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sexta-feira, 6 de junho de 2025

atualidade: “Bebés de plástico” - por dentro do universo dos Reborn

Sic notícias

Parecem reais, respiram como bebés de verdade, e até têm cheiro de recém-nascido. Mas não são humanos — são bonecos. E não qualquer boneco: são os chamados Reborn, figuras hiper-realistas que têm ganho espaço no Brasil e no mundo, criando um universo à parte.
Os bebés Reborn surgiram nos Estados Unidos nos anos 1990, mas encontraram solo fértil no Brasil, onde o fenómeno cresceu ao ponto de gerar comunidades inteiras de colecionadores, artistas e cuidadores. Feitos à mão com extremo cuidado, os Reborn podem custar de centenas a milhares de reais, dependendo do grau de realismo e dos materiais usados. Têm veias pintadas à mão, cabelo implantado fio a fio, e até peso distribuído para simular o corpo de um recém-nascido.
Na reportagem especial exibida esta semana, a SIC entra no universo íntimo dessas “mães de bonecas”. Para algumas, o Reborn é uma forma de arte, para outras, uma maneira de preencher um vazio emocional. 
Psicólogos referem que, para muitas pessoas, os Reborn funcionam como uma ferramenta terapêutica: ajudam no luto, na ansiedade, ou até em distúrbios como a depressão. Em lares de idosos, os bonecos são usados para acalmar pacientes com Alzheimer. Já nas redes sociais, vídeos de “cuidados” com os bebés acumulam milhões de visualizações, mostrando que a fantasia muitas vezes se mistura com a realidade.
Mas o fenómeno tem gerado muita controvérsia e as críticas vão desde o desconforto com a humanização excessiva de bonecos, até ao questionamento ético sobre a substituição emocional de seres reais por figuras inanimadas. Dependência emocional e distorção da realidade ou apenas uma forma de ter visualizações e ganhar seguidores nas redes sociais? Ainda assim, o universo Reborn continua a crescer. Feiras, oficinas e até “berçários” especializados já são comuns em várias cidades brasileiras e, para quem vive essa realidade, não se trata de brinquedos.
A reportagem especial, que pode ser vista aqui, mostra o lado artístico, emocional e muito controverso desse fenómeno que confunde os limites entre o real e o imaginário. 
Afinal, o que nos torna humanos? 


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