No dia 30 de maio, alunos do secundário, estudantes universitários, professores, líderes institucionais e especialistas reuniram-se para refletir sobre desafios e oportunidades do sistema educativo na Grande Conferência Educação e Transformação, organizada pela WIN World, na vertente híbrida - presencial no Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa ou participação online.
Da parte de tarde, a nossa escola fez-se representar pela professora Inês Rodrigues, no painel Projetar futuros para a Educação em Portugal. Numa altura em que tanto se fala de resultados na Educação, há um fator essencial muitas vezes esquecido: o afeto. Quando há empatia, respeito e proximidade, o ambiente de aprendizagem transforma-se, o aluno sente-se seguro, motivado e mais disponível para aprender. A professora Inês Rodrigues reforçou: “Há situações tão difíceis que vivemos nas escolas, que nós nunca imaginaríamos como é que aquele aluno está ali a aprender quando já passou por tanto.” A mesma reconheceu que “ser professor também é dar o ombro” quando os alunos precisam “Podermos ser pais e mães quando muitas vezes eles não têm. A empatia não se ensina, adquire-se.”
Nesta reflexão sobre o presente e o futuro da escola em Portugal, além de professores, profissionais da educação e investigadores, estiveram também alunos do ensino secundário e universitário, que pediram para ser mais ouvidos. Uma aluna de secundário da Escola Secundária Pedro Nunes, em Lisboa afirmou “Tenho o privilégio de estar numa escola onde sou ouvida, onde os alunos têm voz, mas há avanços a fazer, pois às vezes desvaloriza-se o que os alunos pensam”.
Entre outras intervenções, destacam-se as de Nuno Crato (ex-Ministro da Educação) que considerou primordial “regressar a um currículo exigente e organizado” no sistema educativo português assim como "regressar a um sistema de avaliação frequente, sistemático, ligado ao currículo e fiável" e "restituir um modelo de apoio aos alunos com mais dificuldades, mas que seja centrado nos aspetos cognitivos.” e a de Bernardo Caldas, especialista em tecnologia, dados e inteligência artificial, e cofundador da Associação Data Science for Social Good Portugal, defendeu que se a IA “conseguir ajudar o professor a chegar a cada aluno, e se ajuste ao seu ritmo de aprendizagem, é extraordinário. Há uma revolução na maneira de aprender, assumindo que há motivação do lado dos alunos para isso”. Fonte: Expresso
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