é o décimo diploma do estado de emergência que Marcelo Rebelo de Sousa submete ao parlamento no atual contexto de pandemia de covid-19, e será discutido e votado pelos deputados na quinta-feira à tarde.
De acordo com a Constituição, cabe ao chefe de Estado decretar o estado de emergência, mas para isso tem de ouvir o Governo e de ter autorização da Assembleia da República.
O atual período de estado de emergência termina às 23:59 do próximo sábado, 30 de janeiro, e foi aprovado no parlamento com votos favoráveis de PS, PSD, CDS-PP e PAN, uma maioria alargada face às votações anteriores.
O BE voltou a abster-se e PCP, PEV, Chega e Iniciativa Liberal mantiveram o voto contra este quadro legal, que permite a suspensão do exercício de alguns direitos, liberdades e garantias e só pode vigorar por quinze dias, sem prejuízo de eventuais renovações. @ Jogo

governo diz-se comprometido em levar escola virtual a todo o país

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, disse hoje que o Governo está comprometido em levar a escola virtual a todo o território, salientando, no entanto, que o ensino terá de ser sobretudo presencial.

António Pedro Santos / Lusa

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, disse que o Governo está comprometido em levar a escola virtual a todo o território, salientando, no entanto, que o ensino terá de ser sobretudo presencial.
“O governo está muito comprometido nesta matéria para ter condições para a escola virtual, mas a escola tem de ser sobretudo presencial porque senão as assimetrias acentuar-se-ão”, disse a ministra.
“A escola virtual é apenas um instrumento da escola, que deve ser presencial”, sublinhou Ana Abrunhosa.
A ministra da Coesão Territorial respondia assim à questão do socialista João Azevedo que lembrou o impacto da pandemia nas famílias, sobretudo com o encerramento presencial dos estabelecimentos de educação.
“Torna-se mais vital que nunca o acesso generalizado dos alunos à escola virtual. Pergunto se será por isso cumprido o acesso virtual a todo o país, dotando as famílias por um lado, de portáteis e acesso à ‘net’ e, por outro, conceber uma rede de distribuição que permita o acesso generalizado e em condições a todos por mais recôndita que seja a sua morada no interior do país”, disse João Azevedo.
A atividade letiva de todos os graus de ensino está interrompida por um período de 15 dias no continente, a contar desde o dia 22 de janeiro, uma medida decretada pelo Conselho de Ministros devido à disseminação da variante do SARS-CoV-2 que veio do Reino Unido, mais contagiosa.
O atual período de estado de emergência para permitir medidas de contenção da covid-19 termina às 23:59 do próximo sábado, 30 de janeiro. @ Sapo

Entretanto, a esta hora, o Parlamento discute a renovação do estado de emergência.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

não deixem o vírus entrar

Todos conhecemos e nos preocupamos com alguém que é mais vulnerável, certo? Vejam e revejam o vídeo.

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293 mortos

15. 073 novos casos

visão dos portugueses piora com o confinamento

 Mais ecrãs e menos saúde

A base de subscritores dos serviços de streaming multiplicou-se no último ano, bem como o número de visualizações de plataformas como o YouTube, mas a que custo? Um estudo elaborado pela Essilor Portugal, entre Setembro e Novembro de 2020, mostra que o confinamento tem um impacto negativo na visão.
Mais horas em frente aos ecrãs e dispositivos digitais (computadores e telemóveis, por exemplo), seja devido ao teletrabalho ou por motivos de lazer, fazem com que a saúde ocular dos portugueses esteja a piorar. Quase metade da população (44,2%) refere perda na acuidade visual no último ano.
Segundo o estudo “Ver-se Bem”, com coordenação do oftalmologista José Salgado Borges, 29% dos inquiridos revela que a sua visão piorou de forma geral desde o início do período de confinamento.  Metade afirma usar equipamentos digitais mais de cinco horas por dia e um terço dos participantes garante ter estado em frente a um ecrã mais de oito horas por dia ao longo do último ano.
Além disso, nove em cada 10 diz ter passado um mínimo 3 horas por dia a olhar para a televisão ou computador, por exemplo. “Este aumento do número de horas de exposição tem efeitos directos na saúde visual, nomeadamente no desenvolvimento e agravamento de miopia e outros problemas oculares”, indica a Essilor.
Visão mais desfocada (44,8%), impacto da claridade do dia ao sair à rua (59%) e irritação ocular (40%) são alguns dos principais problemas apresentados. Entre quem já usa óculos, nota-se ainda outro motivo de desconforto: 76% sentiu o incómodo gerado pelo embaciamento das lentes devido ao uso de máscara de protecção individual.
«A pandemia veio sublinhar a importância da saúde nas nossas vidas e a saúde visual não é excepção. No novo confinamento é importante que as pessoas se informem com um profissional sobre como melhor proteger a sua saúde visual», sublinha Alberto Silva, director de Saúde Visual da Essilor Portugal: .
Já José Salgado Borges lembra como é fundamental ter mais atenção e fazer o exame oftalmológico de forma a identificar precocemente possíveis doenças oculares antes que evoluam para estados irreversíveis. «Os seus olhos são a sua melhor ferramenta, cuide deles.». @ Sapo

procura por psicólogos dispara 450%

Problemas de stress são os mais reportados

A procura de psicólogos disparou 450% nos primeiros 15 dias de janeiro, comparativamente ao mesmo período do ano passado. A conclusão é de um estudo realizado pela ‘Fixando’, que contou com a participação de 14.300 utilizadores da sua plataforma online, entre os dias 22 e 24 de janeiro.
A pesquisa revela que 38% dos portugueses considera que o novo confinamento terá um impacto muito negativo na sua saúde mental, com 31% a admitir que procura ajuda através de serviços de psicologia (psicólogos, life coaches e psicoterapeutas) para lidar com o impacto do confinamento.
O principal problema reportado nos pedidos de ajuda, e que causa maior impacto na saúde mental dos inquiridos é o stress, relatado em 41% dos participantes. Segue-se a incerteza quanto ao futuro (40%); a instabilidade financeira (31%); e o medo de perder familiares/Amigos por Covid-19 (29%).
Também o receio de contagiar alguém é reportado por 24% dos portugueses, bem como o desemprego (22%); o medo de contrair Covid-19 (19%) e ainda a educação das crianças (11%). Neste último ponto, 64% dos inquiridos considera que os mais novos são muito prejudicados com encerramento das escolas.
Nesta matéria, a pesquisa indica que 57% fica em casa com os filhos; 27% encaminha-os para casa de familiares durante o período laboral e 14% vê-se obrigado a deixar as crianças sozinhas.
Sobre os planos para combater o novo confinamento, 23% fala em aprender algo novo, 15% diz que vai descansar, 13% menciona a prática de exercício físico,  9% diz renovar espaços em casa e 8% aposta na formação online.
Por último, numa perspetiva geral, 80% dos portugueses concordam com o novo confinamento, sendo que 33% consideram que deve durar um mês, 19% dois meses, 16% apenas 15 dias e 14% um mês e meio. @ Sapo

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Escola Digital: Ministério da Educação garante que mais 335 mil computadores chegam às escolas até março

Até final do segundo período vão chegar às escolas 335 mil computadores para serem distribuídos junto dos alunos mais carenciados.


A entrega de computadores, acesso à internet e outros acessórios relacionados, a título de empréstimo, está prevista no programa Escola Digital, e o Ministério da Educação garante que mais 335 mil equipamentos vão chegar às escolas até final do 2º período, em março, escreve hoje o Público. O jornal diz também que o número é suficiente para todos os alunos carenciados, a quem foi dada prioridade na distribuição, juntando-se aos 100 mil que já tinham sido entregues até final do primeiro período.
Tiago Brandão Rodrigues tinha anunciado em conferência de imprensa na passada quinta feira que este lote de os computadores já tinham sido comprados no âmbito do programa Escola Digital, numa altura em que existe uma grande procura internacional, e deu até o exemplo de Espanha que tentou fazer uma grande aquisição, mas sem sucesso.
Com o agravamento da situação da pandemia, o Governo decidiu encerrar as escolas de todos os graus de ensino durante duas semanas, não colocando para já como alternativa o ensino à distância, que foi usado no ano passado na primeira fase de confinamento. O Ministro da Educação garantiu que a digitalização das escolas está a avançar mas que nada substitui o ensino presencial, embora referindo que a situação vai ser reavaliada depois de 8 de fevereiro, data até à qual estão suspensas as aulas.
A compra de computadores para os alunos carenciados é uma das medidas previstas pelo Governo no âmbito da Escola Digital, que reservou  400 milhões de euros para a iniciativa que reforça os equipamentos e a formação digital nas escolas. Prevê-se a entrega de computadores a alunos abrangidos por apoios no âmbito da Ação Social Escolar, iniciando-se com os alunos do escalão A que frequentam o ensino secundário, priorizando aqueles que não têm acesso a equipamentos eletrónicos em casa.
O programa prevê um Kit que inclui um computador portátil, auscultadores com microfone, uma mochila, um hotspot e um cartão SIM para ligação à rede móvel (pressupondo uma utilização responsável de dados móveis). Há 3 tipos de computadores para os diferentes graus de ensino.
Os equipamentos são cedidos a titulo de empréstimo e os encarregados de educação, ou alunos maiores de idade, têm de assinar um Auto de Entrega e responsabilização pela manutenção do equipamento.
No âmbito do programa está prevista também a formação de professores e a digitalização dos manuais escolares, completando uma estratégia que pretende reforçar um ensino com mais recurso às ferramentas eletrónicas. @ Sapo

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291 mortos

10.765 novos casos

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Marcelo Rebelo de Sousa reeleito Presidente da República

 

foto de José Sena Goulão / LUSA

Resultados finais:

Marcelo com 60,7%,  Ana Gomes com 12,97% e André Ventura com 11,9%.

João Ferreira com 4,32%, Marisa Matias com 3,95%.

Tiago Mayan Gonçalves com 3,22% e Vitorino Silva com 2,94%.

Abstenção recorde de 60,5%.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

fique em casa


sobre o boletim de voto

boletim de voto


As eleições presidenciais vão realizar-se já neste domingo, dia 24 de janeiro. São sete os candidatos que se encontram na corrida para Belém, mas no boletim de voto vai encontrar oito. Isto porque que um dos candidatos, que é logo o primeiro da lista, não se qualificou e acabou por ser incluído na versão final do documento.

Os boletins foram impressos antes de estar finalizada a regularização da situação dos candidatos, o que acabou por não acontecer no caso de Eduardo Baptista, que não entregou assinaturas suficientes. Assim, este encabeça o boletim, mas se fizer uma cruzinha junto da sua fotografia vai contar como voto nulo.

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 234 mortos

13. 987  novos casos

Portugal, pior país do mundo  em casos/milhão de habitantes

JOGAR: as sugestões do Daniel

 “As pessoas não se importam como funciona! Apenas SE funciona”


Será que realmente estamos seguros na internet? Será que devemos confiar nas grandes empresas? Será que nós temos realmente liberdade de informação? Estes temas foram e ainda são alvo de debate especialmente devido a algumas ações tomadas por grandes empresas.

No dia 27 de Maio de 2014 a Ubisoft lançou um jogo com o tema de Cibersegurança onde nos três jogos controlamos ativistas hackers (“Hacktivists”) que lutam contra as empresas que se aproveitam de informações privadas dos seus utilizadores para ganhar a sua custa. Apesar de atualmente (em 2021) já terem sido lançados três jogos, aqui vou apenas abordar o segundo jogo, já que pessoalmente acho o mais interessante.

Watch Dogs 2 foi lançado em Novembro de 2016 para PC, PlayStation 4, Xbox One e Google Stadia. O jogo coloca-nos na perspectiva de um membro da “DedSec”, um grupo de Hacktivists que tem como objetivo expor corrupção pelo mundo afora. O grupo defende e luta pela liberdade de expressão, direitos humanos e principalmente pela liberdade de informação. A "DedSec" também é conhecida por incentivar manifestações pacíficas, invadir canais de televisão para passar os seus anúncios, e utilizar grafites como um meio de tentar atrair mais seguidores. O jogo passa-se em São Francisco e o personagem principal da história é Marcus Holloway, é um rapaz que por causa de um sistema falho criado pela Blume (uma empresa fictícia responsável por criar o ctOS, a infraestrutura tecnológica de São Francisco e Chicago), foi considerado “perigoso”. Ao tentar impedir que Blume crie mais problemas, ele se junta a Wrench, Sitara, Horatio e Josh, membros da DedSec. Ao contrário dos outros dois jogos, Watch Dogs 2 tem uma história e uma ambientação bem mais viva e humorística, o que apesar de algumas pessoas não gostarem, trouxe muitos mais fãs para a franquia. O jogo foi bastante capaz comparado ao primeiro jogo corrigindo alguns erros e adicionando novas mecânicas como a capacidade de utilizar drones, tasers e armas de ar, corridas de karts e muito mais.

A Ubisoft também foi bastante criativa ao esconder OST 's (Soundtracks oficiais) e outras coisas dentro dos ficheiros do jogo. Um dos seus exemplos é a OST que toca enquanto perseguimos o Hacker e DJ defalt durante o primeiro jogo.

No geral acredito que seja um jogo bastante divertido e fez um bom trabalho a incentivar as pessoas a pesquisar mais sobre a segurança digital e a interagir mais com este “mundo” novo.

“A DedSec mostrou-vos a verdade. Façam o que entenderem…”

 Por último, aqui está um vídeo feito por mim que mostra um pouco mais sobre o jogo:

 Mais uma vez, obrigado por acompanharem mais uma rubrica do jornal CRESCER, e não se esqueçam, joguem, leiam, ouçam, vejam e, principalmente, divirtam-se!

Daniel Barbosa (texto e vídeo), aluno de 12º ano

JOGAR: as sugestões do João

 Sonic Robo Blast 2 - Num universo diferente...


1998. A consola corrente da Sega é a Saturn (mesmo que seja por pouco tempo), consola essa que teve problemas de competição no mercado, com a Nintendo 64 e especialmente a primeira Playstation. Um dos (vários) defeitos da Saturn foi a falta de um jogo 3D da sua mascote. A Nintendo tinha o Mario, a Sony criou o Crash Bandicoot, e a Sega tinha o Sonic. No entanto, o desenvolvimento desse jogo foi um desastre e teve de ser cancelado. Isso entristeceu vários fãs, em particular dois que formaram uma equipa chamada de Sonic Team Junior. Este grupo tinha indivíduos que já tinham feito jogos sobre o Sonic, como Sonic Robo Blast
, um jogo primitivo de plataforma, e Sonic Doom, conteúdo adicional para o Doom 2. Com esta experiência, decidem fazer um jogo ao estilo do Sonic, com base no Doom 2. Pois, se é preciso uma boa base para um jogo de plataforma, usa-se um shooter de primeira pessoa…

Várias alterações ao longo de mais de 20 anos (!) resultaram na nova versão do jogo, a 2.2, com novos níveis, personagens, efeitos visuais, entre outras melhorias. Fim da lição de história, como é o jogo por si mesmo?

 

Bem, para um jogo derivativo, contém amplo conteúdo original e uma jogabilidade simples de entender, mesmo para um jogo que utiliza o teclado e rato. Cada personagem no jogo tem características especiais que se integram perfeitamente no design dos níveis, melhor até do que certos jogos da série original. Existem emblemas para colecionar, que desbloqueiam novos níveis, e medalhas que dão acesso a níveis especiais, fazendo referência a outra série da Sega. Este jogo também beneficia da flexibilidade dos jogos Doom, o que significa que é fácil criar os nossos próprios níveis, personagens, modificações ao comportamento do jogo, entre outros.

Mas acima de tudo, este jogo mantém o aspeto retro de forma incrível, com níveis sempre poligonais e as personagens apenas com imagens bi-dimensionais. Para muitos, este jogo é o que devia ter sido lançado pela Sega para combater os jogos equivalentes da altura, como o afamado Super Mario 64, e apesar de pessoalmente achar que tal pedido seria extremamente difícil de executar (relembro-vos que este jogo tem 22 anos de desenvolvimento, não os meses que a Sega teria para criar este jogo), consigo concordar que este jogo teria sido revolucionário para a altura. E a melhor parte é que, com as alterações corretas, este jogo pode mesmo parecer saído dos anos 90.

Concluindo, este jogo não só mostra o que podia ter sido, mas também o poder que os fãs de uma série podem ter, especialmente considerando que este jogo não só foi a génese dos jogos de Sonic feitos por fãs, mas para alguns, ainda é o ápice da mesma.

 Site oficial do jogo

Obrigado por acompanharem mais uma rubrica do jornal CRESCER, e não se esqueçam, joguem, leiam, ouçam, vejam e, principalmente, divirtam-se!

João Mendonça, aluno de 12º ano

interrupção de 15 dias de aulas vai ser compensada nas férias de Carnaval, da Páscoa e do verão


"Estes 15 dias vão ser compensados no que era a interrupção letiva do Carnaval, no que restava da interrupção letiva da Páscoa e também com uma semana no final do ano letivo. Assim conseguimos compensar estes 15 dias", informou Tiago Brandão Rodrigues, Ministro da Educação.

A medida é anunciada no mesmo dia em que o Primeiro Ministro, António Costa, anunciou após reunião extraordinária do Conselho de Ministros que as escolas em todo o país irão encerrar por todo o país a partir de hoje e durante 15 dias, não havendo a compensação com aulas à distância. @ Sapo

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

"Anjos secretos": 30 artistas portugueses homenagearam os profissionais de saúde

Trinta artistas de países lusófonos reuniram-se, virtualmente, para gravar o videoclipe da canção Anjos Secretos, composta por Francis Hime e pelo fadista Jorge Fernando em homenagem aos profissionais de saúde do todo o mundo, que estão na linha da frente da luta contra a Covid-19. Com direção de Paulo Mendonça, o vídeo foi realizado exclusivamente com gravações feitas através de smartphones.

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221 mortos

13. 544 novos casos


decisão tomada

 

Aulas interrompidas durante 15 dias sem ensino à distância*

Interrupção será compensada no calendário escolar. 

Os pais receberão 66% do seu vencimento, caso não estejam em teletrabalho. 

Universidades podem ter de reajustar calendário de exames. 

Primeiro Ministro António Costa justifica recuo com forte crescimento da estirpe britânica, que é mais transmissível.


* O que é feito do plano para a transição digital? Os alunos do ensino secundário (regular e profissional) não podiam ter aulas à distância?

"Decisão deve ser tomada nas próximas horas”


A partir de Bruxelas, António Costa confirmou que falou com o Presidente da República e comentou os números do dia, considerando-os particularmente dramáticos e demonstrativos da gravidade da situação que existe no país”, mas admitindo que “é cedo para tirar conclusões finais sobre as medidas” tomadas pelo Governo. “É sabido que entre o momento em que se toma as medidas e elas produzem efeito há pelo menos duas semanas.”

Ontem, no Parlamento, já depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter falado na necessidade de dar “um sinal político”, pondo a hipótese de encerrar escolas, o primeiro-ministro deixou a porta aberta a tal solução. “Se soubermos que a estirpe inglesa se tornou dominante em Portugal, teremos muito provavelmente de fechar as escolas”, garantiu. @ PÚBLICO

OMS diz que pode ser preciso reforçar medidas nas escolas secundárias

 A Organização Mundial de Saúde avisou hoje, numa atualização informativa semanal, que poderá ser necessário reforçar as medidas nas escolas secundárias. Apesar de ainda não existir uma resposta certa, estudos indicam que adolescentes entre os 16 e os 18 anos podem ser tão transmissíveis como os adultos. O aparecimento de novas variantes do vírus mais transmissíveis será também um fator a ter em conta.

JOSÉ COELHO/LUSA

A Organização Mundial da Saúde (OMS) avisou hoje que pode ser preciso reforçar nas escolas secundárias as medidas contra a pandemia de covid-19, na medida em que os adolescentes de 16 a 18 anos transmitem o vírus mais rapidamente do que os mais novos.

Numa atualização informativa semanal, a OMS diz que os adolescentes entre os 16 e os 18 anos transmitem o vírus “tão frequentemente quanto os adultos e mais prontamente do que crianças mais novas” e acrescenta ainda que foram relatados mais surtos nas escolas secundárias do que nas primárias.

“Em particular, os adolescentes mais velhos devem ser lembrados para limitarem o risco de exposição fora dos ambientes escolares, evitando situações de alto risco, incluindo espaços lotados, de contacto próximo e mal ventilados”, refere a nota.

A OMS cita estudos que sugerem que as crianças menores de dez anos são menos suscetíveis e infeciosas do que as mais velhas e aponta uma investigação na Noruega, entre agosto e novembro de 2020, que encontrou “transmissão muito baixa de criança para criança e de criança para adulto em escolas primárias (crianças de cinco a 13 anos) que tinham medidas de prevenção e controle de infeção em vigor”.

“Estudos de carga viral sugerem que as crianças com sintomas carregam tantos vírus no nariz, boca e garganta quanto os adultos, mas por períodos mais curtos, com pico de carga viral respiratória logo após o início dos sintomas, seguido por um rápido declínio”, explica a OMS .

Nas escolas, a OMS aponta também a dados recolhidos no Reino Unido relativos à Grã-Bretanha e Irlanda do Norte que sugerem que a transmissão do novo coronavírus entre o pessoal operacional era mais comum, entre funcionários e alunos menos comum e de aluno para aluno era ainda menos frequente.

No entanto, sublinha que há “poucas evidências” de que os funcionários das escolas corram um risco maior de infeção quando estão no ambiente escolar do que a restante população adulta.

“Na verdade, os dados de vigilância nacional do Reino Unido indicam que os funcionários das escolas correm menor risco de infeção em ambientes escolares, quando comparados à população adulta em geral”, refere a OMS.

A organização cita ainda um outro estudo, abrangendo 57 mil cuidadores em creches nos Estados Unidos da América, que concluiu que “não havia risco aumentado de infeção” para os funcionários.

Assim, a OMS reconhece que as evidências sobre o efeito do encerramento de escolas para reduzir a transmissão do vírus na comunidade são inconclusivas e, deste modo, diz que o aparecimento de novas variantes mais transmissíveis do novo coronavírus precisará de uma análise adicional, por sexo e idade, para se medir como estas novas estirpes afetam as crianças. Contudo, refere ainda que, se se provar que as crianças são mais afetadas, “as medidas de saúde pública podem precisar de ser adaptadas”. @ Sapo

"Sabemos agora, meus amigos, que a democracia prevaleceu".

 

Faltavam alguns minutos para as 12:00 locais quando Joe Biden, de 78 anos, colocou a mão sobre uma edição da bíblia de 1893, para jurar defender a Constituição, perante o presidente do Supremo Tribunal, John Roberts, e perante o olhar de Kamala Harris, que minutos antes tinha tomado posse como sua vice-Presidente. 

Biden afirmou: "Este é o dia da América, o dia da democracia, um dia de história e de esperança".

O novo Presidente lembrou que os Estados Unidos enfrentam "um aumento do extremismo político, da supremacia branca, do terrorismo doméstico, que devemos enfrentar e iremos derrotar".

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

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219 mortos

14.647 novos casos 


"Este não é o momento da política nem de jogos políticos."

Para ler e refletir.

(Do you speak english, Mr Virus?)

Miguel Guimarães (bastonário da Ordem dos Médicos) afirma que este é o momento da ciência, em que é preciso seguir as dos epidemiologistas, defendendo o encerramento das escolas. "Este é, claramente, o momento da ciência. Este não é o momento da política nem de jogos políticos. Na verdade, no que diz respeito concretamente às escolas, já existem vários estudos, até feitos em Portugal. Por exemplo, o professor Carlos Antunes que é um matemático, um investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, divulgou um estudo em que se mostra claramente que, a partir dos 12 anos e nas universidades, a incidência da infeção é elevada e tem vindo sempre a aumentar durante estes dias", sustenta. TSF

O nosso Ministro da Educação é um homem da ciência. 

Tiago Brandão Rodrigues concluiu a licenciatura em Bioquímica pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (…) realizou investigação científica na Universidade de Dallas e no Instituto de Investigações Biomédicas do Conselho Superior de Investigações Científicas, em Madrid (…) Doutoramento em Bioquímica, especialidade de Biofísica Molecular, pela Universidade de Coimbra (…) dedicou-se ao estudo do metabolismo cerebral em doenças neurodegenerativas, tendo a sua tese sido galardoada com o Prémio António Xavier (…) foi investigador na área da oncologia no Cancer Research UK da Universidade de Cambridge, estando igualmente associado ao Corpus Christi College. (…)  membro de várias sociedades científicas internacionais, publicou dezenas de artigos em livros da especialidade e em importantes revistas científicas internacionais (…) British Prize da Sociedade Internacional de Ressonância Magnética em Medicina (…) Integrou a direção da PARSUK (…) desenvolveu trabalho na área da comunicação em ciência. Ministro da Educação do 22º Governo Constitucional

Já leram? Agora, reflitam.


Covid-19: pressão para encerrar escolas é cada vez maior

 

Pedro Fiúza/NurPhoto via Getty Images

O cenário inclui alunos em protesto, pais que não deixam os filhos ir às aulas, professores preocupados com o risco de contágio à sua volta e médicos a insistir que só encerrando os estabelecimentos de ensino é possível travar o contágio.

“Sei que é prejudicial não irem às aulas, mas uma pessoa tem de equacionar os riscos e eu não me sinto segura, mesmo levando-as de carro”. Quem fala assim é mãe de duas jovens, uma a frequentar o ensino universitário e a outra no 12º ano, a viverem na zona de Lisboa, e que desde a semana passada decidiu restringir as entradas e saídas lá de casa. “Eu já estava em casa, elas vão ao essencial: aulas práticas, no caso da mais velha, e testes ou aulas de revisão para a mais nova. Não quero prejudicá-las, mas também não quero apanhar o vírus”, diz esta mãe, que pede para não ser identificada – embora saiba que não está sozinha na sua decisão, como também conta à VISÃO outra mãe de duas raparigas, a frequentarem o 6º e o 12º ano, numa escola em Odivelas. “Não percebo que as medidas não sejam iguais às de março, encerrando igualmente as escolas. Ou vão continuar a andar milhares de pessoas a circular…”, prossegue, a confessar que vive com o coração nas mãos. “Sei que é uma medida drástica, mas não vejo outro modo…”.

Não são casos raros, garantem, nem estão sozinhas na sua apreensão quanto à situação da pandemia no país – num dia que começou com um protesto singular à porta de uma escola, desta feita promovida pelos alunos da Escola Secundária Padre António Vieira, em Lisboa, a erguerem cartazes e a gritarem bem alto: “Saúde em primeiro lugar, as escolas têm de fechar.”

“A grande questão é que esta ideia de unanimidade em manter as escolas abertas não é real”, acrescenta Rui Martins, presidente da Confederação Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE), que, na semana passada, promoveu um inquérito junto dos seus associados para auscultar opiniões. “Tivemos mais de cinco mil respostas e o que podemos concluir é que esta ideia de que os pais são a favor de manter as escolas abertas não é real”, sublinha o responsável, aludindo às declarações do presidente da outra confederação de associações de pais (CONFAP), Jorge Ascenção – que insistiu na necessidade de se manter as escolas abertas em nome de “iguais oportunidades e qualidade das aprendizagens”, depois de relembrar ainda o argumento invocado até agora: “se as escolas são dos locais mais seguros, encerrar até seria contraditório”. Mas para Rui Martins, o que se nota, cada vez mais, é que “há uma grande divisão e há famílias muito alteradas com tudo o que se está a passar.”

Disparidade de critérios

O retrato que chega das escolas, duas semanas depois do início do segundo período, mostra bem a heterogeneidade de situações e decisões que envolvem alunos, professores e funcionários. “Sabemos que há 30 turmas de Torres Vedras em casa, mas há muitas escolas onde não há qualquer informação: alunos que deixam de aparecer, professores que faltam sem ser comunicado aos colegas…”, conta Paulo Guinote, professor numa escola na margem sul, autor do blogue O Meu Quintal, e que há anos acompanha de perto as questões da Educação.

“Chegam-me casos de escolas que ocultam casos, diretores que só disponibilizam a situação no seu agrupamento em caso de extrema necessidade. Ou seja, sabemos muito pouco do que se está a passar, nada disto é totalmente transparente e isso obviamente que não oferece segurança”, sublinha. “Devia haver uma comunicação semanal do Ministério sobre a situação nas escolas. Se não é o que se vê, além de uma disparidade de critérios sobre quem vai ou não para isolamento e afins”, acrescenta. “Compreendo que não se queira criar um alarme social, mas é preciso dizer às pessoas o que se passa para se conseguir quebrar as cadeias de transmissão”, frisa ainda Guinote, antes de rematar: “Se fechassem duas ou três semanas, até podia ser desfasado, por ciclos, já eram muito menos pessoas a circular”.

Fechar por ciclos?

“Já tínhamos apresentado essa proposta, antes do início do segundo período, e agora voltámos a dirigir igual pedido ao Ministério da Educação”, assume João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional de Professores (FNE), confirmando que “há uma grande instabilidade nas escolas” e daí que, no seu entender, seja preciso fechar. “O que nos preocupa é o controlo da pandemia. Claro que ter aulas à distância não é o ideal, mas também não estamos numa situação normal”, conclui Dias da Silva, momentos depois de se saber que os números oficiais, desta terça-feira, 19, apontavam um nove recorde de mortes (218) por Covid-19 em 24 horas.

“Sei que há muitos colegas meus a serem pressionados por pais, mas as escolas não têm autonomia para decidir o encerramento sozinhas”, faz, entretanto, questão de sublinhar Filinto Lima, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, a lembrar que essa decisão depende sempre dos delegados de saúde e das direções-gerais de estabelecimentos escolares de cada região.

Além disso, frisa também aquele responsável escolar, os testes rápidos anunciados para as escolas ainda não chegaram – um processo que esclareceu, entretanto, o Ministério da Educação, em comunicado às redações, deverá começar esta quarta-feira, 20, mas só “nas escolas com ensino secundário de concelhos de risco extremamente elevado”, lê-se no documento”. “Já nos mandaram para canto em relação à vacinação, mas esquecem-se que, se os professores não estão confinados, então devem ser incluídos nas prioridades na vacinação”, acrescenta Filinto Lima, antes de lembrar que “falta ainda cumprir a promessa de mais 3 mil funcionários para as escolas”, que estão à espera desde outubro.

O que dizem os médicos que pedem o encerramento

A estas vozes, juntam-se ainda as de um número crescente de médicos. É o caso de Vasco Ricota Peixoto, médico interno de saúde pública e investigador da Escola Nacional de Saúde Pública. “Não entendo a decisão. Bastava olhar para os números logo no Natal e depois para o comportamento das pessoas. Parece que estamos à espera de cair no buraco para depois tentar salvar alguém”, comenta o especialista, um dos primeiro a insistir que, no regresso das festividades natalícias, pelo menos 3º ciclo e Secundário – além das universidades – deveriam passar ao ensino não presencial. @ Sapo

subida de contágios está a ser maior nas crianças e nos jovens

MARTA F. REIS

Desde o início do ano, os diagnósticos dispararam em todos os grupos etários, mas a subida está a ser maior nos mais novos.

Desde o início do ano, as crianças e jovens têm vindo a registar uma subida mais acentuada nos diagnósticos de infeção por SARS-CoV-2 do que os restantes grupos etários. A conclusão é de investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) que fazem a modelação da epidemia. Ontem, o epidemiologista Manuel Carmo Gomes voltou a defender, ainda antes de ser conhecida a decisão do Governo, a necessidade de ponderar o encerramento das escolas a partir dos 12 anos, agora à luz também do que tem sido a evolução da incidência nestes grupos etários. Carlos Antunes, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, explica ao i a análise que está agora a ser feita diariamente pela equipa da FCUL, segmentando as infeções por grupo etário, e destaca dois indicadores: por um lado, o grupo dos 18 aos 24 anos regista agora a incidência mais elevada de novos casos por 100 mil habitantes no país, com 1552 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Já o grupo dos 13 aos 17 passou desde dia 5 de janeiro a ocupar o terceiro lugar, com uma incidência acumulada de 1167 casos por 100 mil habitantes – tendências coincidentes com o período de regresso às aulas. Carmo Gomes salientou na SIC que não há informação sobre onde ocorrem os contágios, considerando que, perante a emergência que se vive no país, deve ser tido em conta o princípio da precaução. A proposta que fez na última reunião no Infarmed foi no sentido de haver ensino à distância acima dos 12 anos durante duas a três semanas, para desacelerar os contágios. A equipa da FCUL estima que atualmente estejam a ocorrer diariamente 12 500 novas infeções, apontando para 2700 casos que noutras alturas seriam diagnosticados e agora ficam por detetar por ter sido o limite da capacidade de deteção e rastreio de contactos – um diferencial que tem vindo a aumentar, alertou. Projeta-se a esta altura que tanto os internamentos como os óbitos continuem a aumentar, podendo aproximar-se dos 200 óbitos/dia no próximo fim de semana.

CASOS AUMENTARAM 42% EM CRIANÇAS ATÉ AOS DEZ NA ÚLTIMA SEMANA Os dados disponibilizados diariamente pela Direção-Geral da Saúde (DGS), que o i analisou, permitem perceber que, na última semana, o grupo etário em que mais aumentaram os diagnósticos face à semana anterior foi nas crianças até aos dez anos de idade. O número de casos detetados nas primeiras semanas do ano atingiu recordes em todas as faixas etárias e tem vindo a subir também em todas mas, se na primeira semana do ano a maior subida foi no grupo dos dez aos 19, nesta semana que terminou no último domingo foi o grupo dos mais novos a registar o maior aumento.

Em relação à semana anterior, o número de casos diagnosticados no país subiu 16%, com um total de 67 195 diagnósticos, tendo sido a semana com mais reportados desde o início da pandemia. No grupo dos zero aos nove anos, a subida foi de 42%, o dobro da média. Segue-se um aumento de 21% nos casos diagnosticados em crianças e jovens dos dez aos 19 anos de idade. As crianças e jovens nestas faixas etárias representam 16% dos casos diagnosticados no país, o que é uma distribuição idêntica à que existia na primeira semana de dezembro. No entanto, na altura, em sete dias eram diagnosticados 4184 crianças e jovens infetados e na última semana foram 10 849, o que explica a incidência por cada 100 mil jovens duas vezes acima do que havia então. Na última semana, o grupo etário com maior peso nos diagnósticos continuava a ser o dos 40 aos 49 anos, representando 16% dos diagnósticos, com 11 mil casos reportados no espaço de sete dias.

IDOSOS TAMBÉM MAIS ATINGIDOS Se a população ativa, que expetavelmente circula mais, tem tido ao longo dos últimos meses um maior peso no total de casos diagnosticados, os idosos foram sendo progressivamente cada vez mais atingidos e os dados das últimas semanas mostram novos recordes de infeções entre os mais velhos e potencialmente mais vulneráveis. Na semana passada foram diagnosticados com covid-19 10 171 idosos com 70 ou mais anos, o número mais elevado de sempre numa semana. A semana anterior já tinha superado todos os recordes de infeções diagnosticadas entre os mais velhos, com mais de 8 mil casos. Em dezembro, semanalmente, houve 4 mil a 5 mil casos nestes grupos etários. Desde o início de janeiro somavam-se este domingo (os dados conhecidos ontem) 18 677 idosos com 70 ou mais anos infetados, quando em todo o mês de novembro e, depois, em todo o mês de dezembro tinham sido cerca de 20 mil, já bastante mais do que nos meses anteriores. Em outubro foram diagnosticados 8500 idosos. Estes números superam-se agora numa semana e fazem prever um aumento da mortalidade.

O i procurou perceber junto da Direção-Geral da Saúde se existe informação sobre os principais contextos de transmissão da doença e se, no caso dos idosos, as novas infeções têm ocorrido maioritariamente em lares ou fora de instituições, mas não houve ainda um balanço. Também sobre os jovens em idade escolar não existe informação a esta altura sobre se se trata de contágios em contexto familiar, social ou mesmo escolar. Perante o aumento acentuado de casos, os inquéritos epidemiológicos têm estado mais demorados, o que dificulta ter esse tipo de informação. Na última reunião no Infarmed foi dada a indicação de que à data não havia informação epidemiológica sobre 87% dos casos.

PORTUGAL PASSA OS 1200 CASOS POR 100 MIL HABITANTES Que a situação é má, restam poucas dúvidas: Portugal é agora o país europeu com maior incidência de casos por 100 mil habitantes e, segundo a última avaliação feita pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, referente à primeira semana de janeiro, era na altura o oitavo país com maior testagem por 100 mil habitantes. Nos últimos sete dias, mesmo com os especialistas a acreditarem que pode estar a haver maior subdiagnóstico, passou Reino Unido, República Checa e Irlanda.

Com os casos divulgados no boletim desta segunda-feira, a incidência cumulativa a 14 dias – o indicador que tem sido usado nas comparações internacionais e que reflete o número de diagnósticos ao longo de duas semanas a dividir pela população de cada país – atingiu os 1212,9 novos casos por 100 mil habitantes. Na região Norte atingiu os 1168,9 casos por 100 mil habitantes, na região Centro 1434,6 casos por 100 mil habitantes, em Lisboa e Vale do Tejo 1272 casos por 100 mil habitantes, no Alentejo 1369,6 casos por 100 mil habitantes e no Algarve 995 casos por 100 mil habitantes. Até aqui, apenas o Algarve continuava abaixo dos 960 casos por 100 mil habitantes e a região está agora também acima do patamar de risco extremamente elevado.

INCIDÊNCIA MAIS DO QUE DUPLICOU EM 82 CONCELHOS Também esta segunda-feira, como é habitual, a DGS divulgou uma nova análise de incidência por concelho, referente ao período de 30 de dezembro a 12 de janeiro. Nessa altura, a última terça-feira, havia já 155 concelhos no patamar de risco extremamente elevado, acima dos 960 casos por 100 mil habitantes, quando em dezembro foram sempre menos de meia centena. Na terça-feira passada, o país estava com uma incidência cumulativa de 981 casos por 100 mil habitantes, pelo que entretanto houve um agravamento de 23% e os dados por concelho agora conhecidos não refletem ainda a situação atual. Mostram, no entanto, que o recorde de incidência de novos casos que se viveu em Paços de Ferreira no pico da segunda onda, quando passou os 4 mil casos por 100 mil habitantes, foi neste início do ano superado por Cuba (5658 casos por 100 mil habitantes e, na última terça-feira, havia já vários concelhos a caminho desse patamar, nomeadamente do Alentejo. Nos concelhos menos povoados são precisos menos casos para fazer subir este indicador de incidência por 100 mil habitantes, mas a situação, por exemplo, na Área Metropolitana de Lisboa (AML) ilustra o agravamento da epidemia. Lisboa, Loures ou Odivelas registavam, já na passada terça-feira, mais de mil casos por 100 mil habitantes, níveis de contágio sem precedentes na AML, depois de o Norte ter vivido uma maior disseminação da pandemia em outubro e novembro. Em relação à análise divulgada pela DGS na passada segunda-feira, que dizia respeito ao período até 5 de janeiro, há 82 concelhos onde a incidência de casos de covid-19 mais do que duplicou neste período e noutros 50 aumentou mais de 70%.

Quem é mais atingido em cada região?

Semanalmente o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças publica dados sobre a incidência de casos de covid-19 por 100 mil habitantes nas diferentes sub-regiões de cada país, fornecidos pelas autoridades nacionais. É informação que não está disponível nos boletins da DGS e mostra algumas diferenças na evolução da epidemia por região, mas também como a nova vaga de casos em nada se compara com o que o país viveu até aqui. Estes foram os gráficos atualizados na passada sexta, com dados até dia 10. Janeiro superava já os picos de novembro em todo o país, à exceção do Norte. A Área Metropolitana de Lisboa e o Alto Minho registam os maiores níveis de incidência entre os jovens com menos de 15 anos, acima dos 1200 casos por 100 mil habitantes. 

                                                                                                                                                                                          @ Sapo