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terça-feira, 19 de maio de 2020

o desconfinamento e o que poderemos esperar para o futuro

No dia em que os alunos do 11.º e 12.º anos regressaram às salas de aula, o ministro da Educação comentou em entrevista à RTP3 este desconfinamento e o que poderemos esperar para o futuro.


O ministro da Educação revelou esta segunda-feira à noite, em entrevista ao programa 360º da RTP3, que o Governo espera que o próximo ano lectivo comece ainda em Setembro, embora admite que vão ser necessários alguns ajustes. “Existe um calendário que necessariamente terá de ser ajustado, porque nós tivemos que ajustar a primeira e segunda fase de exames deste ano”, afirmou Tiago Brandão Rodrigues, salientando, porém, que o próximo ano lectivo “começará ainda em Setembro”. “É isso que desejamos”, disse.
O governante destacou que são as autoridades de saúde que dão “as orientações relativamente a todas as decisões” que o Ministério da Educação toma e que, caso o próximo ano lectivo comece efectivamente em Setembro, “teremos que ter adaptabilidade ao próximo calendário e, de certa forma, a todos os momentos que são naturais num ano escolar e irmo-nos adaptando àquilo que será eventualmente a existência de um nova onda do surto epidemiológico”.
Quanto à possibilidade de haver uma segunda vaga do surto causado pelo novo coronavírus, Tiago Brandão Rodrigues não revelou ter dúvidas: “Ela existirá certamente. Agora aquilo que temos de entender é que dimensão terá”, notou o ministro, que é licenciado em bioquímica.

Alunos mais velhos “têm outra maturidade"
A entrevista começou com o ministro da Educação a admitir que “é importante aprender, da mesma forma que as comunidades educativas, coadjuvadas pelo Ministério da Educação, têm tentado fazer”. “Temos tentado, entre todos, ser humildes, cautelosos e providentes e acho que é o que continuaremos a fazer. Hoje entendemos que, como sociedade portuguesa, podemos ter um enorme orgulho dos nossos professores, que uma vez mais deram um passo que era necessário dar e das famílias que confiaram nas escolas”.
Tiago Brandão Rodrigues salientou também que o regresso dos “alunos mais velhos” às escolas aconteceu “com segurança e confiança”, admitindo que os jovens “têm outra maturidade”. “Por muito que sejam irreverentes, eles entendem a extensão e as consequências dos seus actos e, por isso, é mais fácil eles entenderem as regras”, afirmou. @ PÚBLICO

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